#22 - O Cruzeiro do Amor.

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Narrado por Danilo

Saí tarde do campus aquele dia e quando já estava dando a partida na moto sinto mãos me pegando e dizendo "Me perdoa meu amor. Eu sei que o que eu fiz foi errado, mas você vai compreender por que eu fiz aquilo contigo".

"Gilson me larga, ou você vai querer apanhar de novo? Estou muito decepcionado contigo".

" Eu sei. Eu só queria te pedir desculpas. Foi a bebida, eu não sou de beber e aquele dia eu estava louco pra ficar contigo. Eu estou me sentindo um lixo. Ainda bem que você reagiu, pois se eu tivesse feito alguma coisa contigo à força eu nunca iria me perdoar".

"Fala sério! Eu é que nunca iria te perdoar. Eu sempre tive respeito e admiração por ti, mas sinceramente isso está acabando, a bebida é só uma desculpa pro maucaratismo ".

"A única coisa que me resta Dan é te pedir perdão. Outra coisa que eu quero te dizer é que eu sou realmente apaixonado por ti, como eu nunca fui por ninguém e eu quero te oferecer a minha amizade sempre, se você precisar de mim não esquece que eu estarei aqui de braços abertos".

Eu estava realmente muito magoado com Gilson, mas senti sinceridade em suas palavras, então eu disse "Vamos dar tempo ao tempo Bantô. Eu estou disposto a esquecer esse incidente, se você prometer não ficar mais forçando a barra e entender que agora eu tenho namorado e sou leal a ele". Meu amigo fez que sim com a cabeça e eu dei a partida, deixando-o a me olhar de maneira triste.

Eu só pensava em uma coisa: reaproximar meus fofinhos e foi exatamente o que eu tratei de fazer. Fui direto pra casa de Patrícia, que me recebeu com carinho, mas com uma tristeza de dar dó. Ficamos conversando na sala e eu fiz a proposta de irmos para Parintins e ela dizia "Não Dan, eu sei que o Matheus vai também e estou evitando esse reencontro".

"Primeiramente eu acho uma bobagem da parte de vocês, segundo que eu tenho certeza que o Theus não é um safado, ele pode até ser um taradinho, mas não um mal caráter, hahahhaha". Ela fez um ar de riso e eu continuei "E ele não vai. Olha que eu convidei, mas o pai dele está pegando no pé do gordinho e ele vai ficar trabalhando".

"E se ele resolver ir de última hora, como eu fico?".

"Eu estou dizendo que ele não vai. Poxa vai comigo Paty, quero que você veja o meu boi ganhar". Ela fez uma careta, pois ela é Caprichosa de coração. Insisti até que ela concordou e fizemos plano de irmos de barco. Meu plano era simples, eu proporcionaria o encontro deles no barco, daria uma bronca nos dois e os obrigaria a conversarem. Tinha certeza que conversando eles se entenderiam eu eu teria os dois ao meu lado de novo (digamos que era um egoísmo bom).

O que chamou a atenção na casa de Patrícia foi ver sua irmã chegar recheada de compras: roupas, perfumes, maquiagens e um celular de última geração. Ela na maior cara de pau disse que havia feito um serviço e que tinha sido bem remunerada. Patrícia ficou bem desconfiada e me perguntou "Meu Deus, será que minha irmã está fazendo programa?".

Eu respondi "Pois é, pra você ver! Pra alguém que quase foi violentada ela está muito alegre e muito bem na foto, você não acha?". Ela ficou pensativa eu eu continuei "Na boa Paty, tua família é dura. Vocês vivem com o salário de militar do teu pai que não grandes coisas e ele é o único que trabalha. Se eu fosse você ficaria de olho na Taíssa e tiraria essa história a limpo". Confesso que fiz a linha malvada, mas sempre desconfio de gente sonsa como a irmã de Paty.

Depois da conversa com ela fui correndo pra casa do nosso fofinho e olhem que sorte, cheguei bem na hora da janta. Como sempre eu fui muitíssimo bem recebido por seu Augusto e Dona Virgínia. Depois da janta eu abri o jogo e disse a eles que não estava fazendo uma visita de cortesia e sim queria que eles liberassem Matheus pra ir comigo pro Festival Folclórico de Parintins. O próprio Theus não mostrou interesse.

Namorado de aluguel. (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora