O Voto Perpétuo

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O lábio inferior, fino e rosado de Draco queimou aquela manhã quando o menino bocejou ao acordar, o lembrando dos cortes e hematomas que haviam ali. Harry já estava acordado, olhando o mais alto ainda do seu lado na cama; ele sabia que os hematomas deviam estar doendo.

— Amor? Tudo bem?

— Estou, só tinha me esquecido dessa belezinha aqui. — O loiro tocou o machucado com um sorriso no rosto.

— Por que será que eu tenho a impressão de que você está até gostando disso? — O Eleito levantou uma sobrancelha, tirando uma mecha do cabelo platinado do namorado de seus olhos.

— É que é bom ter você cuidando de mim — Malfoy confessou rolando o corpo na cama para se debruçar sobre o corpo do moreno, mas gemeu de dor antes de conseguir subir no corpo magro do outro, ao sentir dor nas costelas. — Merlin!

 — Ele te bateu pra valer — Harry choramingou, deitando o namorado novamente na cama, beijando sua bochecha. — Eu vou atirar um crucio naquele infeliz se o ver de novo — ameaçou.

O loiro riu baixinho com toda aquela superproteção e acariciou as mechas negras do outro.

 — Sim, sem dó. Eu não levava um soco desde a Mione no terceiro ano — Draco comentou fazendo Harry rir e se levantar.

— Vamos nos arrumar logo, seu molenga, se não vamos acabar perdendo o trem.

 — Certo, só pegue as poções que minha mãe fez para mim, por favor — pediu o loiro num gemido sôfrego.

Harry revirou os olhos um pouco pelo drama do loiro.

— Claro, bebezinho.

O grifinório foi até a mesa de carvalho que havia no quarto amplo e preparou um cálice com as poções para dor que Narcissa havia feito na noite anterior. Ele deixou a taça sobre a mesa e se virou para pegar uma colher, mas foi impedido por um Draco sem camisa, lhe prensando contra o móvel. O loiro embrenhou os dedos nos cabelos pretos incontroláveis d'O-Menino-Que-Sobreviveu e os puxou com um pouco de força, fazendo Harry olhá-lo nos olhos com receio e excitação. 

— Olha como fala comigo, cicatriz. — A voz do sonserino soou rouca e arrastada, tanto pela dor que estava sentindo, quanto por ter acabado de acordar. — Eu sou um Malfoy, mostre mais respeito. Entendeu?

O rapaz de olhos verdes engoliu em seco, sentindo seu pomo de adão subir e descer com dificuldade por conta do ângulo em que Draco havia deixado seu pescoço. O mais alto aumentou a força com a qual puxava os fios, esperando uma resposta.

— Eu… entendi. — Harry piscou suavemente, tentando não deixar transparecer a surpresa do que estava acontecendo.

— Muito bem, não se esqueça que o “bebezinho”, é pra quem você implora pra ir mais forte quando está todo submisso, Potter — Draco rosnou antes de morder a jugular bronzeada do mais baixo, o fazendo estremecer em baixo de si.

Malfoy apertou a cintura fina de Harry e depois o olhou nos olhos, o oferecendo um sorriso fofo e uma bitoca no nariz. O grifinório olhou descrente para o namorado, que apenas saiu de perto de si, escolhendo a roupa que iria usar mais tarde. Potter não se mexeu por vários segundos, estático e com o cenho franzido. Draco se abaixou para pegar um sapato e gemeu ao sentir dor nas costelas, levando a mão ao abdômen arroxeado, em seguida.

— Mas que grande porcaria. — O loiro resmungou e olhou para Harry, que ainda estava preso em seu torpor. Sua expressão fez o mais alto rir. — Amor? O que foi?

O Eleito piscou uma vez e olhou azedo para Draco, antes de explodir:

— O que foi? Mas que merda toda foi essa?!

Unbreakable Vow • DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora