Quando se pesquisa a respeito do termo friendzone, é isso o que se encontra:
Na cultura popular, a "friend zone" refere-se a uma situação onde uma pessoa deseja entrar em um relacionamento romântico, enquanto a outra não. Em resumo, isso acontece quando uma pessoa está apaixonada, enquanto a outra quer apenas amizade.
Caso tal definição não satisfaça, há outras, tais como:
Friendzone é um estado de amor unilateral não correspondido por uma das partes. É a situação onde uma soma de tentativas de iniciar um relacionamento sério resulta em fracasso. O amor intenso de uma das partes é necessário para haver friendzone.
Por mais triste que pareça, talvez fosse isso o que definisse a minha situação naquela época.
...
Sábado de manhã. Talvez para a maioria dos adolescentes, isso fosse sinônimo de dormir, mas naquele dia eu me preparava para uma tortura mental: estudar com meu querido melhor amigo. Não, eu não era simplesmente egoísta e não desejava ajudar. Era só que... Natsu parecia ter a habilidade especial de apagar o pouco que conseguira absorver durante uma aula de banca, após menos de cinco minutos. Eu já havia tentado.
A maioria dos colegas, após descobrirem que eu seria a responsável por tutorá-lo, me deram pêsames. Minha única opção – já que não havia como fugir – foi criar um plano de estudos intenso, para que ao menos ele conseguisse tirar acima da média em todas as matérias. Ainda que me tivesse acordado relembrando que eu era o "sacrifício" e que o dia seria bem longo, estava animada com o fato de que passaria um dia em sua casa, só nós dois.
O que me levava a outro problema: eu tinha uma minha óbvia paixão por Natsu, a qual ele parecia não perceber. Até mesmo quando eu deixava pistas bem diretas (ou até quase me confessava), ele parecia dar um jeito de achar qualquer outra explicação aceitável para o que eu dissera, ou como agira. A exemplo, havia a conversa que tivemos naquela manhã, quando ele me ligou logo após eu acordar. Enquanto imaginava a roupa com a qual sairia, meu celular tocara.
- Alô? – disse.
- Lucy! – ele exclamou do outro lado da linha.
Natsu tinha até um modo diferente de me chamar. Por algum motivo nunca explicado, ele prolongava a última sílaba do meu nome, fazendo com que este soasse como "Luci".
- Você já está saindo de casa?! – ele indagou. – Já arrumei tudo aqui.
- Natsu, são nove da manhã ainda. Combinamos de eu chegar aí às dez e meia. Por que eu estaria saindo agora?
- Também não precisava falar assim. – ele resmungou.
Ri enquanto me desculpava. Quando avisei que teria que desligar, pois iria me arrumar, ele me interrompeu:
- Obrigada, viu? Não acho, ou melhor, já percebi que não é todo mundo que aceita facilmente me ajudar. Sabe como é... durante as aulas eu só consigo pensar na hora do almoço. Mas com você com certeza vou aprender pelo menos algumas coisas.
Corei, enquanto me revirava na cama. Natsu era inocentemente fofo a todo o momento.
- Você pega o assunto rápido também... Isto é, depois de relembrar os dos anos anteriores.
Ele imitou uma gargalhada irônica, mas senti que estava rindo de verdade.
- Eu te amo, Lucy. – ele expirou fortemente.
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Somebody To You
RomanceJuvia Lockser está para começar o segundo ano do seu ensino médio. Insatisfeita com sua antiga escola em vários sentidos, ela decide se mudar para o Centro de Treinamento da Ur, em Magnólia, amplamente conhecido por formar atletas campeões nas compe...