Narrado por Danilo
Sempre fui um cara que encarava desafios, mas aquele em especial estava sendo muito difícil encarar. Meu irmão estava praticamente morrendo em meus braços, todo ensanguentado. Ele salvou minha vida, na verdade deu a vida dele pra salvar a minha. Ele dizia "Chegou a hora Nilo. Finalmente irei te deixar em paz!".
Meu coração estava em pedaços ao ver meu irmão morrer em meus braços, só tive a reação de dizer "Calma Yuri, você vai ficar bem!".
Nossa mãe num momento de ira e de coragem, colocou a arma na cabeça de Leandro, que desdenhava da morte do próprio filho "O Yuri já vai tarde. No início eu até gostava dele, mas descobri que ele é mais um viado no mundo, eu quero que ele morra!".
Ela respondeu chorando "Antes dele, você vai!". Leandro pediu a própria morte e confessou que estuprava minha mãe, por isso ela tinha engravidado e teve o Yuri. Ela sempre pareceu a vilã da história, mas não passava de uma vítima, que assumiu uma máscara de má para sobreviver.
Minha Mãe disparou a arma, mas antes disso acontecer Wander a empurrou e o tiro pegou de raspão na cara do velho "Você não pode estragar sua vida por causa desse monstro Mayara". Meu namorado pegou a arma e Mayara desabou nos braços dele "Obrigada Wander! Obrigada por tudo que você tem feito por mim e por meu filho". Ele respondeu "Eu te amo Mayara, gosto de você como uma mãe!".
O velho Leandro começou a querer se levantar, mas a delegada chegou e deu voz de prisão "Parado Leandro Tupinambá. O senhor está preso em flagrante por tentativa de assassinato e cárcere privado". Ele desdenhava "Era só o que me faltava: eu ser preso por causa de um monte de viado e por causa de uma vadia". Ele pirou de vez "Eu sou Leandro Tupinambá, sou filho de seringalistas, sou rico!"..
A delegada respondeu "Pois então trate de contratar um ótimo advogado, por que no que depender de mim o senhor vai apodrecer na cadeia". Ele saiu pulando, xingando. Alessandra também foi presa, mas antes, ambos passaram num hospital pra se medicar.
Eu implorei "Delegada, chame uma ambulância, meu irmão foi atingido!". Ela respondeu "Já está chegando Danilo, fiz isso assim que ouvi o primeiro tiro".
Yuri começou a tremer de frio e eu percebi que estava perdendo muito sangue. Ordenei que buscassem gases e um aparelho respiratório. Felizmente eu tinha esse material em casa, por causa do curso de medicina. Yuri tentava falar, mas eu não queria deixar "Nilo, a prova da tua inocência está no quarto que o Wander dormia, atrás daquele quadro da Santa Ceia, tem um cartão de memória com o filme. Eu registrei tudo".
Ele desmaiou e eu rapidamente agi. Coloquei o aparelho para ele respirar e abri sua boca para que sua língua não enrolasse, depois ele expeliu sangue. Apliquei uma pressão sobre o sangramento e verifiquei a pulsação do meu irmão no pulso e na garganta, felizmente ele estava com os sinais vitais respondendo.
Apliquei as gazes para controlar o sangramento e percebi que ele estava ficando gelado e eu o aqueci com meu corpo. Ele tornou e disse "Me perdoa Dan! Eu nunca deixaria ninguém te ferir". Eu já chorava muito e disse a ele "Aguenta só mais um pouquinho Tá! A Ambulância já está chegando, você vai ficar bem e nós ainda seremos muito felizes". Ele sorriu e virou o rosto pro outro lado "Yuri! Yuri fala comigo!".
Nesse momento a ambulância chegou e eu não vacilei, pulei pra dentro e fui acompanhando meu irmão para o hospital mais próximo que tinha. Felizmente era uma ambulância em forma de UTI e Yuri chegou ao hospital com vida. Durante a viagem liguei para Olavo, que disse que estava indo para lá. Quando cheguei com meu irmão Olavo já estava chegando e foi com os outros médicos para a sala de cirurgia. Foi aí que eu desabei a chorar, com muito medo de ficar sem meu irmão.
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Namorado de aluguel. (Romance Gay)
RomanceEssa história é do autor Manolo Fernandes. "Nossa história fala sobre um amor que tinha tudo pra dar errado e deu certo. Um herói cheio de defeitos. Um mocinho repleto de carisma e coragem. Temperamentos opostos, mas como uma paixão comum pela vida...