Capítulo 38 - Parte da família

6.8K 511 61
                                    

A campainha tocou ali pelo meio da tarde. Era Melissa.

— Oi!—Luana estava sorridente.

— Tô curiosa! Embora já desconfie...—Melissa sorriu de lado.

Rolou... Comigo e com o Gustavo! — Luana sorriu ainda mais. A felicidade descrevia a menina.

—Ai amiga! Sabia!—Melissa a abraçou.—Que bom, que bom e como foi?

—Ah, o Gustavo foi um fofo e tal... Tô apaixonada.—As duas riram.—Mas amiga, você acha que eu fui precipitada ou alguma coisa?

—Claro que não! Amiga, você tinha que se sentir confiante e pronta. Se você se sentiu bem, era porque tinha que rolar! Sai dessa.—Melissa apoiava.

—Eu fiquei bem feliz. Eu to bem feliz.

—Vamos comemorar a sua felicidade com uma panela de brigadeiro. Agora!

As duas iriam devorar a panela de brigadeiro enquanto conversavam alguma coisa. Naquele momento era só felicidade. Tudo parecia dar certo.

—Mas amiga... E você? Como tá em relação ao Rafael?—Luana se preocupava com a amiga.

—Ah, isso ai já é passado! Tomei horror do Rafael. Eu não tô procurando ninguém sabe... Quero concentrar em estudar, a prova da faculdade é daqui alguns dias e eu preciso passar.—Melissa se mostrava mais madura.

—Tem razão. Também tenho que focar nessa prova!—Luana admitia.

As duas prestariam vestibular para as mesmas universidades. Luana prestaria para Bioquimica e Melissa prestaria para Nutrição. Gustavo iria prestar para Engenharia da computação. Rafael iria fazer publicidade. Ambos na mesma faculdade.

Luana não tinha mais contato com Arthur, nem se quer, tinha visto o garoto. Dava graças a Deus por isso. Queria aproveitar o namoro mais do que nunca.

*

Gustavo estava nervoso, iria na casa de Luana, falar com os pais da menina. Ela não fazia questão mas foi o próprio Gustavo que insistiu pra isso.

O garoto arrumava a blusa polo sem parar. Era ansiedade misturada com nervosismo.

Luana estava com um vestido normal, preto. Nada de demais. Foi abrir a porta para o namorado.

—Oi.—Luana sorriu.—Você tá ótimo.

—Você também.—Gustavo devolveu o sorriso e beijou Luana.

Quando entrou no apartamento, um silêncio se estabeleceu. O pai de Luana, Marcos e a mãe, Luiza, estavam na cozinha, cochichando algo.

—Não vão dizer nada?! Pai e mãe, esse aqui é o Gustavo.—Luana apontou.

—Oi, Gustavo! Eu lembro de você, eu sempre tinha que ir na escola por sua causa!—A mãe de Luana era bem humorada. Sorriu largo ao cumprimentar o genro.

—Oi rapaz. Não me recordo de você, mas mesmo assim, seja bem vindo.—O pai da menina apertou a mão de Gustavo, ele tentava ser simpático com o namorado da filha. Luana fizera esse pedido.

—Oi. É um prazer estar aqui.—Gustavo tentava ser formal. Por dentro, Luana queria rir mas permaneceu séria.

Todos se sentaram na mesa para comer o jantar preparado por Luiza, a mãe de Luana cozinhava como ninguém. Luana temia que os pais fizessem perguntas idiotas ou constrangedoras a Gustavo. Comeu depressa para que aquilo tudo acabasse de vez.

Então...—O pai de Luana iria começar a falar.—Você pediu minha filha em namoro, certo?

—Certo.—Gustavo tentou sorrir mas o máximo que conseguir foi um sorriso de canto.

—Pois bem. Sei que os dois não se davam muito bem antes mas agora estão até namorando. Quero saber por que quis namorar uma pessoa que tanto odiou!—Marcos era engraçado também, por mais que não fosse sua intenção.

—Meu bem, por favor! Os dois se gostam, oras!—Luiza interrompia o marido.

—Deixe o garoto falar.

—Bem, eu comecei a gostar da sua filha muito além do que eu imaginava... É amor sabe. Minhas intenções com ela são as melhores, eu juro.—Gustavo estava apreensivo.

—Por favor pai! Isso não é um casamento, a gente só tá namorando!—Luana riu alto enquanto falava.

—Se você diz gostar muito dela, eu acredito. Seja bem vindo a família.—Marcos terminou de falar e sorriu. O sorriso parecia o de Luana, o mais sincero de todos.

Gustavo apertou a mão do sogro e relaxou por ter dado tudo certo. Era engraçado ver aquela cena. Era sempre assim, na hora de apresentar pra família dava um frio na barriga mas depois tudo ficava bem. Luana ria com aquilo tudo.

Depois de conversarem à mesa, decidiram comer a sobremesa. Por fim, Gustavo foi embora, deixando tudo normal.

—Tchau. Até amanhã, na prova.—Luana depositou um beijo no namorado.

—Até.

No dia seguinte era a prova da faculdade. Tentar entrar em um curso, seguir a vida.

*

No caminho de volta pra casa, Gustavo viu Rafael na rua. O ex-amigo estava com alguns outros rapazes da mesma idade. Todos fumavam ali. Gustavo olhou para o amigo mas Rafael não o viu.

Era triste ver o amigo naquela situação. Ele não estava com a aparência decadente mas não demoraria para isso acontecer.

No outro lado da rua, Rafael gargalhava enquanto fumava um baseado.

—Aí cara, não é aquele seu amigo playboyzinho do outro lado da rua?—Um dos garotos falou com Rafael.

—É.—O garoto disse observando Gustavo andar.—Ele mudou. Não é mais o mesmo.

—Você também mudou.—Um outro rapaz comentou.

Rafael lembrou de quando o amigo disse o quanto ele havia mudado. Olhou para si e viu a mudança. Há algum tempo atrás, ele estaria com Gustavo, andando por aí de skate ou conversando sobre garotas.

Rafael desistiu de prestar vestibular. Não sabia se iria fazer ou não a prova. Ultimamente, ele não fazia nada além de fumar e beber. Transava com várias garotas em uma semana. Estava irreconhecível.

Gustavo se afastou dali, voltando pra casa. Rafael voltou a se concentrar no que fumava.

***

Quero saber o que estão achando! A opinião de vocês é a mais importante!

#RetaFinal ❤

Obrigada pelos 3,67K de visualizações!!!!

Eu ja falei isso 15895459845648 milhoes de vezes mas eu fico toda boba quando me vejo agradecendo pelos 3,67K de views da historia e hoje ta aí... To editando porque tantas pessoas leram que sinto vontade de melhorar tudo... é incrivel.

E ah, eu escolhi esses cursos de vestibular pra eles meio que "na hora", eu não pensei mil vezes antes de escolher algo sabe... Tipo, nem tudo é milimetricamente planejado, por isso a historia não é perfeita. Estou falando isso pra voces verem que eu NÃO sou uma escritora profissional, eu escrevo porque gosto, mas não sei nada sobre isso... Então existem coisas que são improvisadas e até podem parecer aleatórias. Eu sou amadora e me sinto feliz por isso. 

um bjo

Quase amigosOnde histórias criam vida. Descubra agora