Ele olhava diretamente em meus olhos e então...
-Alice! Acorda, vagaba!- ouço Stefeny me chamar e então salto da cama assustada e ofegante. Foi só a porra de um sonho, penso aliviada.
-O que foi?-pergunto, tentando disfarçar o medo que havia ficado daquele sonho.
-Você estava gritando, então fiquei preocupada e decidi te acordar.- ela disse com uma expressão de preocupação.
-Foi só um pesadelo.-falo sorrindo.
-Okay, então.-ela fala e se levanta.
Pego meu celular e vejo que já são 6:40. Droga, penso comigo mesma. Olho para Stefeny que ainda me olhava.
-Tenho que ir.-falo.- Falei para minha mãe que chegaria lá antes das sete.
-Eu e o Carlos vamos...
-Não precisa.-digo, interrompendo ela.
-Mas não é bom que vás sozinha. Já está de noite e pode ser perigoso.-ela fala, séria.
-Ok, então.- falo vencida.
Ela chama Carlos e nós vamos. Quando chegamos em casa, os chamo para entrar e eles aceitam.
-Estranho...- falo.
-O quê?- Stefeny pergunta.
-A porta estava aberta.-falo. - Mamãe sempre deixa fechada.
-Ela deve ter esquecido.-fala Carlos.
-Pois é.-fala Stefeny.
Ficamos conversando por cerca de meia hora quando de repente, ouvimos o rangido do portão.
-Que porra foi essa?- falou Stefeny, tentando disfarçar o nervosismo.
-Deve ter sido o vento.-falo.
-Não. Foi o portão. Tem alguém aqui!- Stefeny fala com medo.
-Vamos ficar quietos aqui e ligar para a polícia. A casa está toda trancada, então não há perigo.- falou Carlos, por mais que ele estivesse com medo no fundo, ele não demonstraria para não nos assustar. Eu admirava muito isso nele, e esperava que o que ele falou fosse verdade, que estávamos seguros. Mas não estávamos e sabíamos disso.
-Vou ligar para a polícia!-falei.
-Eu não faria isso se fosse você!-a voz me era familiar e parecia próxima. Era grossa e rouca. É ele,pensei apavorada. O garoto do meu pesadelo. Stefeny gritou e então saiu correndo.
-Não, Stefeny! Volte aqui!- gritei e sai correndo atrás dela. Após ela sair da cozinha, caiu. Ou pelo menos foi o que pensei.
-Stefeny?-perguntei me aproximando.
O que vi foi algo horrível. Stefeny estava com a garganta cortada e se debatia sobre a poça de seu próprio sangue que começava a se formar abaixo dela. Carlos correu em direção a irmã e a pegou nos braços. Ele sussurava algo para ela. Mas ela já havia morrido.
-Não, não, não....-ele sussurava para a irmã que jazia morta em seus braços.-Vamos, acorda...- ele falou retirando uma mecha dos cabelos negros da irmã que estava sobre seu rosto. A cena era deprimente e desoladora. Mas, por um alguns segundos, me senti bem ao ver todo aquele sangue. Eu não havia me movido. Não conseguia. E então de repente uma voz surgiu em minha mente. Mate-o. O que está esperando? Eu sei que é isso que você quer!
-Cala a porra da boca!-gritei e me joguei no chão aos prantos.
Carlos continuava a sussurrar algo para a irmã. Quando de repente levantou e pegou uma faca, que até então eu não tinha notado. Ela estava banhada do sangue da Stefeny.
-APAREÇA SEU DESGRAÇADO!-ele gritou. Mas ninguém o ouviria já que não havia nenhuma casa próxima a minha.- VAMOS LÁ, SEU MERDA! ESTÁ COM MEDO?! EU VOU MATAR VOCÊ, SEU VERME IMUNDO!-é então ele caiu no chão e começou a chorar novamente. Eu também estava chorando, minha visão já estava turva pelo tanto que eu havia chorado. Me arrastei até o corpo de minha amiga e observei que ela ainda estava com os olhos mortos abertos. Fechei-os e a abracei, soluçando.
Burra! Devia ser você e não ela! Este pensamento me fez chorar ainda mais. Mas algo no canto da parede me chama a atenção. Ele estava lá! Carlos, que me olhava, percebe que eu observava algo e olha na mesma direção. Ao ver o assassino de sua irmã, ele se inflama de ódio e desejo de vingança e corre me direção ao assassino. Carlos era mais alto e mais musculoso que o garoto. Então, presumi que Carlos o mataria ali mesmo. Carlos avançou no assassino que se desviou com uma agilidade inumana.
-É só isso que sabes fazer? Hahaha.- debochou o garoto
-EU VOU TE MATAR, DEMÔNIO!-gritou Carlos, que tentou desferir um soco na cara do garoto de moletom branco. Ele segurou o braço de Carlos e deu-lhe um chute no abdômen.
-Vejo que a noite vai ser divertida.- fala o garoto com um sorriso psicótico e debochado.
Ele empurrou Carlos que caiu no chão, mas logo levantou e tentou acertar o garoto novamente. Ele desviou mais uma vez. Pegou uma faca no bolso de seu moletom e começou a gira-la no ar.-Vamos lá, babaca. Não quer vingar sua irmã?- o garoto disse.
Neste momento, Carlos levantou-se e se jogou em cima do garoto. Dando-lhe vários socos.o garoto apenas ria e em seguida empurrou Carlos. Deu-lhe alguns socos e chutes.-Vejamos o que posso fazer com você...-ele disse me olhando
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Amor Psicopata [Jeff The Killer]
Fanfiction"Eu sabia que não era certo me apaixonar por ele. Mas nem sempre fazemos a escolha correta."