Capítulo 30 - Thomas

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Meu corpo está dolorido e imagino que seja pelo simples fato de eu ter amanhecido no sofá. Irei matar aquela piranha da Julie por ter me drogado.

Levanto e vejo que no chão há uma enorme poça de água. Olho pro teto para verificar se há alguma goteira e não encontro nada que justifique. Estranho.

Vou até o quarto para ver como Ana está e vejo que a cama está arrumada, sem vestígio de que a mesma tenha passado a noite ali. Meu coração acelera. Será que Julie falou alguma coisa pra Ana? Será que ela foi embora?

Pego minhas roupas que estão no chão e as coloco, já que estou pelado. Minha cabeça toda dói e não lembro de ter tirado minha roupa.

Ando até o elevador e espero para que a pequena cabine chegue ao andar.

Chego na portaria e vejo Joseph em sua cabine lendo um jornal.

-Bom dia. – Cumprimento. – O senhor viu a Ana por aqui ontem?

-O senhor não sabe? – Seus olhos demonstram confusão e por um momento sinto meu corpo inteiro tremer de preocupação.

-O que eu não sei?

-Senhorita Ana passou muito mal ontem. – Meu coração para.

-O QUE? COMO ASSIM? – Estou nervoso.

-Depois que vi Senhorita Julie descer do seu apartamento toda desesperada, achei estranho e subi pra ver o que tinha acontecido. Cheguei e vi Ana caída no chão e o senhor dormindo. – Explica. Não digo nada, corro até o elevador e aperto o botão que indica o meu andar impaciente. Ana tinha passado mal enquanto eu estava drogado e pelado no meu sofá. Meu corpo está tenso e não posso nem imaginar que algo de ruim tenha acontecido à ela e ao bebê.

Chego em meu apartamento e pego a chave do carro. Coro até o estacionamento e sigo em direção ao hospital.

Estou correndo tanto que sei que daqui alguns dias multas chegaram até mim. Pouco me importa. Preciso saber se meu filho e se a mulher da minha vida estão bem e logo depois irei atrás de Julie.

Deixo o carro na frente da portaria do grande hospital e nem me importo se está bem estacionado.

Avisto um pequeno balcão com duas mulheres sentadas atrás dele. Informo o nome de Ana e elas me indicam o numero do quarto.

-Ei. – Esbarro com alguém enquanto estava correndo até o quarto. Vejo que é Jonathan. – Decidiu aparecer?

-Sai da frente. – Tento desvencilhar de seu corpo, mas meu irmão me barra.

-Você não vai vê-la.

-Uma porra que eu não vou vê-la. Sai da frente ou eu acabo com você. – Estou possesso e pronto pra quebrar a cara de Jonathan se ele não sair da minha frente.

-Você não vai vê-la Thomas. Que direito acha que tem de vir aqui depois de tudo que a fez passar? – Meu irmão me encarra e vejo que também está com raiva. – Por sua causa ela quase morreu naquela sala de parto.

-Sala de parto? Meu filho nasceu?

-Nasceu.

-Onde ele está? Ele está bem? Eu quero vê-lo. – Estou agitado.

-Ele está junto com os outros bebês. Posso te acompanhar enquanto você me explica porque traiu Ana de novo.

-O que? Eu não a trai. – Meu irmão segue em frente nos corredores e eu o sigo.

MEU EX-NAMORADOOnde histórias criam vida. Descubra agora