O Fim

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— Essa garota é um peso morto em nossa família, uma desgraça aos que conhecem sua verdadeira origem. — meu tio Lúcio dizia na sala de estar ao homem grandão e loiro. Eu estava sentada no chão do andar de cima observando tudo pela grade da escada. — Ela é teimosa, pergunta coisas demais e com apenas 6 anos sabe conjurar alguns feitiços sem a varinha. Eu mal posso dormir em paz sem ter medo de que ela destrua a casa durante a noite.

— Sabe muito bem que ela é apenas uma criança, Lúcio. Draco parece gostar muito dela.

— Eu já o alertei sobre essa garota. Um dia Draco vai entender que eles não nasceram para serem amigos, e que o lugar dela é longe daqui!

O homem balançou a cabeça negativamente e tomou um gole do vinho em sua taça.

— Teria sido mais fácil apenas eliminá-la e a profecia se descumpriria.

— Não seja tolo! O Lorde das Trevas a quer viva e ao seu lado, é o meu trabalho fazer com que ela escolha esse lado, caso contrário estarei em grandes problemas.

— E se ela recusar?

Lúcio hesitou.

— Então o Lorde irá matar um dos irmãos.

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— Segurem a garota! — Uma voz, que poderia facilmente ser a de Snape, ecoou ao longe. Gritos agoniados podiam ser ouvidos, mas era impossível concluir de quem eram. — O que vamos fazer com ela? Há muitas pessoas aqui.

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— O que esse símbolo quer dizer?

— Oh, é o Yin-Yang. — E quando viu que eu não sabia do que se tratava, completou: — Você vai descobrir. Sabemos disso. — ele piscou com um sorrisinho. — Agora deixe-me lhe dar um conselho, se me permite. — Apertei o objeto em minhas mãos esperando pelas palavras do velho. — Não se feche para pessoas que estejam pedindo por um pouco mais de você, Lauren. No mundo em que vivemos, com tantas guerras, mortes e falta de esperança, um pouco de amor é tudo o que precisamos.

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— Por favor, deixem-me ficar ao lado dela, eu imploro! – gritou uma voz. Era a voz de Camila. — Não posso ficar sem sem ela, não posso...façam alguma coisa, por favor!

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Encontrei Harry na escada, ele esperava por sua vez como de costume. Ele parecia nervoso agora, como se temesse levar uma bronca por algo que não fez, me olhava com expectativa.

Jauregui. — ele cumprimentou, e seguiu seu caminho.

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Senti meu corpo sendo posicionado sobre uma superfície macia. O barulho de gritos e o vento do ar livre já não existiam mais. Tudo estava silencioso, calmo e quente. Tentei me mover, abrir os olhos ou falar, mas meu corpo não respondia às ações do meu cérebro.

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As varinhas se iluminaram e nossos patronos flutuaram um em volta do outro até estarem no chão. Meu queixo caiu quando me dei conta de que o patrono de Camila era uma serpente.

— Seu patrono é um leão — riu Camila. — Quão irônico isso pode ser?

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— Quanto tempo? — a voz de Snape cortou o silêncio.

Antes que uma segunda voz pudesse responder, um sonoro canto melódico preencheu a sala mantendo a todos em silêncio. Era triste, angustiante. O próximo som foi o de bater de asas, e eu tive certeza que algo sobrevoava sobre meu corpo no momento.

Another side of warOnde histórias criam vida. Descubra agora