MEU EX-NAMORADO

Capítulo 10

-Como vai Thomas? - Jack pergunta com um tom irônico na voz. Olho para Thomas e vejo que seus olhos são pura raiva.

-Muito bem. Atrapalho vocês em algo? - Tom (apelido de Thomas) vem até nos e se senta ao banco, no meio de Jack e eu. Quanta conveniência Sr. Thomas.

-Bom, acho que atrapalha. Ana e eu estávamos tendo uma conversa agradável. - Jack diz encarando Thomas e nenhum dos dois olha pra mim em nenhuma momento.

Irritada com a disputa idiota entre os dois, e levanto do banco deixando os dois sozinhos. Olho pro meu copo e vejo que está vazio, ótimo, vou precisar de mais bebida. Vou até o balcão, o encho de vodka e viro tudo de uma vez. Sinto a bebida descer quente pela garganta. ARGGGGH

Olho ao redor tentando buscar Jonathan com o olhar, mas não encontro. Deve estar transando em algum canto por ai.

Coloco meu copo no balcão com a intenção de enche-lo novamente, mas o copo rapidamente sai da minha vista.

-Acho que você não devia beber tanto assim. - Thomas balança o copo em sua mão.

-Quem é você pra dizer o que eu devia ou não fazer seu babaca. - Tento pegar o copo da sua mão, mas ele rapidamente desvia.

-Sou uma pessoa que quero apenas seu bem. - Sorri pra mim. Eu quero matar esse filho da puta. - E pensando no seu bem, acho melhor irmos embora.

-Não vou embora com você. Vou esperar o Jonnnnnn. - A bebida faz com que eu me enrole nas palavras.

-Jonnnn está ocupado demais Ana. - Tom tenta me imitar.

-Tudo bem, eu vou sozinha então. - Não espero ele responder, e saio trombando nas pessoas, tentando não cair.

Vou para fora da casa, e olho pros lados tentando lembrar onde fica a casa da família de Jonathan. Tenho que me lembrar de nunca mais beber desse jeito.

-A bebida te fez esquecer o caminho? - O maldito do meu ex aparece do meu lado - Vamos, eu lembro o caminho. - Zomba.

Não respondo, apenas o sigo em silêncio.

Chegamos até a casa de campo e meu estomago começa a dar sinal de vida.

-Tenho que ir ao banheiro. - Digo e corro para o banheiro do primeiro andar.

Me abaixo até o vazo e litros de vomito começam a sair de mim. Sinto alguém segurar meu cabelo e alisar minhas costas. Thomas.

-Sai - Tento falar envergonhada, mas minha voz é substituída por vomito.

-Ei, ta tudo bem. - Me conforta.

Minutos depois, me sinto cansada e finalmente sinto que já não tenho mais nada no estomago para vomitar. Abaixo a tampa da privada, dou descarga e me sento nela sem forças pra ficar em pé.

-Você não precisa ficar aqui e ver isso. - Digo sem olhar pra o homem que ainda está no banheiro.

-Não ia deixar você passando mal sozinha.

-Hm. - Olho pra ele e vejo que está me olhando.

-Vem, vou te ajudar com o banho. - Banho? Ele quer me "ajudar" com o banho?

-Não precisa Thomas, estou bem. - Cuspo as palavras, tento levantar da privada mas quase caio. Braços fortes me seguram.

-Ah, precisa sim. - Tom diz e eu cansada não protesto.

Tira minha camiseta, minhas sapatilhas e minha calça. Me sinto envergonhada por estar somente de roupa intimida, mas não digo nada. Ele me ajuda entrar no box no banheiro e liga o chuveiro, colocando na temperatura gelada/morno.

-Ta gelada. - Reclamo com os olhos fechados.

-Isso vai te ajudar. - Ele diz me entregando uma bucha com sabonete e fecha o box. - Estou aqui se precisar.

Me limpo e lavo o cabelo. Desligo o chuveiro e saio do box. Thomas me olha e me entrega uma toalha.

-Vamos. - Diz e saímos do banheiro. Só então percebo que estou enrolando em uma toalha com as roupas intimas por baixo molhadas e saindo do banheiro com Thomas. Fico paralisada no chão. - Meus pais estão dormindo. - Me tranquilizo.

Subimos a escada e paramos em frente o meu quarto.

-Vou deixar você se trocar. - Diz e eu assinto entrando no quarto.

Tiro a calcinha e o sutiã molhados e pego uns limpos. Coloco um shorts e uma regatinha do pijama. Escuto uma batida na porta, e imagino que seja Tom.

-Entra. - Digo não tão alto para não acordar seus pais.

-Só queria me certificar que está bem. - Ele caminha até o quarto e fecha a porta atrás de si.

-Aham. - Digo ainda meia tonta e deito na cama, me cobrindo com um edredom.

Tom tira os sapatos e deita na cama por cima do edredom.

-O que está fazendo? - pergunto.

-Só quero ter certeza que você vai dormir bem. - Passa as mãos no meu rosto. Eu o encarro e não respondo.

Thomas fica alisando meu rosto, com um carinho gostoso e eu adormeço.