#30 - Uma aliaça dúbia.

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Narrado por Matheus

Ele me abraçou, deu-me um murro de leve no peito e com um sorriso generoso falou "Eu sou Chirstian brother. Teu irmão e melhor amigo".

"Desculpe cara, mas eu não lembro. Minha cabeça está uma confusão, mas se você é meu amigo, de boa a gente pode continuar cultivando uma amizade. Embora...".

"Embora o que brow? O que é que tá pegando?".

"Você não parece o tipo de cara que eu cultivaria como amigo. Sei lá, você parece bem diferente de mim".

"Hhahahahahha. Que é isso cara! Nós sempre fomos amigos brow. Quando eu fiquei na pior você deu até tua cama pra eu dormir. Você vivia me protegendo brow. Sabe a gente é um trio inseparável: eu, você e a Taíssa!".

"Taíssa? Esse nome não me é estranho! Droga! Droga de vida! É muito ruim ter essa confusão em minha cabeça".

Chistian sorriu e disse "Olha a gata vindo aí. Brow, por favor, ela está sofrendo muito por você não se lembrar dela, finge naturalidade, não vai partir o coração da tua gata!".

Ela chegou e já foi dando-me um beijo apaixonado "Theus meu amor, que bom que estás melhor, eu fiquei com tanto medo de te perder, mas olha, não te preocupa, eu e o Christian vamos cuidar muito bem de ti, como nos velhos tempos".

Concordei e eles ficaram conversando comigo. Contaram várias coisas que tínhamos feito juntos. O cara contou que a gente pegava muita mulher, mas que depois que eu conheci a Taíssa eu tinha me comportado. Ela completou dizendo que a gente estava pensando em se casar. Confesso que gostei de ter conversado com eles, que me alertaram que eu deveria tomar cuidado com pessoas estranhas e que chegariam junto de mim falando que eles é que faziam parte da minha vida.

Meu pai chegou e os dois se afastaram como um furacão. Confesso que achei estranho, mas eles disseram que meus pais e os médicos pediram pra eles se afastarem de mim, por isso não queriam que meu pai os visse.

Fomos embora e à noite a boazuda Vanessa foi buscar-me. Ela estava toda eufórica. Minha mãe não queria que eu saísse, mas meu pai ligou para o médico e ele disse que era bom eu ir retomando minha vida com normalidade. Eu não podia beber, por isso fomos apenas jantar. Sabe aquele papo de mulher sem noção? Foi assim o tempo todo. Eu estava entediado e a única coisa que me animou foi que a piranha me levou pro motel. Pois bem, eu estava matando cachorro a grito e larguei a pica nela, que confessou que há muito tempo não transava assim. Claro que fiquei lisonjeado, já que mesmo com esquecimento eu pude perceber que conseguia satisfazer uma mulher.

Ela queria marcar logo outra transa, mas eu disse que outro dia a gente marcava. Só por que sou macho não quer dizer que sou um objeto sexual. No fundo eu sentia que teria que lembrar da minha vida pra poder eu ser feliz. Deixo claro que meus pais faziam tudo meticulosamente, ou seja, cumpriam à risca todas as orientações dos médicos.

Naquela noite decidi fuçar meu computador pra ver se me lembrava de alguma coisa, mas pra minha infelicidade também havia esquecido a senha. Um vazio tomou conta de mim e veio um aperto no coração. Comecei a chorar feito uma criança, tomei um remédio, dormi e sonhei.

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O Sonho de Matheus

Sonhei que estava em um parque e via uma mulher linda com uma criança brincando. O menino era muito parecido comigo, até gordinho ele era também. Eu andava, mas não conseguia chegar perto deles. Foi dando-me uma aflição tão grande por querer tê-los perto de mim, mas não conseguia alcançá-los. Quanto mais eu apressava o passo, mas eles se afastavam. Estava muito tenso e já chorava, quando sinto uma mão segurando na minha "Vem meu príncipe, vamos até eles, nós nunca iremos abandonar você". Quem falava comigo era um rapaz lindo, que tinha um sorriso sereno e transmitia confiança, parecia o ator Keanus Reves quando era jovenzinho.

Namorado de aluguel. (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora