#25 - É tarde demais.

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Narrado por Patrícia

Depois de Parintins e ter retomado meu namoro eu sentia-me cada vez mais feliz. Eu e Theus já fazíamos plano pro casamento. Tudo estava indo bem, exceto uma coisa que não saía da minha cabeça, por que minha irmã tinha mentido? Ela era uma fingida ou tinha algo a mais nessa história? Resolvi fazer uma coisa que eu odeio, mas que precisava fazer, passei a dissimular e observar minha irmã. Danilo tinha me orientado a agir assim.

Naquele dia ela parecia preocupada. Eu fui em seu quarto e ela ainda estava com aquelas compras todas. Eu na maior cara de pau perguntei "Você está de namorado novo Taíssa? Ele deve ser rico não é pra te presentear com tanta coisa?". Ela respondeu "Eu já disse que não foi homem que me deu dinheiro. Eu fiz uns trabalhos como modelo e com a grana comprei umas coisinhas que eu estava precisando".

"Não tem vaga pra uma rechonchudinha linda como eu não?". Perguntei fingindo animação. Ela disse "Você é realmente linda maninha, mas está sempre acima do peso, sabe como é, a ditadura das magras fala mais alto". Eu ri e disse "Verdade, também acho que não levo muito jeito pra ser modelo. Eu queria mesmo ir ver você desfilando, tirando fotos". Ela ficou toda preocupada e disse "Tudo bem, se pintar um serviço desses de novo eu te chamo pra ver". Eu saí do quarto dela, mas antes disse "Você está cada dia mais linda maninha. Acho que a vida de modelo está te fazendo bem".

É claro que eu não acreditei em nenhuma palavra do que Taíssa tinha me falado e passei a observá-la. Vi que atendia uns telefonemas bem misteriosos e estava sempre com um ar dissimulado. Só teria condições de descobrir algo se a seguisse ou vasculhasse seu celular e foi o que fiz. Passei a observar os movimentos que ela fazia para desbloquear o aparelho. A pilantra usava a primeira letra do meu nome, ou seja, a forma P. Eu já havia falado de minhas desconfianças pra minha mãe, que estava muito preocupada, com medo que Taíssa estivesse lidando com algo perigoso.

Um dia ela esqueceu o celular em cima da mesa onde ficava o telefone fixo. Eu escondi o telefone dela e minha mãe a chamou pra falar algo. Rapidamente desbloqueie e fucei. Havia ligações diversas, mas duas chamaram minha atenção, as de Christian e de uma pessoa que se chamava Chefia. Observei uma mensagem dessa pessoa que dizia " O serviço ainda não está completo. Será que você vai querer um corretivo? Faça o que tem que fazer e rápido ou vai se arrepender de ter nascido".

Rapidamente devolvi o aparelho, mas coloquei de um jeito que ela não desconfiasse de nada. Depois de um tempo ela achou o aparelho e tive a impressão que ela não desconfiou. Passei então a tentar seguir os passos de Taíssa, mas naqueles dias ela fez o que sempre fazia: academia, balada, saia com uns carinhas ricos.

Resolvi falar com Theus sobre minhas desconfianças. Ele ouviu tudo e disse "Amor, realmente tem alguma coisa errada. Tua irmã pode estar fazendo programa, ou pior, está envolvida com alguma coisa mais grave, tráfico ou contrabando".

"Não, isso não. Mas Theus eu estou tão preocupada. A Taíssa envolvida com alguma coisa barra pesada? Eu sei que ela sempre foi ambiciosa, fútil, mas não mal caráter". Ele pensou e disse "Patrícia eu tenho que te dizer uma coisa: a tua irmã tem uma inveja mortal de ti. Sem vocês perceberem ela compete em tudo contigo".

"Mas Theus por que você acha isso amor? Ela é linda!". E ele me contou do seu último encontro com ela, repetindo algumas frases que ela disse pra ele.

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"Quer saber de uma coisa Matheus, eu vou te dizer: eu odeio a Patrícia. Ela é quatro anos mais nova que eu. Desde quando ela nasceu passou a ser a queridinha, o bebezinho da família, sempre madura, estudiosa, de personalidade, sempre admirada por todos, ela veio a esse mundo só pra roubar o que é meu".

Namorado de aluguel. (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora