#24 - O inicio do fim.

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Narrada por Jurema Villaverde

Falei com meu sobrinho Fernando e ele disse que encontrou Danilo e Wander. Ele e Cristiano testemunharam a felicidade e o amor dos meninos. Ao falar com meu casal favorito eu pude cumprovar o que já sabia: o passado voltou. O filho de Daniel se apaixonou pelo filho do Leoni e minha intuição apontava que eles seriam perseguidos, até se separarem como aconteceu há trinta anos. Eu tinha consciência que Mayara jamais aceitaria o romance dos dois, por isso tomei uma decisão, desta vez faria algo pra impedir.

Naquele dia estava tomando café toda produzida, não poderia fazer feio. Olavo chegou por trás "Uhm! Nem me esperou pra tomar café! Posso saber pra onde a senhora vai toda produzida Dona Ju?". Respondi "Visitar uma pessoa".

"Mas precisa ir toda bonitona? Saiba que eu sou um homem ciumento".

"Toma café e deixa de graça. Quando se fala uma pessoa é por que é do mesmo sexo. Aprendi com a nova geração".

"Uhm, quanto mistério! Se eu não a conhecesse tão bem eu ficaria com ciúmes dessa sua amiga".

"Hahahaha. Não me faça rir Olavo. Sou uma avó de família. Estou muito velha pra mudar de time e não tenho nenhuma tendência para isso".

"Sempre é hora de recomeçar, hahahhaha".

"É, mas eu não trocaria meu velho lindo por ninguém. Levei muito tempo pra ter você aos meus pés e depois, você fala, fala, mas jamais mudaria de time".

Ele respondeu com graça "Eu adoro os gays, veja bem, meus dois melhores amigos eram gays, meu sobrinho é gay e meus pupilos atuais são gays. Eu no mínimo sou um gay hétero, hahahaha". Respondi "Você tem cada palhaçada meu velho. Eu te amo sabia?". E ficamos conversando e tomando café, tirando graça da cara um do outro. Olavo tinha razão, eu caprichei na produção, justamente para não fazer feio diante de Mayara Jatobá, uma mulher lindíssima.

Cheguei às oito horas ao estaleiro de Mayara. Seu secretário queria me dá um chá de cadeira, mas eu usei minha autoridade de grande dama e entrei bruscamente na sala da víbora. Ela analisava uns papéis e quando me viu arregalou o olho, em seguida disparando veneno "Ora, a que devo a honra de uma dama tão distinta em minha humilde empresa?".

"Sua empresa? Tenho minhas dúvidas, e não precisa usar de falsidade Mayara, pois essa não é uma visita de cortesia".

"Pois muito bem Senhora Jurema, que nome de pobre tua mãe te deu, o que você veio fazer aqui? Não se esqueça que eu sou uma executiva, não posso ficar perdendo tempo com uma dona de casa como você. Você deveria estar vendo o programa da Ana Maria Braga".

"Dona de casa com muita honra Mayara. E você sabe o que eu estou dizendo, afinal fomos empregadas domésticas: eu, você e Olívia (mãe de Fernando). Lembra-se? É claro que você lembra, porém quer sempre esconder o passado, como se isso fosse possível".

"Diga logo a que veio Jurema. Tenho muita coisa pra fazer!".

"Pois bem, eu não vou tomar teu tempo. Eu vou ser direta. Você sabe que meu afilhado e o seu filho estão namorando, não sabe?".

"Sei, e o que isso lhe diz respeito? Ainda não entendi o que você veio fazer aqui".

"Pois bem. Eu só vim lhe dizer pra deixar os rapazes em paz. Deixe-os serem felizes, não se meta na vida dos dois, senão...".

Ela gritou enfurecida "Se não o que em Jurema? Quem você pensa que é pra vir aqui me ameaçar? Eu sou uma mulher de negócios, não tenho tempo pra perder com namorico de filho, muito menos pra ser ameaçada por uma qualquer".

Namorado de aluguel. (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora