Estava assistindo Mirai Nikki, meu anime favorito, pela milésima vez quando sou interrompida pelo toque de meu celular. Retiro o notebook do colo e me estico para pegar o celular que estava na cômoda ao lado da cama. Era minha amiga Stefeny.
-Oi, Fanny. -falei.
-Olá, você vai vir pegar seu livro hoje? Podíamos fazer algumas coisas de tarde, já que hoje é sábado.-fala Stefeny.
-Deixa eu ver com a minha mãe, rapidinho. O MÃE, POSSO IR NA CASA DA STEFENY HOJE?-grito.
-Não precisa gritar.- ela entra no meu quarto.- Eu estava no quarto de seu irmão, ao lado.
-Posso?-pergunto a ela.-Eu volto antes das sete.- falo fazendo biquinho.
-Tudo bem.-ela fala por fim e saí do meu quarto.
-Uhuuu!-grita Stefeny.
-Chego aí em meia hora.-falo e desligo.
Tomo um banho rápido, sento na frente do guarda-roupas e pego uma roupa simples. Uma calça jeans preta, uma blusa cinza folgada e meu costumeiro All Star preto. Faço um coque simples deixando algumas mechas de meu cabelo branco solto e desço as escadas.
Quando estava prestes a abrir a porta ouço alguém me perguntando algo.-Onde a senhorita pensa que vai?-falou.
-Bom dia para você também, pai. Vou na casa de uma amiga.-saio enquanto ele falava algo sobre tomar cuidado, voltar cedo e blábláblá.
Após caminhar cerca de 15 minutos, chego na casa de Stefeny. Sua mãe, Maria, que estava arrumando o jardim da frente da casa, me cumprimenta.
-Bom dia, Alice.-diz sorrindo.- A Stefeny está no quarto. Pode entrar.
-Obrigada. E bom dia, Dona Maria.-falo. Ela sorri para mim e eu caminho até a porta que estava aberta. Quando estava subindo as escada algo estranho me passou pela mente e a sensação de estar sendo observada me atingiu em cheio, sacudi a cabeça para afastar os pensamentos e bati na porta do quarto de Stefeny.
-Entra!-ela falou/gritou.
-Oi para você também, vaca.-falei e sentei na cama dela enquanto ela desligava o PC. Após fazer isso ela se jogou na cama, ao meu lado.
-Quais são as novidades?-pergunta Stefeny.
-As mesmas de sempre, ou seja, nenhuma.-falei com cara de tédio.
-Parece que o Lucas vai voltar para a cidade...-ela disse e me olhou, esperando para ver qual seria a minha reação.
-Bom para ele e para aquela puta da Victoria.-falei rindo fazendo Stefeny rir da minha risada de gazela ferida. Não acredito que terei que aturar aquele galinha de novo, pensei.
-Fico feliz em saber que você já superou ele.-Eu não superei, penso.
-Pois é... vamos assistir alguma coisa?-sugiro.
-American Horror Story?
-American Horror Historie!-grito, fazendo com que o irmão de Stefeny, Carlos, aparecesse na porta do quarto.
-Vocês estão bem?-ele pergunta. -Opa, iam assistir minha série preferida e não iriam me chamar?!- falou, com uma falsa expressão de raiva. Que fez eu e Stefeny cairmos na gargalhada.
Ele se jogou na cama, entre eu e a Stefeny e encostou a cabeça no meu colo. Por fim, assistimos 9 episódios da primeira temporada. Havíamos feito brigadeiro e comemos enquanto a gente assistia a série. Pegamos um Doritos do grande e uma Coca.
Ficamos bagunçando e zombando uns aos outros e quando vi, já eram 6:40, decidi ir para casa. Stefeny e Carlos insistiram em me acompanhar, já que a tia Maria estava trabalhando. Mas eu falei que preferia ir sozinha e depois de insistir muito, consegui convence-los.Enquanto caminhava pela praça, a sensação de estar sendo observada surgiu novamente. Olhei ao redor e tudo estava estranhamente calmo. O que me deixou mais tranquila, mas depois de um certo tempo me incomodou, já que normalmente haviam várias pessoas nesta praça nos sábados. Ignorei este pensamento e continuei andando. Quando cheguei na rua de minha casa, estranhei o fato de as luzes estarem apagadas. Mas pensei que talvez minha mãe tivesse ido na casa de alguma amiga, meu pai estava no trabalho a essa hora. Ou pelo menos deveria estar.
Quando cheguei no portão, estranhei que ele estivesse entreaberto . Abrio-o com cuidado para não fazer barulho e fui me aproximando da porta. Quando cheguei bem perto, percebi que ela estava aberta. A sensação de estar sendo observada me consumiu naquele momento, e eu sabia que não era apenas coisa de minha cabeça. Corra daí, estúpida. O que está esperando? Virei-me para fugir, mas quando olhei para o portão vi algo totalmente assustador e angustiante. Um homem de calça jeans, moletom branco, que estava sujo de sangue, segurava a cabeça degolada de meu pai e sorria. Um sorriso psicopata, que se tornava ainda mais sinistro pelo fato de sua boca ser cortada em um sorriso. Fiquei paralisada de medo, não consegui correr ou gritar por socorro.
Ao observar melhor aquele homem, percebi que, na verdade, era um garoto com aparência de uns 15 anos. Sua pele era extremamente branca e que seus olhos eram fundos e negros e ele não tinha pálpebras.O garoto começou a andar em minha direção, me fazendo sair de meu transe. Comecei a correr o mais rápido possível para o meu quarto. Virei-me para trás enquanto subia as escadas e vi que estava sendo perseguida pelo garoto que batia ferozmente em mimha porta, tentando arromba-lá. Tranquei a porta coloquei minha cama na frente na tentativa de evitar que o garoto entrasse.
Após alguns minutos, ele finalmente parou de bater na porta. Consegui ouvir o ranger da escada. Ele está indo embora. Então, me lembrei de meu pai. Lágrimas se formaram em meu rosto ao lembrar da cena. Peguei meu celular, ainda chorando, e procurei pelo número de Stefeny. Ela atendeu depois de três toques.
-Oi, Sophia! O que você tá...
-Pelo amor de Deus, vem aqui. Tem alguém aqui e...-começo a chorar novamente.
-Fique calma! Eu vou chamar a polícia e logo estarei aí. Onde você está?-ela perguntou.
-Eu estou no...-neste momento a janela de meu quarto foi bruscamente aberta e aquele garoto pulou dentro de meu quarto.
-Ela está indo dormir.-ele falou enquanto tirava de seu bolso uma faca ensanguentada.
-Sophia! O que aconteceu? Fala comigo! O que está acontecendo?- Stefeny gritou desesperadamente e eu pude ouvir Carlos entrando no quarto e perguntado o porquê daqueles gritos.
O garoto agora andava lentamente em minha direção. Eu apenas deixei o celular cair no chão e fui escorregando na parede. Se eu fosse morrer, não iria ser como uma covarde! Continuei olhando o garoto, que agora estava na minha frente. Ele olhava diretamente em meus olhos e então...
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Amor Psicopata [Jeff The Killer]
Fanfiction"Eu sabia que não era certo me apaixonar por ele. Mas nem sempre fazemos a escolha correta."