Unbreakable Vow • Drarry

Aula de poções

— Droga, droga, droga! — Harry berrou ao olhar para seu relógio de pulso. Ele estava realmente ferrado se não estivesse no Grande salão em cinco minutos.
— Quer calar a boca, Potter? Estou tentando dormir. — Draco resmungou irritado.
— Isso é mal, muito mal, droga. — Harry continuou enquanto pegava sua blusa social nos pés da cama e a vestia, lançando um feitiço para desamassar em seguida.
— Mandei fechar a boca, Testa Rachada. — O loiro lançou um travesseiro no outro, o atingindo no rosto, fazendo seu óculos voarem até o chão.

— Bom dia pra você também, Malfoy. — Harry bufou apanhando seus óculos do chão e sussurrando Óculos Reparum na lente que se partira.
— Bom dia por que, se um idiota acabou de me acordar? — Draco sentou-se na cama coçando os olhos.
— Ron me disse que Hermione está desconfiada por eu não estar tomando café da manhã no salão, eu disse a ela que estou tomando café em meu dormitório porque estou lendo muito para me preparar para os N.I.E.M'S, mas Ron disse que ela não caiu muito na história.
— Ela é enxerida demais... espera aí, não andou abrindo sua grande boca para o Weasley sobre nós, não é? — Draco se levantou e apontou um dedo para o moreno.
— Existe um nós? — Harry levantou uma sobrancelha grossa.
Malfoy engoliu em seco, havia se descuidado, podia acabar assustando Potter, oh não, ele tinha que pensar numa desculpa rápida.
— É terminantemente óbvio que não, fala sério Potter, só porque estamos dormindo na mesma cama, existe um nós? — Ele riu com desdém, mas se sentiu culpado ao ver o rosto de Harry. — Faça-me rir, Cicatriz.

Harry estava um pouco decepcionado, a idéia de ter algo com Malfoy era assustadora mas estranhamente boa, mas é claro que o loiro só estava usando-o como seu sonífero ambulante e borracha humana de tatuagens. Harry estava com raiva de si mesmo por ter acreditado que Malfoy pudesse sentir algo a mais por ele do que desprezo e ódio.

— Ótimo senhor "não existe um nós", espero que tenha êxito tentando dormir sozinho, porque para mim já deu. — Harry lhe deu as costas, pegando a gravata que estava no chão, sem nem ao menos se dar o trabalho de olhá-la para po-la em seu colarinho.
Saiu da sala precisa sem olhar para trás, deixando um Draco magoado e atordoado.

Potter marchava pelos corredores frios com o rosto firme e tenso de tanta raiva. Raiva de Malfoy? Não, raiva de si mesmo por ter sido tão ingênuo para acreditar que poderia esquecer sua rixa com o loiro.
Entrou no Grande Salão emburrado e se sentou de frente para Rony e Hermione, que tomavam seu café à mesa da Grifinória.

— O que houve Harry? — Mione perguntou ao ver o excesso de irritação do menino.
— Nada, não houve nada, eu só estava feliz quando uma Doninha estragou tudo! — Ele disse raivoso e quase amassou uma taça dourada quando foi tomar um gole de chocolate quente.
— Uma doninha? — Ron levantou uma sobrancelha. Droga, Harry falou demais.
— Eu estava lendo e uma doninha entrou no dormitório, foi isso, demorei um tempão para pegá-la. — O moreno inventou qualquer besteira que apareceu na sua mente, o que pareceu ter convencido já que Mione voltou a comer, mas a expressão do ruivo assustava o menino de olhos verdes.

— Harry, você está usando uma gravata da Sonserina? — Ron sussurrou para o amigo sem que Hermione escutasse.
— Er...Não. — Harry prendeu a respiração. Não podia ter pego a gravata dele por engano. Burro, burro, por que não prestou atenção?
Ele ouviu passos delicados e ritimados ecoando pelo salão. Harry conhecia bem aquele jeito de andar. Ele se virou e Ron também olhou para a mesma direção.
Malfoy congelou ao observar o pescoço de Potter, depois abaixando os olhos e os arregalou ao ver a gravata vermelha e dourada no próprio pescoço. O menino fez um micro gesto com a cabeça em direção ao corredor principal e saiu andando tenso.
Harry olhou para Ron que lhe lançou o melhor olhar de "Vai ter que me explicar tudo isso direitinho" e saiu em disparada ao encontro do loiro.
Os dois entraram discretamente num armário de vassouras e Draco agarrou Harry pela gola da camisa.
— Você é a pessoa mais idiota do mundo. — Rosnou tirando a gravata do menino e puxando a sua de qualquer jeito.