Capítulo 4

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Quando estava prestes a descer os últimos degraus da escada, um deles quebrou e acabei caindo. Jeff começa a rir descontroladamente.

-Vai se ferrar, seu idiota!

- Agora, rola e dá a patinha- ele falou e voltou a rir.

-Pelo que eu sei, o cachorrinho do Slender é você.- falei me levantando e massageando a minha bunda.

Após eu dizer aquilo, Jeff parou de rir e começou a se aproximar de mim com uma expressão séria. Alice começa a andar para trás, até que esbarra em uma árvore e é imprensada contra a mesma por Jeff.

-É melhor você ficar calada. Ou vou ignorar o que Masky me disse, e te matar agora.

-Não é a primeira vez que você diz isso. -falo, de forma seca.

-Ele disse para não fazer nada contigo. Mas, não falou nada sobre seus amigos e família. Cuidado, pirralha. Não estou brincando. -após dizer isso, ele saiu andando, deixando-a sozinha.

   
                  P.V.O Jeff

  Quem aquela pirralha acha que é para falar assim comigo?-penso.
Eu iria mata-la, com certeza. Ela podia ser bonita. Mas isso não a salvaria. E além do mais, o que o Slender iria querer com ela?! Olhei para cima e percebi que já estava prestes a amanhecer. Mais cinco minutos de caminhada e estaria na cidade. Então, decidiu mudar de rumo e adentrou novamente na floresta.
Parou de andar quando ouviu o passos. Alguém o seguia. Pós as mãos nos bolsos do moletom, onde havia uma faca em um deles, e a segurou. Continuou a andar lentamente. Após alguns minutos andando, virou-se, vendo quem o seguia.

-Ora, ora. Se não é a minha querida Jane. -após falar isso, deu uma risada sem humor.

-Você deveria estar morto!-rosnou Jane. -Você...

-Matei sua família, te queimei viva e etc... Vai começar esta ladainha novamente?! Me poupe, tenho coisas, mais interessantes para fazer.

Jane tenta avançar em Jeff, que a joga contra uma árvore. Ele se abaixa ao lado de Jane e põe as mãos em seu pescoço, apertando aos poucos.

-Ambos sabemos que você jamais me vencerá ou que conseguirá sua patética vingança. -ele se levanta e volta a caminhar calmamente.

-Eu terei minha vingança. Você não perde por esperar, Jeffrey.

                  P.V.O Alice
 
   Após longos e exaustivos minutos caminhando naquela floresta repleta de mosquitos e outros seres asquerosos, finalmente cheguei a cidade. Estava exausta e suja do sangue coagulado de minha falecida amiga. Para minha "sorte", a blusa cinza estava manchada sangue. Minhas mãos e rosto estavam sujos. Entrei em um barzinho qualquer e fui me limpar no banheiro. Olhei para o lugar imundo e que fedia a vômito e urina. Dei de ombros e tirei minha roupa. Tomei uma ducha rápida apenas para retirar o sangue. Me troquei novamente e saí do local, ignorando as cantadas e assobios que recebi de alguns marmanjos bêbados.
Fui para o ponto de ônibus mais próximo e peguei o primeiro ônibus que passou. Que por sorte, passava na rua da minha casa. Sentei-me no fundo e percebi que algumas pessoas me olhavam.

-O que vocês estão olhando? Vão cuidar da vida de vocês! -gritei. Babacas,  pensei.

Após cerca de quarenta minutos desci do ônibus. Haviam várias viaturas da polícia e curiosos na rua. Vi alguns homens carregando três corpos e gelei. Como assim três corpos?! Havia apenas o da Stefeny! Meu rosto se encheu de lágrimas e comecei a pensar se haviam sido Carlos e sua mãe. Mas vi Maria dentro de uma das ambulâncias. Andando a passos lentos, cheguei na frente do portão de minha casa. Haviam faixas indicando que o local estava interditado e alguns policiais na porta.

-Olha ali, não é a garota que morava nessa casa? Pobrezinha...-alguém cuja voz não reconheci cochichou. Porém, foi alto o suficiente para que eu ouvisse.

-Ainda há algum corpo na casa?

-Não. Já foram todos retirados e levados para o IML. Os corpos da mulher e da criança foram desmembrados. Haviam partes do corpo por toda a casa. Foi horrível.

-O garoto teve sorte de termos chegado a tempo. - os policias pararam de conversar quando notaram a garota que ouvia a tudo de olhos arregalados e o rosto molhado de lágrimas.

-Ei, garota. O que aconteceu com a sua roupa?-perguntou o mais gordo. -Me acompanhe até a viatura. Você vai pra delegacia!

-Mamãe... Thiago... Não, não, não...- falei sentando em posição fetal com as mãos na cabeça. Lágrimas rolavam pelo meu rosto. Senti-me abraçada e lágrimas molhavam minha blusa. Era meu pai.

-Vai ficar... tudo bem... Lice.-ele disse aos prantos. -Ah, meu Deus! Alguém te feriu?

Balançei a cabeça negativamente e voltei a abraça-lo. Estranhei o fato de ele ter me chamado de Lise, apenas minha mãe me chamava assim.

-Onde está o Carlos?

-Ele levou várias facadas e está no hospital. Os policiais chegaram a tempo de salva-lo. Mas sua mãe e seu irmão... eles... -ele começou a chorar novamente e eu o abracei.

                  P.V.O Jeff

    Após algumas horas, decidi ir até a casa de Alice. Queria ver aquela pirralha chorando e sofrendo pela morte de sua amiga. Se não podia mata-la, a faria sofrer. Ao chegar lá, viu a típica cena pós-assassinato: um bando de pessoas curiosas e fofoqueiras, alguns policiais imbecis e investigadores. "Nunca vão meu pegar, mesmo."-Pensou.
Estava procurador a garota. Seus olhos atentos logo encontraram Alice. Ouviu passos e ao se virar, já com a faca em mãos, se deparou com Masky.

-Eu falei para deixa-la em paz! -rosnou.

-Não irei fazer nada com aquela pirralha.

-Assim espero senão...

-Senão o quê, Masky? Não tenho medo de você! -coloquei a faca próxima a seu pescoço.

-Você sabe muito bem o que o Slender faria. -ele disse sem demonstrar nenhuma emoção, dando de ombros.

  -Sempre usando a mesma desculpa. Você não tem vergonha de usar a proteção do Slender como desculpa para fugir de brigas, por medo? -falei desafiadoramente.

             P.V.O Masky

Aquele imbecil havia passado dos limites. Só não o matava para não chamar a atenção das pessoas que estavam ali.

-Pare de ser infantil e vá até a mansão. Slender está te esperando. Não se atrase. -dei alguns passos e virei-me para Jeff, que me encarava. -Depois, se você não se esconder em um bar imundo ou na floresta, eu te mostro quem é o cachorrinho.



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Oi, humanos. Masky dando uns Turn Down For What, hehe. Talvez eu não possa postar diariamente, mas vou me esforçar para postar no mínimo 3 vezes por semana com capítulos com mais de 1000 palavras. Um beijo, um queijo e até o próximo capítulo.

Amor Psicopata [Jeff The Killer]Onde histórias criam vida. Descubra agora