Unbreakable Vow • Drarry

Descobertas

— Como exatamente você pretende me ajudar? — Harry levantou uma sobrancelha curioso enquanto desciam as escadas.
— Olha, espero que não tenha problemas com ciúmes... — León deu um sorriso perverso.
— Parece muito mais com um sonserino agora Walphyn. — Eles riram e Harry voltou a ficar sério. — Mas vai, me conta o que quer fazer, não sou muito ciumento mas não sei como vou reagir com Draco, é tudo meio novo, você sabe...

— Primeiro quero fazer ele ver que é de homens que ele gosta. Pra isso, não me mate, vou ter que usar meu charme. — O senserino deu um sorriso torto. — Talvez eu tire uma casquinha do seu loiro, depois que ele se der conta, vou tocar ferida... Por isso temos que dar um jeito de descobrir o real significado da Lua,  para quando chegar a hora e ele tiver vulnerável, dar o cheque mate.

— Meu Merlin, você me dá medo. — Harry riu. — Mas é um bom plano, convecê-lo a ver que o destino nos quer juntos não será fácil, boa sorte, e eu estou avisando... tire algo mais que uma casquinha e recorrerei à uma imperdoável.
— Okay, quem sou eu pra irritar o Salvador do mundo bruxo? — Léo riu. — Draco é uma joia rara mas eu prefiro algo mais... digamos, exótico...
— Não brinca! — Harry parou no meio da escadaria ao lado de uma grande janela. — Zabini! Sério?
— Shiiii fica quieto Harry! Se aquela vadia da Parkinson ouvir, eu estou ferrado, ela anda trepando com o Nott e faria qualquer coisa pra nos desestabilizar na casa, acha que ganharia pontos com o idiota.
— Com nós você quer dizer...? — Harry perguntou.
— Blaise, Draco e eu, nós meio que controlamos as coisas Sonserina, mantemos os idiotas na linha,  ajudamos os novatos, mantemos o equilíbrio. Somos os três veteranos mais influentes, seria mais ou menos como você, Granger e Weasley, o Trio de Ouro. — León riu. — Nott sempre invejou Draco, quer a posição dele,  qualquer coisa que nos desestabilize seria como o trunfo dele para tomar posse.
— Então se Draco e eu... — Potter começou.
— Não, o fato de gostar do sexo oposto no nosso mundo não é nada diferente,  mas o fato de gostar do seu melhor amigo hétero... Com certeza Nott ia nos colocar um contra o outro, a amizade iria ficar abalada, senão acabada, Draco teria que tomar partido mas não saberia de que lado ficar, a liderança ruiria e cairia de bandeija nas mãos de Nott, e com quem você acha que uma vadia aproveitadora como a Parkinson ficaria? — León cruzou os braços e olhou para um Harry embasbacado.
— A mente de vocês Slytherins é um negócio muito doido! Como podem planejar um negócio desses? — Ele disse devagar.
— Não é tão difícil, vamos tente, me diga por que Parkinson tentou algo com Draco no sexto ano. — Walphyn desafiou.
Harry não precisou pensar muito e disse:
— Draco estava à serviço direto de Voldemort, era um recém comensal,  ela queria ficar com Draco para estar numa posição próxima a Voldemort,  se ele tivesse êxito na tarefa, ganharia a confiança do Lorde das Trevas,  consequentemente ela ganharia pontos com ele, e ela não teria que entrar na linha de fogo durante a guerra pois seria de confiança. Mas...

— Mas o tiro saiu pela culatra, é.  Draco como bom menino não conseguiu matar Dumbledore, não ganhando confiança e aquela vaca gárgula correu para o primeiro idiota que apareceu na frente dela. — Léo terminou, e riu. — Nada mal Harry, se daria bem na Sonserina.
— Olha, sem ofensa mas Gryffindor que me livre. — Eles riram. Harry olhou pela janela. — Nossa como esse por do Sol está lindo, mas amanhã a noite vai estar ainda mais bela, vai ter lua cheia.
León ficou pálido derrepente, agarrou o corrimão da escada e Harry percebeu o desespero do garoto.
— Léo, ei, o que houve? Está tudo bem? — Potter perguntou pondo a mão no seu ombro.
— Estou, eu... é, eu tenho que ir. — Disse rápido e desceu o resto das escadas como um foguete. Harry então percebeu. A cicatriz com o aspecto recém fechado, a expressão cansada apesar de alegre, as unhas muito ruidas, e por fim... foi só ele falar em lua cheia que.....
Harry correu o máximo que pode e segurou o garoto menor pelo braço,  entrando numa sala vazia.
— Você é um lobisomem. — Disse baixo porém firme depois de fechar a porta.
León fechou os olhos sentando em uma carteira e lágrimas começaram a rolar livremente de seus olhos.
Potter sentiu pena e um instinto protetor o preencher.
— Ei, shiii, tá tudo bem. — Abraçou o menor, acariciando seus cabelos. — Vai ficar tudo bem.
— Não vai não, amanhã à essa hora eu vou estar me transformando e não tem nada que eu possa fazer! Eu não sei pra onde eu vou, não sei o que fazer! — Chorou desesperado.
— Não, olha, vou te arrumar uma poção mata-cão e você vai ficar bem.
— Não adianta Harry, eu sou alérgico à raiz de asfódelo. A poção é um desastre em mim. Nunca me transformei na escola, em casa eu me prendia no porão, mas e aqui?
— Posso te ajudar, sei o que Lupin fazia, você vai ficar bem, depois pedirei ao professor Horácio para preparar uma poção sem asfódelo, eu prometo que você vai ficar bem. — Harry sorriu.
— Obrigado. — Walphyn disse com sinceridade, limpando as lágrimas. — Bom tenho que ir, vou por o plano em prática. Boa noite Harry.
— Boa noite León.
— Ah, vá fazer uma visitinha para o Draco hoje à noite, durma com ele na cama dele, preciso ver qual será a reação dele ao te ver para poder encontrar os pontos fracos, eu sei que ele vai esperar todo mundo dormir pra ir para Sala Precisa, chegue antes. A senha é olho de coelho. — O garoto baixinho sorriu.
— Okay, fique com isso para ouvir melhor. — O moreno lhe deu uma orelha extensora de Jorge.
León agradeceu e saiu em direção às masmorras.
Ele estava feliz por poder dividir seu segredo com alguém mas com medo de acabar pondo a vida de Harry em risco durante a lua cheia.
Entrou em seu salão comunal e passou pelo bando de amigos que estava por ali, seguiu para seu dormitório e encontrou Malfoy sentado na cama lendo um livro.
— Alô Dray. — León tentou não rir ao se sentar ao lado do loiro.
— Oi Léo, por que essa cara? — Draco perguntou colocando o livro de lado.
— Nada não, é só que eu ando pensando sabe, faz uns dias que eu acordo à noite e vejo sua cama vazia...
— Er... eu, eu sou sonâmbulo... — Draco riu nervoso.
— Brilhante, eu só não sabia que sonâmbulos saiam de fininho e muito menos checavam se seus amigos estão dormindo. — O moreno cruzou os braços sorrindo torto. Draco se desesperou, abriu a boca várias vezes mas não conseguia pensar numa desculpa boa o bastante.
— Olha Dray, sou um dos seus melhores amigos, crescemos como irmãos, não tente esconder nada de mim, então me diga, o que está rolando entre você e o Potter?
— Como você? Eu, aí meu Merlin, droga, eu....
— Eu te segui e vi vocês entrando na Sala Precisa. — Mentiu.
— Não é nada de mais, nós temos insônia, quando dormimos juntos ficamos bem e mais nada. — Draco falou rápido.
— Você gosta dele. — León disse.
— Espera aí, o que? Não! Nem de homens eu sei se gosto.
— Não? — León passou o dedo indicador pelos lábios do outro que ficou paralisado, se levantou e se sentou no colo do loiro que arregalou os olhos. O moreno deu uma leve reboladinha em cima do membro de Malfoy, que soltou um gemido contido. Draco olhou bem para León e por um momento visualisou Harry ali, mesmos cabelos pretos, quase os mesmos olhos verdes diferentes apenas por algumas manchas azuladas, mesmo corpinho pequeno. O menor se inclinou e precionou seus lábios nos de Draco, o loiro agarrou sua cintura e invadiu a boca do outro com sua língua, travando uma verdadeira batalha.
León sorriu e passou os beijos para o pescoço do loiro que fechou os olhos e gemeu: P-Potter.
— A-HÁ! — León pulou do colo do outro e começou a dançar pelo quarto. — Eu sabia! Eu sabia! Eu sabia! Você gosta de homens!
— Não! Eu... ah! Okay! Pode até ser, e daí? Você também. — Draco bufou.
— E daí que você está apaixonado por Harry Potter. — León começou a pular na sua cama. — Até gemeu o nome dele, me usou, estou quase ofendido, mas comprovou minhas suspeitas, tá todo apaixonadinho pelo Potter.
— O que?! Até parece Walphyn... pera um segundo...Você estava me testando!!???
Nesse momento o resto dos meninos entraram no quarto e Draco não pode fazer mais nada.