Unbreakable Vow • Drarry

Epílogo

DEZENOVE ANOS DEPOIS

O outono pareceu chegar sem aviso naquele ano. A manhã de primeiro de Setembro estava fresca e dourada como uma maçã, enquanto a pequena família cruzava a barulhenta estrada em direção à grande estação, as chaminés das locomotivas fumegavam e a respiração dos pedestres condensava no ar frio, como uma teia de aranha. Duas gaiolas estavam empilhadas sobre dois malões nos carrinhos, que eram empurrados pelos pais. Junto do casal estava o filho de criação, Teddy Lupin, arrancando olhares e suspiros de adolescentes por onde passava. Alvo e Scorpius Potter-Malfoy olhavam para todos os lados, ansiosos por seu primeiro ano em Hogwarts. Ciça piava contente em sua gaiola, animada por poder rever em breve, a plataforma nove e meia depois de tanto tempo. O furão de Scorpius, Norberto II, por outro lado dormia como uma pedra.

As pessoas olhavam curiosamente para os animais enquanto a família se dirigia para a barreira entre as plataformas nove e dez. A voz de Alvo chamou a atenção de Harry para uma discussão que seus filhos haviam começado ainda no carro:

— Eu acho que não quero ir mais. E se formos para a Corvinal ou Lufa-Lufa?

— Fala sério, olha bem pra nossa árvore genealógica. Tirando minha mãe e eu, todos são grifinórios ou sonserinos. Sem chances — Teddy comentou olhando para o irmão moreno, tentando tranquilizá-lo.

Os gêmeos se entreolharam nervosos e encararam os pais que os entregaram suas bagagens. Lado a lado, os dois garotinhos empurraram os carrinhos, ganhando impulso e, quando chegaram à barreira, Alvo fechou os olhos, esperando por uma colisão que não veio. Ao invés disso,
eles emergiram na plataforma Nove e Meia que estava coberta pelo vapor lançado pela locomotiva vermelha do Expresso de Hogwarts. Figuras indistintas se moviam através da névoa, a qual começava a os envolver.

– Onde eles estão? — Quis saber Scorpius, ansioso, observando as pessoas entre a fumaça enquanto eles cruzavam à plataforma.

Não levou cinco segundos para Harry e Draco atravessarem a passagem juntos de Lupin, tranquilizando os meninos.

O vapor era denso, tornando difícil distinguir o rosto de alguém. Separada de seus donos, as vozes pareciam anormalmente altas, Harry pensou ter ouvido Percy discursar sobre a Regulamentação de Vassouras e ficou agradecido por ter uma desculpa para não ter que parar e cumprimentá-lo...

O casal encontrou alguns antigos colegas de trabalho e se animaram em rever tantas pessoas que fizeram parte de sua parcela jovem/adulta de vida.
Depois de terminarem a escola em 1999, os jovens bruxos se dedicaram de corpo e alma a seus objetivos. Teddy morou com os Weasley’s nos seis primeiros anos por conta da rotina agitada e imprevista do jovem casal.
Harry, León e Rony se tornaram aurores no Ministério da Magia, com pouco tempo de treinamento. Malfoy terminou sua especialização em medibruxaria e trabalhou por alguns anos no Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos. Blaise conseguiu uma vaga logo em 2000 em um pequeno time de Quadribol da região, sendo escalado depois de algum tempo pelos Montrose Magpies’s, onde jogou por 12 anos antes de decidir sair para treinar iniciantes e conseguir ficar mais tempo em casa. Hermione conseguira um emprego numa posição muito boa no Departamento de Cooperação Internacional em Magia. Apesar de tanta novidade tudo estava indo muito bem. Quando Teddy completara cinco anos, Harry passou seu cargo de chefe dos aurores para o Weasley e aceitou a chefia do Departamento de Execução das Leis da Magia e Draco por sua vez, por conta de seu trabalho honroso no St. Mungus, recebera uma oferta para chefiar o Departamento de Acidentes e Catástrofes Mágicas. Aquele também fora o ano em que Harry pediu Draco em casamento e a cerimônia aconteceu sete meses depois na Mansão dos Malfoy. Com um trabalho agora menos exaustivo para ambos, o pequeno Lupin passou a morar com o casal no Largo Grimmauld, nº 12.