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POV Emma

Acordei e durante alguns segundos não recordei de onde estava, mas ao me dar por conta um sorriso se fez em meu rosto, me virei e o vi, os lábios entreabertos e o peito descoberto, sua respiração calma, o cabelo levemente bagunçado, acordar com esta imagem me fez ter certeza de que não me arrependo de nada da noite passada.

Foi tudo tão intenso e foi tão diferente, não encontro palavras cabíveis para descrever, a forma como ele me olhava, a segurança que ele me passa, era inevitável que isso acontecesse, que nós* acontecessemos.

Me levanto lentamente para não acordá-lo, vou até o banheiro e agradeço muito para o quarto dele ter uma suíte, não estou pronta para enfrentar a família dele, até porque nem sei exatamente oque somos, tomo um banho rápido e me visto esperando ele acordar. Leva alguns minutos até o braço dele começar a me procurar pela cama:

- Estou aqui. Digo sorrindo voltando a olhar pela janela do seu quarto.

- Achei que tivesse ido embora. Ele diz se levantando e me abraçando por trás.

- Não fui. Tenso soar gentil, mas falho.

- Está tudo bem? Ele agora para à minha frente e me olha com a testa franzida.


- Sim. Assinto com a cabeça ainda olhando para fora.

- Você se arrependeu? Ele murmurra.

- Não, quer dizer... eu não sei, oque vai ser agora? Eu finalmente olho em seus olhos.

- Como assim? Ele pergunta ainda confuso.

- Eu quero saber se fui só mais uma ou sei la. Dou de ombros e ele da uma gargalhada.

- Qual a graça? Falo enraivecida.

- Você é tão inteligente, mas no amor é meio devagar. Ele me abraça pela cintura.

- Eu estou tão perdidamente apaixonado, você não vê? Ele sorri. - Eu acho que me atrapalhei com as palavras ontem e acabei esquecendo de te perguntar oque queria. Ele fala olhando nos meus olhos.

- oque era? Falo curiosamente.

- Queria perguntar se quer namorar comigo, nada de mais. Ele da de ombros e olha para a janela.

Meu coração dispara e sei que estou com o sorriso do coringa no rosto, mas eu não ligo.

- E então? Vai apenas abusar do meu corpinho ou vai me dar a honra de ser o último cara da sua vida? Ele diz pondo suas mãos em minhas bochechas.

- Eu quero. Digo e ele sorri.

- Eu acho que não ouvi, você pode repetir? Ele zomba.

- Eu quero, quero sim! Grito pulando em seu colo.

Ele me segura e nos beijamos até faltar o folêgo, sorrimos e vejo o brilho em seu olhar:

- Me prometa! Ele diz acariciando meus lábios.

- O quê? Falo massageando seus cabelos.

- Que não importa quem ou oque, sempre estaramos juntos, vamos sempre ser nós* .

- Juro de dedinho. Falo e ele me cobre de beijos que começam a descer o meu pescoço.

- Temos que ir pra faculdade e ainda preciso passar em casa. Falo tentando impedir os beijos, embora eu queira muito continuar.

- Você não vai faltar né? Ele fala choramingando.

- Não. E nem você! Dou um beijo rápido e desço do seu colo.

- Ok, ok, só deixa eu me arrumar, e te levo em casa. Ele diz levantando-se e esfregando os olhos.

Após alguns minutos ele ja está vestido, estamos indo em direção à porta quando eu paro no corredor:

- Quê foi? Ele arqueia uma sombrancelha.

- Não posso conhecer sua família assim, oque elas vão pensar? Murmurro.

- Que eu te fodi noite passada? Ele sorri.

- Cameron! Dou um soco em seu braço e ele revira os olhos.

- Ok, ok. Vou até a cozinha distrair e você me espera no carro.

Assinto com a cabeça e saio quase correndo da sua casa, dentro de alguns minutos ele vem até o carro e dirige até minha casa enquanto conta os olhares que teve de suportar da mãe e da irmã, entro em casa, coloco uma calça skinny azul escuro, um crepper preto e uma blusa branca, pego meus materiais e volto pro carro, logo chegamos à universidade e ainda falta dez minutos para o início das aulas, Cam estaciona o carro e quando estou prestes a descer ele segura no braço:


- Você ainda é minha namorada, certo? Ele diz seriamente.

- Era pra não ser mais? Zombo.

- Eu sei que você não gosta, mas as pessoas vão comentar, não quero que se sinta mal. Ele diz acariciando minha bochecha.

- Cam, ta tudo bem. Eu aguento. Sorrio e lhe deu um beijo rápido.

Descemos do carro e logo ele entrelaça a sua mão na minha, oque me faz sorrir, é ótimo saber que ele não tem vergonha de mostrar oque sente para os outros, mas quando os olhares começam a se voltar para nós, me sinto incomodada, nunca gostei de ser o centro das atenções e só consigo pensar no que estas pessoas estãp falando de mim:

- Eu estou aqui. Ele cochicha e beija minha mão.

- Eu acho que já vou indo para a sala. Falo parando nossa caminhada.

- Quer que eu te leve? Ele dis cumprimentando mais uma das duzentas pessoas que ele cumprimentou desde que chegamos.

- Não precisa. Falo e ele me da um rápido beijo, logo indo para uma roda de amigos.

Ando até o meu prédio,e pelos corredores, avisto o Sammy de fones lendo um livro que pelas marcações, tenho certeza que é meu:

- Livro legal. Digo retirando o fone de sua orelha e beijando sua bochecha.

- Olá dona Emma, dormiu bem? É suposto que sim já que não dormiu em casa. Ele diz num tom de zoação.

- Shii. Fala baixo. Digo tampando sua boca.

- Como assim não dormiu em casa? A Anne aparece com um sorrisão de orelha à orelha.

- Vocês são impossíveis. Falo passando a mão no rosto.

- Tenho aula agora, mas você vai me contar tudo depois. Sammy se despede de mim e da Anne e saí, quando me viro ela está a me encarar com um risinho no rosto.

- Você vai me contar tudinho agora. Ela me puxa para dentro da sala.

Conto à ela tudo como aconteceu, como ele me faz sentir bem e como me transmite segurança, ela suspirava com minha "história" como se estivesse lendo um romance.

A professora chegou atrasada e logo nos deu uma atividade de escrita sobre um tema livre, escrevi uma crônica de amor, sei que pareço uma boba apaixonada mas não se passava outra coisa na minha cabeça; Fiquei tão focada na escrita que só voltei a realidade quando a professora me cutucou:

- Senhorita, a aula acabou, preciso que me entregue seu trabalho. Ele me olhava impaciente.

Lhe entreguei as duas folhas que escreverá e quando levantei vi que já não havia mais ninguém na sala, apenas Anne me aguardando na porta:

- Desculpe, estava focada. Digo enquanto nos retiramos da sala.

- Tudo bem, é o amor. Ela da de ombros e nós rimos indo em direção à proxima aula.





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Espero que tenham gostado :3

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