#10 - Minha estranha loucura.

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Narrado por Patrícia

O circo estava armado e o clima tenso. Minha irmã mostrou uma face que eu não conhecia, pois ela simplesmente anunciou pra minha família, na frente de um estranho que eu havia perdido a virgindade. Ela gritou nervosa "Pai, ela está mentindo, nem virgem ela é mais. Ela roubou meu namorado e ainda anda as voltas com Matheus! Pelo menos você deveria assumir que quer namorar com o Cristian".

Meu pai estava realmente com muita raiva de mim e eu pego de surpresa estava sem reação "Então é assim que você está minha filha? Eu não criei filha minha para ser uma periguete, portanto, agora você vai ter que namorar com Cristian, nem que seja na marra". Meu pai gritou com fúria e eu fiquei amedrontada.

Cristian respondeu com muita delicadeza e dissimulação "Calma seu Ary, ela está apenas confusa. Patrícia Amor, namora comigo, eu sei que posso te fazer muito feliz. Eu quero casar contigo e em breve. Estou muito apaixonado por ti". Eu fiquei com muito ódio dele.

E meu Pai em pé, olhou para todos, com voz firme se dirigiu a mim "Então minha filha, depois de toda essa confusão que você aprontou, você vai namorar com o Cristian".

Meu chão caiu, uma grande confusão pairou sobre mim e eu não sabia o que dizer. Houve uns instantes de silêncio e veio em minha cabeça a presença de Matheus e Danilo e isso deu-me forças para reagir.

"Eu não irei namorar com ninguém. Eu amo outro rapaz e pretendo ficar com ele, não estamos mais no século passado onde a mulher tem que obedecer os pais. Eu conheço meus direitos". Eu gritei em alto e bom tom, já levantando-me.

Eu subi as escadas correndo. Minha mãe veio atrás de mim, batendo na porta "Abre essa porta Patrícia, senão será muito pior pra você".

Eu abri e ela entrou feito um furacão "Que papelão Dona Patrícia. Roubou o pretendente da tua irmã, se fez de ofendida e ainda deu maior piti?".

Meu pai entrou em seguida "O rapaz foi embora arrasado. Que confusão você nos meteu! Eu deveria era te dar uma surra".

"Se o senhor encostar a mão em mim eu te denuncio na delegacia das mulheres. Já ouviu falar na Lei Maria da Penha?".

Meu pai falou "Só pode ser influência do Danilo. Eu sei que essa rebeldia e permissividade é típico dele. Pois você vai ficar sem mesada, até aprender a respeitar sua família".

"Pai, Mãe, eu tenho plena consciência de que não desrespeitei ninguém. Eu é que fui desrespeitada hoje, por todos vocês, inclusive por aquele mauricinho do Cristian, que vocês tanto paparicam por que ele é rico. Mas eu não estou à venda. Se querem vender alguém, vendam a Taíssa, ela é que é louca por dinheiro". Falei enfurecida e meu pai fez menção de me bater, mas foi impedido por minha mãe.

"Você está de castigo mocinha. Só irá sair de casa pra faculdade. Quanto ao passeio com seus amigos para o Rio Preto da Eva, pode esquecer. Você vai ficar em casa, nem que eu tenha que te amarrar". Ele saiu cuspindo fogo e eu desabei a chorar.

Fiquei trancada no quarto pensando o que era aquilo, sem entender por que minha irmã e o idiota do Cristian tinham feito aquilo comigo. Fiz menção de ligar para Danilo e Matheus, mas acabei desistindo. Pensei tanto e chorei que acabei adormecendo aquela noite.

De manhã nem esperei por Danilo, fui cedo pra faculdade, pois queria falar pessoalmente com Matheus, eu precisava de uma resposta dele. Tinha que descobrir se ele sentia a mesma coisa por mim. Por um acaso não o encontrei e no banheiro feminino eu ouvi uma conversa que me deixou enfurecida. Duas safadas, chamadas Deborah e Vanessa comentavam sobre machos. Vanessa, a mais piranha de todas ficou falando de um cara, eu na surdina fiquei prestando atenção na conversa.

Namorado de aluguel. (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora