Capítulo 29 - O enterro

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Por Ana:

Já se passaram três dias, e parece que nesses três dias eu estou vivendo um inferno. Eu não sei o que aconteceu, depois que Christian voltou para casa ele se tornou uma pessoa distante, fria e até às vezes arrogantes. A gente só fala um com outro se for necessário, não nós beijamos mas e não fazemos mais amor.

Meus enjôos estão mais fortes, fico cansada toda hora, e isso já está me irritando. Eu tenho que ir no médico urgentemente.

Voltando o assunto, Christian mudou tanto que eu tenho muito medo dessa sua mudança, eu não sei o que aconteceu com ele, eramos um casal feliz agora nem um "eu te amo" sai da sua boca.

Saio dos meus pensamentos quando ouço meu celular tocar. Ainda bem que eu estou no horário de almoço se não a Andréia ía me matar.

- Alô! - Pergunto sem olhar quem é.

- Ana, acontece algo terrível! - Mia fala desesperada

Meu deus! Será que aconteceu algo com o meu Grey?

- O que Mia? - Falo tentando esconder a minha voz de medo, mas falho.

- Leila... ela morreu! - O quê? Fico sem reação, minhas mãos estão geladas e minha respiração está rápida.

- Como assim? Como você descobriu? - Falo desesperada por informações.

- Eu acabei de saber, estava fazendo a minha caminhada matinal quando eu esbarrei na Rebeca, ela estava acabada, seus olhos estavam vermelho e inchados. Mesmo não gostando dela eu fiquei preocupada, perguntei o que aconteceu ela só disse que a Leila foi encontrada morta na sua casa. E por incrível que pareça ela me convidou para o seu funeral. Ana eu sei que você não vai com a cara da Rebeca mas eu fiquei com muita dó dela, parecia que ela gostava mesmo da Leila. Queria saber sé você quer ir comigo?

É muita informação para mim! Será que devo ir? Eu nunca fui com a cara da Leila mas mesmo assim, acho que a morte e a pior coisa que você pode desejar para uma pessoa, mas será que foi assassinato?

- Ana, você ainda esta ai?

- Sim, Mia eu vou...

Por Rebeca:

Isso não é possível, isso só pode ser um pesadelo, eu não acredito que a Leila me deixou. Ela não podia fazer isso comigo, e sua mãe droga! Vou ter que cuidar dela até que ela acorde, eu prometi isso a Leila. Se eu descobrir quem foi o filho da puta que matou a Laila eu o mato também. Eu perdi minha única amiga, minha companheira,

Mas tudo isso acabou, vou falar com a Elena que eu vou desistir do plano. Eu não quero mais participar dessa idiotice. Mas isso não é hora de pensar nisso.

Tenho que termina os últimos detalhes do velório da minha amiga.

{Velório}

Por que no dia do enterro sempre chove? Isso está parecendo um filme trágico, bem a minha vida está trágica.

Eu e os amigos e parentes mais próximos estamos assistindo o enterro, e tem a Mia e a Ana. Eu não sei por que eu convide, acho que eu estava em um momento de fraqueza. Depois de uma hora todo mundo começou ir embora, sobrando só eu, Mia e a Ana.

Nós três estamos parados na frente de sua lápide, sem falar nada, cada um no seu pensamento. Mas uma voz faz que nós três nos viramos.

- Rebeca! - Gil me chama, eu não faço nada só olho para ela.

- Gil! - Mia fala supresa em vê-la. - O que você está fazendo aqui? - Ana não fala nada só fica olhando para Gil sem entender quem é ela.

O minha querida se você conhecesse a Gil com certeza você estaria batendo nela!

- Leila era uma amiga antiga. - Ela anda até a lápide e deixa um buquê de rosas brancas. - E você, o que está fazendo aqui? - Ela pergunta a Mia.

- Rebeca me convidou, mas estamos de saída. Vem Ana, vamos embora. - Mia pega no braço da Ana e arrasta para fora do cemitério.

- Não sabia que você era amiga da Mia. - Gil fala desconfiada. - E nem da sem sal. - Ela fala com desgosto.

- Não sou, só convidei ela por educação. - Falo sem tira os olhos da lápide.

- Triste o que aconteceu. Como vai ficar a mãe dela? - Meus olhos começam a arde Não! Não posso chorar.

- Eu vou cuidar dela, Leila me fez prometer que se algo acontecesse com ela era para eu cuidar da sua mãe. Por que se Leila morre a Sr. Williams não vai ter ninguém, como isso aconteceu eu vou tomar conta dela. - Não consigo segura as lágrimas então deixo elas caírem. - Gil, eu quero para com isso. Eu não aguento mais, não quero continuar com isso, eu quero ser feliz mas se eu não parar com essa paranóia eu não vou poder. - Começo a chorar, Gil me puxa para os seus braços, encosto minha cabeça no seu ombro e choro.

- Eu entendo.

50 tons de MentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora