Namorado de aluguel. (Romance Gay)

#36 - O amargo sabor da vingança.

Narrado por Patrícia

Meu pai ordenou "Por favor, continue Matheus". Ele abri uma caixinha de joias e mostrou um anel de brilhante. Olhou para Taíssa que sorriu e arregalou o olho. Olhou para mim que não me contentava de felicidade e Matheus disse "Seu Ary, Dona Terezinha, é com grande alegria que eu quero pedir a mão da filha de vocês em casamento. Patrícia meu Amor, casa comigo?".

Eu falei sorrindo "É tudo o que eu mais quero na vida Matheus, construir uma família contigo". Taíssa gritou "Como você é falso Matheus, você chamou eu e Christian aqui e falou que iria me pedir em casamento, agora vem com essa palhaçada".

Seu Ary deu um murro na mesa e disse "Que história é essa de chamar o noivado de tua irmã de palhaçada? Se existe palhaços aqui são vocês dois, você e o Christian". Ela falou "Eu vou me retirar, não preciso ficar passando por isso".

Meu pai segurou suas mãos e disse "A senhora vai ficar aqui dona Taíssa e vai me dar muitas explicações. Você está grávida e se tiver, quem é o pai?". Ela olhou nervosa para Matheus e falou "Viu o que você fez? Agora eu estou em maus lençóis".

Meu namorado falou "Você me disse que estava grávida de um filho meu, no início acreditei por estar sem memória, mas não pode ser meu, pois eu nunca transei contigo e agora me lembro de tudo muito bem. Se estiveres grávida esse filho pode ser do Christian". O marrento levantou e disse "Bem, antes que sobre pra mim, eu vou nessa, mas antes quero deixar claro que também nunca transei com nenhuma de suas filhas seu Ary. Nessa eu estou limpo".

Meu pai usou toda a autoridade dele "Você também vai ficar e vai me explicar, por que você e Taíssa queriam aplicar um golpe contra Matheus?". Ele tirou o dele da reta "Bem, eu só ajudei a Taíssa. Ela chorou e disse que estava grávida do Matheus e eu sempre gostei deles, queria que ficassem juntos e como eu sempre gostei de sua filha Patrícia, vi uma chance de namorá-la, por isso concordei a incentivar o Matheus a casar com a Taíssa. Agi por amor e amizade, seu Ary, só isso".

"Você deve achar que somos idiotas não é Christian? É claro que tem mais alguma coisa por trás dessa história e se minha filha estar envolvida eu quero saber o que é, portanto, trate de abrir o bico".

Christian era muito dissimulado saiu pela tangente "Se há mais alguma coisa o senhor deveria perguntar para sua filha, eu tenho um palpite. Acho que ela é louca pelo cunhado, só isso. Eu não menti, só a ajudei a mentir. Agora eu vou nessa que esses assuntos de família não são para mim". Meu pai queria impedir, mas Matheus fez sinal para que o deixasse ir e meu pai concordou.

Minha irmã estava indignada e meu pai falou "Por que você mentiu minha filha? O que é que está acontecendo com você? Isso não é normal!". Ela desabafou "Por que tudo cai sempre nas minhas costas? Por que a Patrícia sempre é privilegiada? Por que ela sempre se dá bem em tudo e eu sempre me ferro? É assim que eu me sinto pai, um zero à esquerda nessa família. Por isso eu queria o amor do Matheus, pelo menos isso eu queria pra mim. Queria um homem de verdade ao meu lado. Droga! Ele gostava de mim e a Patrícia deu em cima dele, agora ele é louco por ela e eu vivo sozinha".

Todos ficaram espantados com a resposta de minha irmã. Ela era puro recalque e meu falou falou "Filha você não pode ser feliz desejando para si a felicidade da tua irmã. Cada pessoa deve procurar seu caminho. Em vez de ter raiva e decepção, eu tenho pena de você filha. Por que tanta inveja e tanta dissimulação?".

Ela silenciou e disparou depois "Por que todo mundo gosta muito mais dela do que de mim, Pai! E o senhor não tem ideia do que é isso". Meu pai concluiu "Eu irei te levar pra um bom psiquiatra, mas por enquanto eu levarei as duas ao ginecologista, eu mesmo levarei vocês e vou tirar essa história a limpo". Minha mãe pediu que ele a deixasse ir conosco para evitar constrangimento, mas meu pai foi categórico. Ele nos levaria com uma militar ginecologista e sua colega de trabalho.