-Não foi revisado, então se houver algum erro, desculpe-
Carrie.
No caminho até o interior de São Paulo, Atibaia, James nos conta como aquele grupo era. Eles não eram nenhum tipo de Fera, na verdade, e, sim, bruxas -mas específicamente, vodu. Era magia totalmente diferente da minha, e, por conta disso, nos deixaria com mais vantagem.
Admito que estou um pouco nervosa, e talvez assustada. As coisas que ouvimos sobre vodu nunca são boas.
James disse que a lider deles, Morgana, nunca recebia pessoas como nós - que fazem parte da Hipotenusa. Eles são bem mais fechados do que James e seu clã de Feras com roupas Armani, Chanel ou Valentino.
James nos mostrou uma cicatriz em seu braço e contou que foi da última vez em que tentou parecer melhor que Morgana. Bem, ele não disse exatamente essas palavras.
Kyle estava dirigindo, enquanto Claire, Ethan e James iam conversando sobre o grupo de Morgana. Eu estava no banco no passageiros. Estava com as pernas recolhidas e iam fazendo alguns pequenos feitiços com os quatro elementos.
Primeiro, fiz com que uma linda rosa laranja como o pôr-do-sol aparecesse na palma de minha mão, com isso, para passar o tempo eu tirava cada pétala, brincando de bem-me-quer-mal-me-quer. Mas depois que as pétalas acabaram, eu brinquei enquanto fazia um minúsculo tornado com os dedos, mas logo enjoei deles.
Eu não troquei uma palavra com Kyle o caminho todo. Pouco tempo depois, chegamos. Desço do carro ao mesmo tempo que Kyle. O mesmo fica em minha frente quando duas pessoas magricelas aparecem. A pele azeitonada da pessoas era bem forte em contraste com suas faces magras. Não diriam que os mesmos passavam fome, já que pareciam ter uma ótima disponibilidade.
-O que fazem aqui? - pergunta a mais alta das mulheres.
-Viemos conversar com Morgana - James respondo, pondo-se ao lado de Kyle.
- James - a mulher quase gargalha. - Quanto tempo.
Vejo James rolar os olhos. Dou um passo a frente.
- Sou Carrie Lookway. Preciso falar com Morgana.
Sinto algo como uma mão invisível me puxar para perto da mulher, e então sou suspensa no ar pelo pescoço.
- Carrie - escuto a voz de Kyle.
Gemo de dor.
- Não se diriga a mim, querida. Eu nem ao menos sei quem você é. - e então ela segura em meu pulso.
Como um soco ela se joga para trás, ao mesmo tempo eu que eu caio no chão. Kyle corre até, enquanto coloca sua mão enorme em meu rosto, verificando se eu estou bem.
- Ela é uma Stroock. - sussurra.
Mas antes que pudessemos fazer qualquer outra coisa quatro homens gigantescos partem para cima de nós. Me levanto o mais rápido que posso e vejo Kyle acertando socos seguindo no mais moreno. James levantava do chão enquanto chutava o maid alto, fazendo-o cair no chão. Ethan lutava com o mais claro, enquanto Claire tentava se defender com uma adaga -que eu reconheci ser de sua mãe, Isobel. Corro para ajuda-lá, aproveitando-me que o homem pisava em um pedaço de grama. Me concentro e faço as raizes enrolarem em sua perna. O homem cai e eu o prendo com mais raizes. Corro para ajudar Ethan e James que estavam no chão. Estendo minhas mãos, fazendo com que os homens voem para o mato. E então vejo Kyle, lutando contra o mais forte. Vejo o homem acertar um golpe em Kyle usando um pedaço de madeira.
Uma raiva tão intensa cai sobre mim e, quando percebo, estou segurando a adaga de Claire enquanto atiro o homem no chão, cortando seu rosto e enfiando a faca em sua barriga. Sinto meu braço arder e vejo que eu me cortei também. Me levanto e outro dos homens, o que atacava Claire, está vindo para cima de mim e então, um grito:
-PAREM!
Olho para tras e me deparo com um linda mulher, alta, pálida e de cabelo negros, lisos e longos.
Assim, todos param, até eu. Até Kyle e James.
O olhar dela é penetrante.
- Morgana, quanto tempo.- diz James.
Um sorriso malicioso é formado em seus lábios carnudos e vermelhos.
-Olá, James. - vejo o olhar dela ir até a cicatriz de James, mas logo desvia para mim. - Carietta Stroock. A escolhida. Entrem, crianças. Temos muito o que falar.Tomo o café que me ofereceram e vejo o curativo em meu braço. A filha de Morgana, que deve ter uns 6 anos, se senta ao meu lado e me mostra seu cordão. Ela me diz que sua mãe que lhe deu, pois, assim, sempre saberia onde e como a menina estaria.
Achei incrível e muito bonito. Eu deveria ter dado um colar desse para cada pessoa que eu conhecesse, penso.
- Então, vocês querem minha ajuda para acabar com Nicoletta. - conclui Morgana.
Olho ao redor da sala escura. Há várias coisas penduradas, tanto no teto quanto na parede. Vários frascos e cordões. Volto o olhar para as pessoas ao meu redor e vejo Morgana me encarando.
- Colar bonito, Carietta. O anel de Nicoletta. Deve ter sido difícil pega-lo.
Concordo, balançando a cabeça.
-Foi, sim.
Morgana se levanta. Ela caminha até sua estante feita de madeira. Ela pega vários frascos com liquidos de todas as cores.
-Eu posso ajudar vocês, mas, antes, precisaram me mostrar algo.
- E o que seria?
Morgana me olha, como se eu fosse algo muito engraçado.
-Me mostraram suas mentes. Precisam me provar que não me trairão.
Todos nós nos entreolhamos e eu sou a primeira palavra, em, quase, desespero:
- Eu aceito. Eu aceito fazer isso. Vou fazer qualquer coisa para acabar com isso.
Kyle me encara, e vejo seus olhos castanhos ficando escuros.
-Está chegando a hora de lutar contra Nicoletta.