1 - Um encontro misterioso

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#Narrado por Danilo

Sou Danilo Eduardo Jatobá Baldini, tenho 22 anos, sou estudante finalista do curso de medicina. Minha história começou há muito tempo atrás, ainda na adolescência, período em que eu comecei ter consciência de minha atração por meninos. Eu era perdidamente apaixonado pelo pior deles, Wander Bicalho. Minha história na adolescência vocês conhecerão aos poucos. Só adianto que fui profundamente desprezado, ofendido e humilhado pelo garoto que eu amava, isso pode parecer clichê, pois acontece com quase todos os adolescentes gays, mas a história fundamental aconteceu na Juventude.

O Dani, como sou conhecido hoje, é um rapaz extrovertido, de bem com a vida e que gosta de fazer amizades, hoje sou bastante popular, sem ser presunçoso. Tenho 1,78, 74 kl, corpo esguio, tudo proporcional, moreno claro, olhos e cabelos cor de mel. Sou uma mistura de branco e índio (minha mãe é de família indígena) e sou conhecido por alguns de elogio como o Keanu Reeves young, pois dizem que eu pareço muito com ele quando tinha 20 anos de idade. Alguns engraçadinhos até me chamam de Keanus.

Dizem que eu sou bonito, embora sinceramente me ache um carinha normal e minha vaidade é bem pequena, até por que sou um militante das causas humanitárias e não tenho grana e tempo para muitas frescuras. Apenas procuro cuidar de minha saúde. Higiene, malhação e alimentação são princípios básicos para mim, até por que pretendo ser um bom médico. Vamos à história?

Acordei aquele dia numa ressaca brava. Era o primeiro dia de aula de 2013. O celular despertou e eu demorei a acordar, mas como ele era mais teimoso que eu, ficou apitando, apitando, apitando, até que eu fui levantando como um zumbi, abrindo a boca e com uma enorme vontade de continuar dormindo. Eu durmo só de cueca box e sempre acordo de pau duro e com tesão, porém naquele dia eu estava era muito tonto e com muita dor de cabeça "Danilo, para de beber cachaceiro, isso ainda te mata mermão", dizia pra mim mesmo tentando despertar.

Fui até a cozinha e fiz um café amargo, comi algumas frutas e lagarteando eu consegui tomar banho e me vestir. Minha vontade era de continuar dormindo, mas eu tinha que pegar minha gorduchinha na casa dela e Olavo com certeza iria me passar um sermão se eu chegasse atrasado de novo à faculdade.

Fui de moto, um pouco tonto confesso. Na verdade bastante ressaquiado. É gente, o herói dessa história é um cachaceiro de primeira, bebo até chumbo derretido, como dizem por aí, mas não chego a ser um alcoólatra, pelo menos é o que eu digo pra mim mesmo, como todo cachaceiro diz.

Felizmente a casa de Patrícia não ficava muito longe e quando ela me viu eu fui logo buzinando e falando "bom dia amor da minha vida. Vai uma carona gata?" fui dando um beijo em sua bochecha e apertando seu corpo, mas como sempre ela percebeu meu estado "uhhhhhm. Bom dia pinguço. Já amanhece o dia dando dose pros outros? Assim eu fico bêbada".

"Ai Pati, para de brigar comigo. Eu estou de ressaca mas eu estou feliz".

"E posso saber o motivo de tanta felicidade?".

Menina nem te conto, ontem foi tuuuuuuuuuuuudo. Conheci o bofe dos sonhos. Fazia muito tempo que eu não sentia tanto prazer nos braços de um homem, mas ele me deixou falando sozinho e eu desandei a beber e aqui estou eu te dando dose, hahhahaha".

"Ai Dani, cuidado! Quem é esse cara?".

"Não sei. Não vi o rosto dele. Mas eu posso dizer que o bofe presta. Hálito puro, cheiroso, malhado, gostoso, pauzudo, tudo de bom. Mas ele fugiu de mim. Deve ser um enrustido ou bissexual. Bom, pelo menos gozei pra caralho, hahahhahahah". Eu ria e Pati balançava a cabeça.

"Ai Danilo, você está cada dia mais doido. Eu fico tão preocupada contigo menino. Tenho medo que você se machuque, que você se meta em alguma confusão". Ela falava sorrindo, mas de maneira preocupada.

Namorado de aluguel. (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora