Postando pois algumas pessoas não estavam conseguindo ler.
Espero que gostem!De Volta para o Passado
Narrado por Wander
Me chamo Wanderley Bicalho, nessa história não sou um herói. Vocês não verão um cara bonzinho, pelo contrário, nunca fui bom, nunca fui altruísta, mas minha vida mudou radicalmente com minha volta para Manaus e o reencontro com a pessoa que eu mais detestava, que me obrigava a enxergar o que eu não queria ver, ele que mudou o meu ser. Eu o odiava, mas passei a amá-lo, seu nome: Danilo Eduardo Baldini, o tangerina, meu único e verdadeiro amor.
Penso que devo me apresentar melhor. Sou um jovem de 24 anos. Todos me chamam de Wander. Sou um cara bonito e másculo. Moreno claro, olhos e cabelos negros, sou muito bem distribuídos em 1,85 de altura e 85 kl, pois malho desde a adolescência. Já peguei muita mulher. Sempre fui marrento e metido à garanhão, mas agora eu não passo de um playboy falido e um bissexual enrustido. Confesso, tenho mais atração por homem que por mulher, mas o machismo impera em mim.
Foram 5 anos morando fora do Brasil e meu objetivo ao retornar era única e exclusivamente reconquistar o padrão de vida que eu tive. Minha família estava sem dinheiro e minha mãe não teve como me manter morando no exterior. Voltei contra a vontade e sem nenhuma alternativa.
Minha mãe e eu tínhamos um plano bem simples: com a influência e pose que minha família tinha eu me aproximaria de alguma moça rica e casaria com ela. Mas, por vezes o inesperado bate em sua porta e o que você planeja desmorona. Estou falando exatamente do reencontro com Danilo, que modificou minha vida para sempre. Vamos à minha versão dessa história?
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O Meu Retorno - em fevereiro deste ano eu retornei para Manaus. Minha mãe e meu irmão foram ao aeroporto buscar-me. Era uma tarde chuvosa e parecia que a nebulosidade da cidade me acolhia, traduzindo exatamente o que se passava em meu coração. Eu esperava voltar cheio de pompa, de poder, já com meus trinta e poucos anos e muito rico, e o que ocorreu foi o contrário, eu cheguei em Manaus e minha família estava totalmente falida, para não dizer, quase na miséria e eu sem ter concluído meu curso superior.
Cheguei meio ressabiado, mas fui bem recebido por minha mãe e meu irmãozinho, que agora já era um rapaz (18 anos), seus nomes são: Júlia e Leonel, respectivamente. Minha Vó Clarice ficou em casa me esperando, por causa da chuva e ela já era de idade avançada. O aconchego familiar me fez bem, mas a tristeza não abandonava meu peito, era inevitável sentir isso.
"Wander, vou começar semana que vem o curso de matemática, vamos juntos para a faculdade?", dizia meu irmão tentando puxar assunto.
"É, fedelho, bem vindo ao mundo adulto. Claro que iremos juntos sim, mas não quero ninguém no meu pé". Falei com um sorriso triste.
Meu irmão era muito parecido com alguém que eu conheci há anos atrás. Não em aparência física, mas a personalidade, sobretudo a ingenuidade, a delicadeza e o gosto pelo estudo.
Minha mãe puxava assunto e falávamos em código sobre nossos planos, para que Léo não percebesse nada. Ao chegarmos em casa eu fui direto para o que ainda era meu quarto, antes beijei minha Vó Clarice, que também me recebeu com muito amor, na verdade ela era a pessoa que mais transmitia confiança. Tudo estava como eu havia deixado e isso só me causava ainda mais dor, pois para mim era um retrocesso. Pensando nisso veio em minha cabeça a imagem do Tangerina e de nossos últimos instantes juntos, há 5 anos atrás.
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Tínhamos acabado de transar no vestiário do colégio. Ele e eu tomamos um banho rápido. Eu já havia vestido minha roupa e estava de cabeça baixa e pensativo. Ele terminou de se vestir. Ele levantou minha cabeça delicadamente com as mãos e disse totalmente encantado por mim "você não sabe como eu sonhei com esse momento Wander. Eu te amo, sempre te amei".
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Namorado de aluguel. (Romance Gay)
RomansEssa história é do autor Manolo Fernandes. "Nossa história fala sobre um amor que tinha tudo pra dar errado e deu certo. Um herói cheio de defeitos. Um mocinho repleto de carisma e coragem. Temperamentos opostos, mas como uma paixão comum pela vida...