Capítulo 30 - Rebeca Montenegro

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Por Rebeca:

Acordo com a luz batendo em meu rosto. Sento na cama esfregando as mãos nos olhos, então percebo que dormir com a mesma roupa que eu usava ontem; a mesma roupa que eu usei no funeral da Leila. Só de lembrar que ela não está mais aqui o meu coração começa a doer. Vou até o banheiro e faço minha higiene pessoal depois tomo banho. Já com roupa vestida vou preparar o café da manhã. Após o café eu pego a chave do meu carro e dirijo até o hospital.

{Hospital}

Eu faço a mesma coisa que eu fiz nesses últimos dias, sento na poltrona ao lado da cama onde a mãe da Leila estar. Fico lendo a revista quando eu sinto o meu celular vibrar, eu pego e vejo que é uma mensagem da Elena.

8:00_ Bom dia, Rebeca. Como você está? Gil me disse que você queria falar comigo. Me liga quando puder.

Rapidamente disco número da Elena.

- Oi, Rebeca.

- Elena. - Falo friamente.

- O que você queria me dizer?

- Elena, eu quero sair disso. - Ela fica alguns minutos em silêncio depois fala.

- Como assim? - Ela pergunta nervosa.

- Eu quero parar com essa baboseira toda, quero parar com esses planos inúteis, parar de tentar fazer a vida dessa família um inferno. Eu não posso ficar mais me preocupando com isso, agora tem uma pessoa que precisa da minha ajuda. E se eu continuar com isso, eu vou ter o mesmo fim dá Leila. - Ela não fala mais nada, só consigo ouvir sua respiração. - Elena...

- Okay.

- O quê?

- Você está livre, vá viver sua vida. Mas você nunca mais vai me procura. E se você abrir a sua boca para alguém eu juro que você vai pagar...

- Adeus, Elena. - Desligou sem deixar ela termina, estou muito feliz. Agora não tenho que ficar esquentando minha cabeça com essas coisas. Mas isso está muito esquisito, Elena aceitou numa boa... devo esquecer disso, e finalmente viver a minha vida.

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Depois de ir para o hospital fui para o trabalho. Após o trabalho vou para casa da Leila, tenho que encaixa suas coisas e fechar a casa. É muito trabalho para so uma pessoa. Então eu pensei em ligar para alguém me ajudar, como a Lei... meu Deus! Eu não consigo para de pensar nela. Mas que merda! As lembranças vem a tona, as lágrimas começam aparecer e a tristeza toma conta do meu corpo. Depois de chora tudo que eu tinha começo arruma a casa, primeiro é o quarto da Leila. Encaixou tudo e deixo de lado, depois encaixou tudo dos outros comandos.


Na hora da faxina vi que irei precisar de ajuda. Mas quem? Uma ideia louca surgiu na minha cabeça, pego meu celular e disco o número, depois de um tempo chamando ele atende.

- Oi. - Ele fala rígido.

- Oi, Matheus. É a Rebeca. - Ouço sua respiração forte.

- Rebeca, por favor já chega, eu não posso... - Eu o corto.

- Não me escuta! Estou na casa da Leila fazendo uma limpeza para fechá-la depois. Olha, eu sei que ultimamente estou só trazendo problemas para sua vida, mas não tenho ninguém para me ajudar. Eu estou sozinha, eu só queria você me ajudasse, prometo que não vou fazer nada. Eu só preciso de sua ajuda. - Falo com a voz fraca, quase chorando, só escuto um logo suspiro antes dele responder.

- Ok! Só vou para te ajudar, e lembre-se que eu estou fazendo isso porque eu sei como você está sofrendo. Já passei por isso. - Ele faz uma pausa. - Eu te encontro daqui a vinte minutos. - Ele desliga. Quem diria que eu ia acabar chamando Matheus para alguma coisa sem o objetivo de agarrá-lo. Bem, as coisas mudaram.

Depois de alguns minutos ouço a porta da sala sendo aberta.

- Rebeca. - Matheus me chama.

- No jardim! - Ouço passos atrás de mim.

- O que você está fazendo aqui? - Ele pergunta curioso.

- Nada, vamos começar? - Ele assente, entramos para casa e começamos a fazer a grande faxina.

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Depois de arrumar cada centímetro da casa fechamos ela. Era bem tarde quando acabamos; já passava das oito. E eu e o Matheus ficamos sentados na calçada sem falar nada um para o outro.

- Como você está? - Ele pergunta quebrando o silêncio.

- Péssima. - Não percebo que eu coloquei minha cabeça no seu ombro e começo a chorar. - Eu sinto tanta falta dela.

- Eu lamento. - Ele coloca seu braço envolta do meu corpo.

Por Mia:

Já se passa das oitos eu não sei o que eu estou fazendo aqui. Eu poderia estar dormindo ou até estar junto com Matheus, mas estou indo para casa de uma falecida tentando encontra a minha antiga inimiga. Fiquei com muita dó da Rebeca, e sei como ela deve está se sentindo. Só não sei como ela pode está ao lado daquela piranha da Gil, e o que ela está fazendo aqui? Devo manter a Ana longe dela se não algo pode acontecer. Christian não pode imaginar que ela está aqui, se não e capaz que ele faça uma idiotice.

Quando eu estou perto da casa da Leila vejo que uma cena que faz meu corpo gelar Eu não acredito! Rebeca e o Matheus estão agarrados um no outro.

Eu não posso acreditar que eles estão fazendo isso. Então é assim, ele briga comigo, não faz a questão de me ver e ainda reclama que eu estou sendo chata mas fica agarrado nessa puta? Meu Deus, eu vou voar nessa vadia e quebra a sua cara.

E eu ainda fiquei com dó dessa vaca, mas quando eu pegar ela...

Isso dói, e muito! Eu não acredito que ele fez isso comigo, logo eu; a sua namorada. É como se eu vivesse no tempo que eu ficava com o Luke de novo.

Acho que já sei o que eu vou fazer, não vou lá, depois eu vou ter uma conversa com ele, esclarecer tudo. Não vou ficar de trouxa, eu quero ser feliz, e só tem um jeito para isso. Vou embora deixando as lágrimas cair.

50 tons de MentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora