8 - Amor e Sedução

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Narrado por Patrícia

Cristian apenas sorriu, me encostou num muro e deu-me um beijo bem forte. Ele me abraçou e disse "Isso é apenas o começo Patrícia. Eu não quero a tua irmã, eu quero você. Você é o prêmio, não a dondoquinha interesseira da Taíssa. Agora vou nessa meu amor".

Ele me deu um selinho e saiu, deixando-me ofegante. Não que eu fosse boca virgem, mas fazia tempo que eu não beijava um homem de verdade. Minha cabeça rodou e meu peito ficou como se tivesse encolhido. Pura carência de menina que não namora há meses.

Não percebi, mas Cristian esboçou um sorriso nos lábios e disse baixinho "É Patrícia, vai resistindo, você não tem escapatória. Vai dar tudo certo".

"Caramba isso é muito sério. Eu gostei daquele beijo. Um beijo de homem, que faz o corpo de uma mulher estremecer". Saí dali como o diabo foge da cruz. A tarde fui pra manifestação e como sempre vi meu amigo Danilo se meter em confusão. Eu e Matheus fomos em seu socorro, mas quem o salvou mesmo foi Wanderley.

Matheus foi deixar-me em casa e o clima estava tenso e ele perguntou "que foi Patrícia, você anda tão estranha ultimamente?!".

"Nada Theus, eu só estou preocupada com o Danilo. Aquele louquinho parece não ter medo de nada e isso o torna ainda mais vulnerável".

"Verdade! Nosso amigo é meio doido mesmo. Se isso fosse uma novela eu diria que ele é um mocinho nada convencional. E quanto a nós dois? Por que você tem conversado tão pouco comigo ultimamente? Tenho sentido falta da minha maninha".

"Ah, não sei Theus, acho que estou precisando é de um namorado. Sentir-me desejada como mulher, minha autoestima está lá em baixo".

"Não fica assim. Quem sabe eu não posso te ajudar e te arrume um namorado. Tenho uns amigos solteiros!".

"É melhor não. Vou entrando, boa noite".

"Antes de você ir me responde: tua irmã está namorando?".

"Está sim Matheus. Ela tem um pretendente lindo, rico e marrento. Mas se você quiser quebrar a cara eu posso te reapresentar pra ela". Falei com rispidez.

"Nossa, não está mais aqui quem perguntou. Mudando de assunto, você está pensando em ir pro sarau no campus? Vai comigo, também estou sem ninguém".

"Vamos sim, 'maninho', na falta de opção eu sirvo né? Agora vou nessa que já tivemos muitas aventuras por hoje". Saí e Matheus não entendia o por que do meu mau humor.

No dia do sarau como sempre nosso trio inseparável ficou junto e naquele dia também se juntaram a nós Wander e Léo. Estava tudo muito agradável e eu percebi o que nem queria. Vi que Wander estava louquinho pelo meu amigo Danilo. Tudo o que ele fazia o bofe secava e não tirava o olho do outro. Até que eles sumiram da minha vista. Ficamos então como sempre, eu e o meu amigo Matheus.

O clima ficou meio pra baixo quando Cristian passou com minha irmã e percebi que Matheus ficou triste. Aquilo cortou meu coração, pois queria que ele sentisse aquilo por mim. Então eu disse "ela é linda não é?".

"É sim Pati. Queria muito ser teu cunhado, mas não tenho a menor chance, o cara é rico, bonito e popular e eu não passo de um gordinho classe média e sem graça".

Eu fiquei muito penalizada e disse "Olha Matheus, um dia você vai encontrar alguém que goste de você do jeito que você é, com a tua beleza". Ele fez que sim com a cabeça e começou a beber. Tudo o que eu podia fazer era tentar distraí-lo, por isso muito desengonçadamente passei a puxá-lo pra dançar. Estávamos já animados quando chegou a galinha da Vanessa, que na maior cara de pau ficou se esfregando no meu bofe. Ela é tipo modelo e magra, bastante vulgar.

Namorado de aluguel. (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora