Unbreakable Vow • Drarry

Insurreição

Nenhuma manhã poderia se comparar com a aquela. O mundo parecia saber o segredo de Potter e Malfoy, e decidira deixar tudo mais bonito. Quando acordaram, pareciam ter saído de um comercial de TV. Os cabelos não estavam desgrenhados como de costume, depois de uma noite de sono. Suas peles pareciam brilhar assim como seus olhos quando se viram pela primeira vez depois de seus sonhos.
Harry correu os olhos pelo corpo nu do companheiro junto ao seu e agradeceu aos céus ao perceber que não era apenas sua imaginação lhe pregando peças. Ele realmente tivera uma linda noite de amor com Draco Malfoy. 

Potter agarrou o braço do loiro, enchendo sua pele clara de beijos, onde até no dia anterior havia uma horrível e assustadora tatuagem de uma caveira com uma serpente saindo de sua boca. Um peso enorme parecia ter saído das costas de ambos. Uma parte da profecia havia sido cumprida e eles não podiam estar mais felizes.

Parecia loucura pensar na relação conturbada que dos dois tinham até há apenas alguns meses, e ver como estavam naquele momento. Deitados na mesma cama, da forma mais íntima possível, depois de consumarem seu amor. Harry olhou para o teto alto da Sala Precisa e se lembrou de Dumbledore. Sorriu ao pensar no que o diretor diria se os vissem se dando tão bem. Alvo era um homem sábio. O mais sábio de todos, na opinião do jovem bruxo e ele se questionava se mesmo antes de partir, Dumbledore sabia sobre a profecia ou sobre o amor dos meninos.

***

Quando chegaram no Grande Salão para o café da manhã, todos pareciam olhar para eles, como se soubessem o que tinham feito, mas era apenas o braço imaculado e liso de Draco que estava chamando atenção. Desde que adquiriu a marca negra no sexto ano, o garoto usava apenas ternos ou roupas que cobrissem seus braços, mas naquela manhã, depois de tanto tempo, Malfoy colocou sua camisa social branca do uniforme e fez questão de a dobrar até a altura dos cotovelos.

Era óbvio e compreensivo o choque que todos levaram, já que esperavam uma grande e mórbida marca estampada na pele do sonserino, lembrando dos tempos obscuros em que os Comensais da Morte existiam. Draco estava de tão bom humor que não ligou para os olhares indiscretos e apenas segurou a mão de Harry, sorriu radiante, desejando bom dia para cada ser vivo que passava perto de si.

— Pelas barbas de Merlin! — Rony só faltou virar o braço do garoto no avesso, de tanto que o mexia, enquanto analisava cada centímetro de pele minuciosamente. — Não acredito que sumiu! Como aconteceu?

— Foi ontem à noite... — Draco olhou nervoso para Potter que mordeu os lábios prendendo uma risada.

— Esperem um pouco, isso não aconteceria do nada. À menos que... — Hermione observou com o cenho franzido — vocês dois...

— Parece que alguém andou se divertindo ontem à noite. — Blaise sorriu malicioso para Draco, que estreitou os olhos.

— Pelo menos nós não nos esquecemos dos feitiços de privacidade e não demos um show particular para metade do dormitório. — O loiro levantou uma sobrancelha com um sorriso triunfante, enquanto via León ficar pálido no colo do negro.

— N-Não estávamos fazendo nada de mais. — O baixinho protestou, querendo azarar Blaise por ter começado a apertar seu pênis devagar por de baixo da mesa, com a maior cara de pau, fingindo que nada estava acontecendo.

— Hum, Blaise, vai devagar, isso dói! — Harry tentou imitar a voz do lobisomem sem muito sucesso fazendo Rony e Hermione rolarem de rir. 

Walphyn arregalou os olhos, tanto por conta dos dedos do companheiro que estavam tentando abrir sua calça quanto pela imitação de Potter.

— Eu estava com dores nas costas por conta da Lua Cheia, seus babacas enxeridos! Blás se ofereceu para me fazer uma massagem, foi apenas isso — León explicou irritadiço.