Vida nova, perigos novos.

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                                                                  Parte Dois.        

"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo. Quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação."

                                                                                           -Clarice Lispector.                                       

                                                                  Capítulo Dez.

                                                         Vida nova, novos perigos.

                                                                        Ethan.

Fecho os livros de Antropologia e os jogo para fora da cama, me deitando logo em seguida. As provas finais estavam chegando e para eu conseguir ir para o o terceiro ano com todas as notas "A", devertia estudar um pouco mais.

 Olho para o meu grimório no chão, junto com os livros da faculdade. Fazia um bom tempo que eu não praticava. Levanto da cama e pego o grimório, passando algumas paginas. O fecho, sem ter o que fazer e, instantaneamente, lembro-me de Carrie.

 Carrie é uma Stroock, uma família de bruxos muito poderosas, e ela é também a bruxa mais poderosa. Ela ficou sabendo de tudo - seus poderes, sua importância, as Feras, absolutamente tudo - a pouco tempo, mas tem lidado bem com tudo.

'Tá bom, talvez ela não saiba de tudo. Pelo menos, ela não sabe de mim. Mas isso não vai continuar assim por muito tempo. Logo, logo ela irá precisar de ajuda e, então, eu, meu pai, Jorge, e minha mãe, Grace, vamos ajudar.

 Mas até agora, nós vamos apenas esperar, do jeito que Doreen nos pediu.

                                                                             ***

                                                                         Carrie.

 Eu e Claire haviamos acordado cedo e,  por conta disso, já estávamos bem próximas de Nova York. Já estávamos na divisa de Ohio e Pensilvânia, eu no meu Volvo V40 e Claire em seu Ecosport. No rádio tocava Take It Easy, da Jetta. E me ajudava a dirigir sem ficar intédiada ou muito ansiosa com a minha mudança para Nova York.   

 Me lembrei da primeira e última vez que eu havia ido para Nova York, quando meus pais ainda eram casados. Eu achava tudo mágico e impressionante. Melhor que a Disney. E, desde então, meu sonho era morar naquele lugar mágico, cheio de luzes e de pessoas.

Olho pela camera que tem na traseira do meu carro o carro de Claire. Ela estáva pouco atrás de mim.

 A música acaba e logo Feels Like Coming Home, também da Jetta, começa. E, com músicas e mais músicas, eu e Claire vamos nos apróximando de Manhattan, Nova York.

 Quando chegamos no prédio onde fica o apartamento que agora é meu, o céu já começa a escurecer, mas não está tão escuro. O dia tinha um brilhante Sol no céu.

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