#20 - O retorno de Marlon.

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Narrado por Patrícia

Minha irmã chegou desesperada, como eu nunca tinha visto. Ela falou que quase tinha sido violentada. Parecia estar com muito medo e vergonha. Senti meu coração apertado, em solidariedade a minha irmã, que depois de eu muito insistir me confessou "Foi o Matheus, o teu namorado. Ele me levou lá pro trabalho dele, disse que sempre quis transar comigo, tentou me seduzir, como eu resisti ele tentou me pegar à força. Ele tentou me violentar. Paty você não pode continuar esse namoro depois de tudo o que ele me fez!!!".

Eu fiquei totalmente sem chão. Não conseguia acreditar no que eu estava ouvindo. Fiquei em silêncio, até que falei "Taíssa, eu não posso acreditar, meu namorado não faria isso". Ela começou a chorar e disse "Eu sabia que você não iria acreditar em mim. É sempre assim, a mulher é sempre culpada de tudo. Meu Deus, por que eu não morri antes!".

"Taíssa, isso é uma acusação muito séria! Você vai ter que provar o que está dizendo".

Ela começou a gritar "E você acha o que? Olha as marcas no meu corpo! Meu cabelo desalinhado e minha roupa rasgada! Você acha que eu seria capaz de inventar uma história sórdida dessa e fazer isso sozinha? Você acha que eu sou louca de me auto flagelar? O que eu ganharia com isso?".

As palavras de Taíssa fizeram sentido. Embora eu não quisesse acreditar naquela história ela fazia sentido. Nenhuma mulher em sã consciência inventaria uma tentativa de estupro. Eu só a abracei e disse "Calma, a gente vai resolver isso. Vamos à delegacia dar queixa do Matheus".

Ela titubeou "Não quero a polícia envolvida nisso. Eu tenho vergonha e ele não me estuprou, ele só tentou me agarrar. Eu estou assim por que eu tentei me desvencilhar e eu mesma me machuquei. A única coisa que você tem a fazer é terminar tudo com ele". Ela saiu, esperando uma atitude minha.

Obviamente que eu não consegui dormir direito aquela noite e fui pra faculdade disposta a tirar essa história a limpo. Nem me concentrei nas aulas e na saída ele estava lá me esperando. Foi logo tentando me beijar e eu recuei. Ele percebeu meu estado e disse "Que foi amor? Por que você está assim comigo?".

Eu o chamei para um lugar isolado e disse "Eu vou ser bem direta com você Matheus! Você levou a Taíssa ontem a noite para o teu trabalho?".

"Sim amor. Ela foi ontem lá comigo. Eu tomei um susto. Quase que eu a atropelo, então ela ficou assustada e quase desmaiou".

E eu completei a história "Aí você aproveitou a ocasião pra tentar transar com ela, não foi?".

"Que é isso Patrícia me respeita! Que espécie de homem você acha que eu sou? Eu jamais faria isso com nenhuma mulher, principalmente com a tua irmã". Ele começou a ficar nervoso.

"Você sempre foi afim da minha irmã. Eu não acho que você tentou estuprá-la. Acredito que você não é nenhum tarado, mas você tentou agarrá-la e se ela desse corda você transaria com ela".

"Você está demonstrando que você não me conhece Patrícia. Eu era afim da tua irmã, mas agora eu sou louco por você. Pra quê que eu vou ficar com ela se eu tenho você, que me satisfaz plenamente como namorada? Cai na real, eu não sou um canalha".

"Você não é um canalha, mas gosta muito de mulher. Confessa que você se empolgou e foi pra cima da minha irmã. Eu só quero compreender o que aconteceu e se você falar a verdade vai ser melhor pra você, pra mim e pro nosso namoro".

Ele gritou comigo "Você saber a verdade? A tua irmã foi lá esfregar a periquita na minha cara, eu é que não quis comer. Quer saber? Ela é a maior gostosa, mas em respeito a você eu jamais pegaria outra mulher, principalmente ela que é tua irmã".

Namorado de aluguel. (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora