(26) Apenas Luca

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Entramos na casa de Luca, e ele logo pôs as sacolas sobre o sofá.

— Está com fome? — Perguntou.

Assenti, então comecei a observar o interior do lugar.

— Esta casa é sua?

— Não, aluguei de uma senhora... Acho que é Rosana o nome dela.

— Rosana Cortez?

— Acho que sim...

— É a avó de Lúcia.

— Hum... — Luca me olhou. — Quer comer o quê?

— Acho que um cheeseburger com bastante bacon, hum... uma porção de batatas fritas e... sorvete de chocolate como sobremesa.

Ele arregalou levemente os olhos.

— Sério?

Assenti.

— Estou brincando!

Na verdade, eu não estava totalmente. Rimos um pouco.

— Tudo bem... Vou fazer alguma coisa. Ligue a TV, se quiser.

— Na verdade... eu não curto muito assistir televisão. Livros são mais a minha praia.

— Então, quer me ajudar a preparar algo?

— Pode ser.

Eu o segui até a cozinha. Luca abriu a geladeira, olhou seu interior e apanhou um tomate bem vermelho, um vidro de maionese e um pote com queijo e presunto, em seguida, abriu o armário e pegou um saco de pães de forma. Retornou à geladeira e, abrindo o freezer, pegou dois pacotes que continham hambúrgueres. Que ótimo.

— Tem uma frigideira? — Perguntei a ele.

— No armário, embaixo da pia... eu acho.

Encontrei uma frigideira larga no armário e coloquei um pouco de óleo, que estava sobre o balcão, juntamente com alguns temperos. Abri os pacotes dos hambúrgueres e Luca os colocou dentro de uma vasilha para descongelar no micro-ondas. Lavei o tomate e peguei um prato e uma faca para cortá-lo. Nessa hora, Luca veio por trás de mim e segurou minhas mãos. Sua respiração estava em meu pescoço, já que eu colocara o cabelo todo enrolado para trás.

— O que foi? — Indaguei.

— Corte assim... — Sugeriu-me enquanto segurava minha mão levemente erguida. — É mais fácil e rápido.

Ah, qual é? Por que não diz logo que quer ficar atrás de mim?

Acabei sorrindo com esse pensamento, no entanto, ele tinha razão, era bem mais fácil. Ele continuava com os lábios próximos ao meu pescoço, sua respiração causava-me leves arrepios.

— Bem mais... fácil.

— Ai! — Ele exclamou.

Olhei para baixo e vi seu dedo indicador com sangue, arregalei os olhos e virei-me para ele, arrependida por não estar prestando atenção no que fazia.

— Desculpa...

— Tudo bem... — Sussurrou, olhando seu dedo. — Isso logo desaparece.

Então, ele foi até a pia e lavou o corte e a faca. Voltou e pegou a frigideira, colocando-a no fogão.

— Por que não tira essas roupas? — Perguntei, observando sua camiseta colada ao seu corpo.

Ele me olhou, tinha um sorriso malicioso nos lábios. Tive certeza de que corei na mesma hora.

Feche os olhos, Anjo (livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora