Unbreakable Vow • Drarry

Sinal dos Tempos

Boa leitura e bom smut! 💚

- Está na hora, olha para lá. - O loiro apontou para o lado oposto em que Harry estava olhando e o moreno se surpreendeu ao ver o lindo pôr-do-sol refletindo nas águas do lago, deixando tudo com uma coloração alaranjada.
- Draco, isso é maravilhoso! - O grifinório lhe deu um beijo, encantado.
- Eu sei, queria uma coisa especial para falar o que preciso. - O loiro parecia nervoso.
- E o que é?
- Eu te amo demais.
- Eu também te amo. - Potter acariciou o rosto do mais alto.

- E é por isso que eu quero fazer o Voto Perpétuo.

O corpo de Harry ficou paralisado e levou alguns segundos para ele voltar a respirar. Potter começou a pensar numa velocidade absurda em tudo o que aquela simples frase significava. O Voto Perpétuo era o maior e mais poderoso juramento que alguém podia fazer. Um juramento que se porventura rompido, causaria a morte do bruxo que não cumprira com sua palavra. Era um laço que os uniria para o resto de suas vidas. A partir do momento em que as palavras fossem proferidas eles seriam apenas um. O coração de Harry transbordava de tantos sentimentos enquanto pensava em tudo aquilo. Essa era a maior prova de amor que Malfoy poderia lhe dar.
Draco estava ciente do que isso significava, e para ele, aquela havia sido a decisão mais certa e maravilhosa que já tinha tomado em toda sua vida.
Ele queria Potter para a eternidade.
- Harry? - O loiro chamou, tocando o braço do moreno.
- Desculpe, eu só estava... Você realmente quer fazer isso? - Harry acordou de seu transe e sorriu bondoso sentindo os dedos do outro tremendo sobre seu antebraço.
- Quero. Tenho pensado muito nisso, em toda essa coisa da profecia e da Lua... - Draco olhou para a água por um instante e respirou fundo. - Sabemos que estamos destinados à isso. Não podemos ficar longe, sabe como isso nos faz ficar ruins e vamos enlouquecer se não ficarmos juntos, literalmente. Eu quero que toda essa tensão e medo acabe. Quero fazer o que temos que fazer. Consumar nosso amor, fazer o voto, e ser seu para sempre. Isto é... se você aceitar ser meu para sempre, também.
Harry pensou na vida que poderiam ter. Eles já eram revolucionários, já estavam fazendo tudo mudar. Um futuro maravilhoso os aguardava, o amor sempre falava mais alto e esse era seu destino.
- Eu aceito ser seu. Nessa e em todas as vidas. O destino o fez para mim, e não vou deixar você escapar. Eu te amo, você é minha alma gêmea, lembra? - Harry brincou tirando uma risada gostosa do sonserino que segurou suas mãos com força.
- Eu também te amo, nada jamais comparará com o que eu sinto por você.
Durante aquele beijo, todos os tecidos e terminações nervosas de seus corpos pareceiam estar adormecidos.
- Vamos esperar até o fim dos N.I.E.M's? - Harry perguntou deitando a cabeça no ombro do loiro.
- Acho que sim. Pode ser no dia da final do campeonato. - Draco permitiu seus dedos a fazerem uma leve carícia no rosto do grifinório.
- É uma boa data. Seus pais poderiam vir.
- Acho que sim. - O sonserino sorriu balançando sua varinha, fazendo o barco dar meia volta e voltar lentamente para o píer. - Parece que temos um compromisso pra depois do jogo...
- É, parece que temos. - Potter deixou um beijo no pescoço do maior e sorriu pensando que em poucas semanas seriam um do outro para sempre.

***

Harry estava com alguns livros junto ao peito enquanto corria pelo corredor, indo até a biblioteca para devolver alguns exemplares que estavam no dia final do empréstimo. Seus pensamentos vagavam obviamente para um ser de cabelos loiro prateados e olhos cinzentos tempestuosos. O menino de íris esverdeadas não conseguia tirar Draco de sua cabeça coberta de cabelos desgrenhados ultimamente. Não que ele quisesse esquecer o loiro, não, de jeito nenhum. Mas saber que o dia de fazerem o Voto se aproximava cada vez mais o deixava nervoso. Potter não daria para trás, tinha certeza do que queria para seu futuro mas temia que com tamanha pressão do significado do que estavam prestes a fazer, Draco pudesse pensar duas vezes.
Harry andava distraído e pensativo, tentando a todo custo parar de pensar nisso que nem percebeu quando alguém trombou com seu corpo e derrubou seus livros. Ele levantou a cabeça e percebeu Romilda Vane sorrir sem graça mas presunçosa para si.
A menina era bonita, com cabelos e olhos negros. Mas não era o tipo de Harry, já que o garoto andava preferindo loiros platinados, olhos azuis e de sobrenome Malfoy. Harry sabia que Romilda havia tido uma paixonite crônica nele em seu sexto ano, tanto que a garota havia lhe mandado caldeirões de chocolate cobertos de poção do amor, o que acabou dando errado e os doces foram devorados por Rony, que ficou parecendo um completo idiota enquanto resmungava ao melhor amigo que amava Romilda Vane.