#33 - Uma viagem inesquecível.

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Narrado por Matheus e Patrícia

Narrativa de Patrícia

Eu vinha me sentindo tonta e fraca e no dia em que estive na casa de Matheus eu passei muito mal. Pensei que era por causa da emoção de estar com ele e por ele não lembrar de mim, mas não era nada disso. Dona Virgínia foi me levar em casa e eu em todo momento queria vomitar. Meu pai estava viajando para o interior e minha mãe percebendo meu estado disse "Chega Patrícia, você vai comigo agora para o médico, te levarei para uma consulta com Dr. Olavo, ele é bastante acessível e por ser amigo de Danilo nos atenderá de prontidão". Minha mãe nem quis ouvir meu protesto, foi logo me puxando e me levando na marra para o hospital onde o médico estava. Ele nos atendeu prontamente.

Dr. Olavo Villaverde me examinou inteira e perguntou "Sua menstruação é regular Patrícia?". Eu meio sem jeito disse "Não doutor, não é nada regular. Eu tomo anticoncepcional pra ver se regula, mas eu passo mais de um mês sem menstruar". Ele disse "Eu irei pedir uns exames pra ter me certificar melhor, mas eu tenho quase certeza que você está grávida Patrícia". Eu fiquei atônita e respondi "Não Doutor pelo amor de Deus, isso não pode estar acontecendo". Ele sorriu e falou "Você tem uma vida sexualmente ativa?", respondi "Eu tinha até um tempo atrás". Ele sorriu e continuou "Não usava camisinha e esquecia de tomar pílulas?". Fiz que sim com a cabeça e ele sorriu "Aí está a explicação: você está grávida Patrícia. Você tem 21 anos, com boa saúde e teu corpo é propício para engravidar. Matheus é um touro de forte! Vocês transavam sem camisinha, não deu outra, a natureza se encarregou de fazer o resto".

Eu contei a ele sobre o acidente de Matheus e ele mandou eu fazer um exame na mesma hora, inclusive de DST's e gravidez. Voltei para o consultório, ele examinou tudo e disse "Que bom que vocês são dois jovens saudáveis! Parabéns Patrícia, você está grávida e não tem nenhuma doença". Eu comecei a chorar e ele falou "Calma filha, a criança tem pai e eu conheço a família do Matheus, eles não irão desampará-la". Eu respondi "Mas a questão Dr. É que meu namorado nem se lembra de mim e eu não quero exigir nada dele enquanto ele estiver sofrendo de amnésia".

O médico me amparou num abraço e disse "Calma, vai ter muito tempo pra ele lembrar. Agora, tem alguém que vai soltar fogos quando souber dessa gravidez". Respondi de prontidão "Minha mãe vai desmaiar, meu pai vai me matar. O Matheus nem sabe que eu existo. Quem é que vai ficar feliz com isso?". Ele sorriu e disse "O Danilo vai ficar eufórico quando souber". Respondi "É mesmo, nem lembrava dele, se bem que ele está viajando". Agradeci ao médico, que me receitou um fortificante e remédio para enjôo. Fui embora pra minha casa em seguida. Minha mãe percebeu tudo, mas esperou pra me abordar quando chegamos "Com quantos meses você está de grávida Patrícia?". Respondi "Dez semanas mãe! Meu Deus como eu vacilei desse jeito, por favor, mãe não briga comigo!".

Ela me abraçou e disse "Eu não irei brigar contigo filha, mas te prepara, vai vir chumbo grosso quando teu pai souber". Respondi "Meu pai pode fazer qualquer coisa mãe, mas eu nunca vou tirar meu filho". Ela séria falou "De jeito nenhum. Eu jamais permitiria uma coisa dessas e teu pai não é nenhum monstro Patrícia. Ele pode ser turrão, mas não é um homem insensato. Agora toma teu remédio e vai descansar. Farei uma sopa de legumes. Agora eu cuidarei dos meus dois bebês". Indaguei "Como assim mãe?", ela sorriu e disse "De você e do meu netinho, kkkkkk. Ai, vou fazer muita ginástica, eu vou ser uma vó linda, vou andar por aí com meu neto e todo mundo vai pensar que é meu filho". Eu comecei a rir do jeito saltitante dela, que parecia não enxergar a gravidade da situação "Ai mãe, só você mesmo pra fazer eu rir".

Depois do carinho da minha mãe eu relaxei um pouco, mas não saia da minha cabeça a reação do meu pai e a do Matheus. Mas para ele eu não poderia contar nada naquele momento. Taíssa chegou e falou "Maninha, o que está acontecendo contigo? Nossa mãe falou que você passou mal!". É claro que eu sabia que minha irmã não era nada confiável e tentei disfarçar "Nada de mais Taísa. Você sabe como são as gordinhas, adoram comer besteira e isso afetou meu fígado, mas tudo bem, eu já fui ao médico, tomei remédio e já estou bem melhor". Ela respondeu fingindo preocupação "Eu estou indo pra academia, mas acho melhor ficar aqui contigo". Eu a tirei de tempo "Não precisa, pode ir, qualquer coisa eu chamo pela mãe". Taíssa me deu vários beijos no rosto e saiu. Eu pensei "Eu te amo sua doida, mas sei que você é falsa que dói".

Namorado de aluguel. (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora