44

1.3K 58 15
                                    


Este será um capítulo especial com a visão do Sammy! Eu escrevi e reescrevi este capítulo pois não queria que ficasse muito pesado (mas talvez tenha ficado assim mesmo) eu espero que vocês gostem dele. Boa leitura. [Leiam as notas finais, MUITO IMPORTANTE]


Sammy POV

Estou saindo da faculdade com a Emma, ela é uma garota legal, fico feliz que ela vá para o Japão, realmente estava me abalando por ter de mexer com a vida dela em consequência as ações do seu namorado, adoraria que eles nunca tivessem se conhecido, pois assim eu poderia alcançar meu objetivo sem machucá-la, mas eu não tive escolha, o destino é assim não é?

Ao olhar de relance para o lado, vejo Cindy conversando com o Cameron e um suor frio corre pela minha espinha, ela não pode estragar tudo que eu fiz até agora, NÃO PODE. Eu estou congelado e apenas consigo encará-la da forma mais bruta possível para que ela pare oque estiver tentando fazer, assim que seus olhos encontram os meus posso ver o medo neles, não demora muito para que ela saia correndo e deixando Cameron com uma cara confusa, assim imagino eu que ela não tenha tido tempo de falar nada.

Chego no meu apartamento, ele não é o maior do mundo mas como eu moro sozinho e nunca trago ninguém aqui, está ótimo e foi oque meu salário porcaria conseguia pagar, tiro meus sapatos e me atiro no sofá discando o telefone de Cindy, ele chama e nada, tento ligar mais algumas vezes e ela não me atende até que ligo e cai diretamente na caixa postal, ela desligou.

Bufo de raiva e fico apenas encarando o teto branco com falhas e pensando em tudo que fiz para chegar aqui. Eu e Cameron sempre estudamos juntos, bem na mesma escola mas não na mesma turma, eu o invejava, sempre popular, rodeado de amigos, enquanto eu tímido não falava com quase ninguém, não por falta de tentativas das outras crianças, eu simplesmente não conseguia confiar em ninguém desde que minha mãe deixou eu e meu pai. Com o passar dos anos, minha inveja passou a ser admiração, eu queria ser como ele, pra mim ele era um modelo, eu sempre observando... de longe.

Quando tínhamos cerca de 12 anos havia um curso de teatro que estava com vagas para os alunos da nossa escola, Cameron foi o único que se inscreveu para ganhar pontos extracurriculares, pensei que seria uma boa idéia para nos tornarmos amigos, pensei errado.

Nossas aulas eram com alunos de outras escolas e logo no primeiro dia, ele já havia conquistado todas as meninas e os professores, enquanto eu que só tinha que ter decorado uma fala, consegui gaguejar. O curso seguiu até o final do ano letivo, Cameron e eu não trocávamos mais do que um ''e ai?'' mas eu queria mais, eu precisava ter ele como meu amigo.

Uma criança não consegue pensar em formas muito inteligentes de se aproximar então todas as minhas tentativas eram falhas, ele sempre foi simpático oque me deixava com mais raiva de mim mesmo, eu simplesmente travava, não conseguia engatar em um assunto concreto e isso se seguiu durante o curso inteiro.

Com o tempo acabei me apaixonando pela arte, mas sabia que meu pai nunca aceitaria, assim fazia meus cursos escondido, até algumas peças sem fama assistidas por umas trinta pessoas, sendo dessas trinta a maioria eram parentes do elenco.

Quando eu fiz dezesseis anos, comecei a perceber que meus sentimentos por Cameron estavam mudando, pensava nele mais que o normal e fez que outra me tocava pensando dele, adolescentes tem pensamentos confusos, mas mesmo já tendo beijado algumas garotas, só de pensar nele, eu sorria feito um idiota, eu estava apaixonado, estava apaixonado por Cameron Dallas.

Mais um ano se passou e minhas tentativas falhas de conversar com ele, estávamos no último ano do colegial, eu temia que fosse minha ultima chance de se declarar para ele,  então preparei várias coisas coisas em uma cesta repleta de corações rosas e vermelhos, chocolates, flores e uma carta, uma carta dizendo tudo oque eu sentia, eu temia como seria sua reação, então apenas assinei com um ''S'' observei de longe quando ele pegou a cesta em seu armário, ele sorriu de orelha a orelha e começou a ler a carta,mas conforme ele lia seu sorriso foi se desfazendo até que apenas uma expressão fria ficasse em seu rosto, ele guardou tudo novamente e levou apenas á carta consigo.

We (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora