O Caso de Juvia Lockser. - Um quase primeiro movimento

733 66 98
                                    


O ginásio de natação de Magnólia, usado para as regionais, estava lotado de expectadores. Por todo lado, se viam pessoas com bandeirinhas e placas em mãos, prontas para torcer. Era apenas a primeira fase de três, mas pela presença da Lamia Scale e a Fairy Tail, dois colégios de destaque, interessados apareciam de todos os lados, assim como alguns repórteres de revistas esportivas e colegiais.

No ano anterior, as finais haviam sido em uma cidade ao sul, porém não havia um local fixo para o evento. Nada havia sido divulgado ainda, mas era possível que o local escolhido fosse Magnólia. A estrutura do ginásio era enorme.

Logo na entrada, existia uma grande praça descoberta, com espaço para que os ônibus dos diferentes colégios estacionassem e uma rotatória para que as pessoas fossem deixadas o mais próximo possível dos portões. Vigas de aço que se cruzavam davam sustento à cobertura da piscina, feita de vidro azulado. Eram sempre incríveis os resultados dos altos investimentos que as grandes cidades faziam no esporte juvenil.

Meredy, ao meu lado no banco do ônibus, estava boquiaberta. Ela nunca tinha estados em tais eventos, afinal. Assim como eu e todos da equipe, vestia calças e agasalho oficiais da equipe, brancos com detalhes azuis e pretos e a marca do colégio no peito direito. Ela estava adorável com o cabelo dividido em duas tranças.

- Vamos descendo! – Aquarius gritou da entrada do veículo.

Ela e Gray tinham se sentado juntos, e discutiam algo a respeito da organização do evento e as probabilidades de vitória. O resto ficara apenas conversando ou – em alguns casos especiais – recitando mantras e pedindo a algum ser místico pela vitória.

Apesar da confusão e um pouco de empurra-empurra, conseguimos descer do ônibus, nos dirigindo à entrada lateral que levava aos vestiários dos competidores. Ali deixaríamos nossas mochilas e subiríamos para a área de onde assistiríamos as provas. Quando chegasse a minha hora de competir, eu desceria para me trocar.

A única divisão entre os vestiários era por sexo, o que fazia com que, naquele momento, o local estivesse muito cheio. Acabamos por encontrar Chelia lá dentro, conversando com algumas das suas colegas de equipe.

- Só vou desejar boa sorte por que não vai competir na mesma modalidade que eu. – ela me disse, apertando minha mão. – Apesar de eu ainda querer que a minha equipe vença e Lyon pare de achar que você nada tão bem.

Ri enquanto agradecia a ela.

- Boa sorte também. Apesar de que...

- Eu vou estar lá. – se meteu Meredy. – Vamos ver quem vence no nado borboleta.

As duas trocaram sorrisos desafiadores e nos afastamos para nos juntarmos ao resto da equipe.

- Ufa! – a rosada passou uma das mãos sobre a testa.

- O que foi? – Cana perguntou.

- Dar blefes é difícil. – ela mantinha os olhos arregalados. - Não sei se vou conseguir nem ficar em uma boa colocação, quanto mais vencer.

- É sempre bom pensar positivo. – coloquei um de meus braços sobre os seus ombros. – Além do mais, sendo o seu primeiro ano nadando em competições, participar já é um privilégio.

Cana me deu um empurrãozinho e correu na nossa frente.

- Mas que discurso de enterro, hein? Tá parecendo prêmio de consolação... Vamos só fazer nosso melhor.

Meredy e eu nos encaramos, e corremos atrás da morena.

...

Gray estava tenso. Enquanto as últimas preparações eram feitas e os competidores do nado peito se trocavam, eu me sentara ao seu lado. Não só por sua própria prova ele estava assim, mas pelo time como um todo. Ou, ao menos, era o que parecia. Não ousava perguntar depois de ter quase atrasado ele durante a manhã.

Somebody To YouOnde histórias criam vida. Descubra agora