Labirinto

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(Hogwarts' March - Patrick Doyle)

O dia estava nublado e consequentemente escuro. A escola toda havia sido conduzida pelo corpo docente até o campo próximo ao Lago Negro, onde fora improvisado uma pequena arquibancada redonda que abrigava todos os alunos, professores e visitantes. A arquibancada era dividida entre o verde e o vermelho, onde os alunos de casas como Lufa-Lufa e Corvinal haviam tomado partido de uma das concorrentes. As francesas eram as mais comportadas, sentadas elegantemente e em silêncio. Os búlgaros gritavam ferozmente pelo nome de Vitor aclamando o famoso apanhador.

— Não estou gostando nada disso. — comentou Hermione, observando o que seria a prova final.

A arquibancada dava entrada para um labirinto infinito de folhagem. O lugar era enfeitiçado, mas dificilmente seria apenas um labirinto onde os competidores correriam. Aquele lugar sombrio guardava muito mais coisas, Hermione lera nos livros de história sobre estes jogos e eles não eram nada agradáveis.

— Eu nunca gostei. — alegou Rony cruzando os braços. Sua placa para Harry estava abandonada ao seu lado, estava nervoso e ansioso demais para erguê-la ou comemorar algo. — Apenas um deles sairá vitorioso.

— Contanto que saiam todos vivos. —rebateu Dinah roendo as unhas. Seu rosto estava pintado com as cores vermelho e ouro da Grifinória. — Espero que Lauren e Harry saibam o que vão fazer.

Na barraca dos competidores, logo atrás da arquibancada, restava apenas Lauren e Camila abraçadas. Lauren usava calça preta, coturnos e camisa de manga com as cores verde e prata divididas ao meio. Os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo firme e em suas mãos luvas pretas de dedos que ganhara de Camila.

— Eu queria poder ir no seu lugar. — Camila murmurou com os braços envoltos no pescoço de Lauren e o rosto enterrado no ombro da morena.

Lauren riu abraçando a cintura da pequena.

— Você não aguentaria nem a primeira prova. — brincou, recebendo um soco no ombro. — Ouch, Camila!

— Não seja uma idiota agora. — a menor advertiu, arrumando a manga da camisa da morena. — Vá até lá, faça aquela prova e volte para mim, entendeu?

— Entendido, chefe. — a morena bateu continência. — Mais alguma coisa?

Camila fingiu pensar, então sorriu.

— Sim, me beije.

— Seu desejo é uma ordem.

Lauren a puxou pela cintura colando seus lábios num beijo lento. Como poderia ser tão viciada naqueles lábios carnudos? Como poderia viver sem ela? Ela tinha desaprendido tal ato.

— Amor — Camila murmurou em meio ao beijo. — Nós podemos oficializar um namoro quando essa prova estúpida terminar?

A surpresa atingiu Lauren em cheio. Suas sobrancelhas arquearam e um sorriso pequeno nasceu em seus lábios quando encerraram o beijo com um selinho.

— Está me pedindo em namoro?

Camila corou furiosamente e olhou para baixo constrangida.

— Talvez quando você voltar.

Uma pessoa gritou pelo nome de Lauren no lado de fora de barraca e a morena sabia que era hora de ir. Suspirou por ter que separar-se de seu amor por ora e apertou o nariz de Camila em brincadeira.

— Nós conversamos depois sobre isso, tudo bem?

Camila assentiu, ganhando um beijo carinhoso na testa.

Another side of warOnde histórias criam vida. Descubra agora