#17 - Um passado que volta.

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Narrado por Patrícia

Chegamos por volta das 16horas em casa. Eu nem preciso falar que não disfarçava minha felicidade, tudo isso por ter me acertado com meu gordinho. Também feliz pelo Dani que tinha redescoberto o amor ao lado do Wander. Enfim, tudo parecia conspirar a nosso favor. Encontrei meu pai e minha mãe no maior clima de romance, afinal eles tinham passado o feriado sozinhos e parece que ficaram bem felizes com isso. Minha mãe me questionou "Uhm! Que sorriso lindo nos lábios Dona Patrícia! Parece que o passeio foi muito bom?".

Eles estava sentados juntinhos na poltrona da sala e eu fui logo dando um beijo na bochecha dos dois, enquanto Taíssa só me observava "Ai mãe o passeio foi tudo. Aprendemos muito sobre a natureza, fizemos trilhas, foi divertido. Foi muito bom mesmo, não é Tatá?".

Ela sorriu e disse "Sim, foi melhor pra uns que pra outros. Foi um encontro interessante".

Eu fiz uma careta pra esnobe e perguntei "Pai, Mãe, o Matheus vem aqui amanhã falar com vocês. Vocês podem recebê-lo?".

Claro que eles sacaram tudo e meu pai perguntou "E o que seu 'amigo' quer falar com a gente?".

Eu sorri e disse "Ele vem falar sobre a gente. Nós nos acertamos pai. Por favor, trata bem o Matheus".

"E você acha que eu sou um grosso minha filha? Eu gosto do Matheus, mas quero falar duro com ele".

"Tudo bem. Mas por favor, eu estou muito feliz pai. Não maltrata meu namorado".

"Ele ainda não é seu namorado. Ele só vai ser quando vier falar comigo".

E eu dei um beijo neles e subi fingindo felicidade, embora com bastante medo de alguma coisa dar errado. Depois que eu subi minha irmã tomou a palavra e desandou a fazer fofoca "Pai, Mãe, vocês nem sabe: a Paty tá uma verdadeira periguete. Vocês acreditam que eles dormiram juntos todas as noites durante a excursão? E não é só isso não. Não se desgrudavam o tempo todo. Uma sem-vergonhice sem tamanho".

Minha mãe a repreendeu "Para de falar mal da tua irmã Dona Taíssa. Eu sei que minha filha é ajuizada. Ela nunca será uma periguete, ela só está apaixonada, só isso".

Meu pai, que sempre foi moralista falou "De qualquer maneira eu irei falar o b-a-ba pra esse rapaz".

No outro dia nossa vida voltou à normalidade, como sempre tive que estudar muito, já concorrendo a uma vaga para um estágio. Eu e Theus nos encontramos, mas não podemos ficar grudados, vontade não faltava e o tarado só me de abraçar e beijar já ficava de pau duro. "Meu Deus, já vi que irei ter muito trabalho com esse homem. Vou ter que dar pra ele toda noite quando formos casados, kkkk", pensava com meus botões. No fundo gostava de ter um macho daquele porte comigo. Theus era uma máquina de sexo, sem exagero nenhum.

À noite minha mãe havia feito uma janta especial. Eu claro, desabafei com ela e pedi seu apoio. Ela prometeu me ajudar. Tudo pronto e na hora combinada Matheus chegou. Ele sempre muito cavalheiro trouxe bombons finos pra minha mãe e uma garrafa de vinho da melhor qualidade pro meu pai. Todos o receberam muito bem, inclusive a Taíssa, que se mostrou muito simpática.

Na janta ocorreu tudo bem. Meu pai falava sobre seu trabalho e Matheus pra não ficar por baixo também falava sobre o dele. Falaram sobre amenidades como futebol e outros esportes. Meu pai questionou por que Matheus não praticava nenhum esporte e o mesmo respondeu que jogava futebol, mas sempre priorizava o estudo e o trabalho.

Depois de jantarmos fomos pra sala e ficamos um de frente pro outro. Eu perto do Matheus e meu pai o encarava. Estava na cara que ele tentava intimidá-lo. Até que meu pai foi direto ao assunto "Muito bem Matheus, agora me diga por que você marcou essa reunião comigo?".

Namorado de aluguel. (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora