Acompanhante para o baile parte ll.

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Heather havia saído então eu e Kyle estávamos sozinhos. Ele me levou até a sala de armas, disse que precisava pesquisar o veneno que havia sido tão forte para derrubar Heather. Enquanto ele mexia nos livros eu andava pela sala, sem saber muito bem o que fazer.

 – Kyle – chamo-o.

Ele logo respondeu:

 – Oi?

 – Como vamos desfazer a maldição? – pergunto a ele. –Quer dizer, eu sei que vou ter de fazer um feitiço, mas qual feitiço? E as outras Feras?

 Ele ajeita o cabelo e então começa a me explicar.

 – Carrie, a maldição não será quebrada apenas com o feitiço. Nós temos que achar o anel de Nicoletta Stroock também. E então quando o tivermos, destruiremos ele e faremos o feitiço.  

 – Mas por que eu? Por que, em todos esses séculos, vocês nunca procuraram qualquer outra bruxa?

 – Apenas um Stroock pode derrotar outra Stroock – diz simplemente. – A família Stroock é a família de bruxos mais poderosa do mundo, Carrie.

Prendo a respiração, sentindo uma enorme pressão nos meus ombros. Uma enorme responsabilidade que eu nem sabia que tinha até algumas semanas atrás.

 – Por que precisamos do anel de Nicoletta?

 – Quando uma bruxa morre, Carrie, todo seu feitiço vai para a terra e toda a maldição que lançou, morre junto com ela. Nicoletta foi mais esperta e prendeu o feitiço junto ao anel, deixando os dois ligados. Assim a maldição nunca acaba, a não ser que o anel seja destruído.

 – E onde o anel está? – pergunto, torcendo para que ele saiba.

Seria bem difícil pegar o anel se não soubéssemos onde está.

 – Em algum lugar de Bruges, na Bélgica.

Era onde meu pai morava.

 – Você nasceu em Bruges? –pergunto.

 – Sim – respondeu. – Eu e todos os Deveraux.

 Balanço a cabeça.

 – Kyle –chamo-o novamente, depois de um tempo em silêncio. - Você disse que teria de arrumar outro lugar, junto com Heather, para vocês dois ficarem.

- Sim. Ficar aqui será perigoso. Agora que este veio, outros viram.

Eu deveria perguntar que outros, mas meu foco não era esse.

- Vocês poderiam ir para Nova York - opinei.

- Por que Nova York? - ele pergunta.

Pisquei e relaxei os ombros. Agora era a hora.

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