O Caso de Juvia Lockser. - Visitantes indesejados.

975 77 50
                                    

 A notícia da minha entrada no time não demorou muito a se espalhar. Melhor dizendo, em alguns casos, como o de Gajeel, as pessoas souberam poucos minutos após todos sermos liberados. Segundo ele, fora proibida a entrada de pessoas que nada tivessem a ver com o clube, então ele não pudera assistir nada.

- Mas e aí, como foi? – perguntou ele. – Confiante como sempre?

Meredy caminhava ao nosso lado. Gray havia ficado para trás, conversando com a treinadora a respeito dos horários dos treinos. Ao que me parecia, eles seriam toda terça e quinta. O que significava que a partir daquele momento o único dia consideravelmente livre durante os dias de semana (por que ainda havia o trabalho) seria a sexta.

- Ela pode até ter sido no passado, mas estava toda nervosa quando foram dar os resultados. – Meredy riu debochando. – Como se fossem eliminar ela depois de ter sido a primeira com uma grande vantagem.

Corei enquanto – mesmo que eu não desejasse isso – o orgulho enchia meu peito. Sim, eu estava com vergonha pela minha preocupação sem sentido. Mas também... quem não se sente mais feliz ou capaz quando é elogiado? Na quantia certa, isso fazia muito bem a todos.

E isso me lembrava de muitas coisas. Talvez ser muito elogiada fosse de certo modo perigoso. Quando se sente ser o melhor, muitas vezes as pessoas perdem a noção, como eu já vira ocorrer com alguns atletas ou gênios de diversas áreas. Em alguns casos, a mudança ocorrera diante dos meus olhos. E graças ao que quer que seja que me deu essa sorte, Gajeel nunca se tornara mesquinho nem nada do tipo. E nem eu, ou pelo menos nunca percebera isso em meu comportamento.

Mas essa reflexão não cabia na situação ou momento. Balancei a cabeça para afastar os pensamentos.

- Ge-he, então significa que tudo correu bem.

- Acho que sim. O treino foi uma loucura, apesar de eu ter entendido o propósito da treinadora. E a Meredy também passou. – disse.

- É, mas ainda tenho muito a melhorar. Se não fosse por uns dois segundos nem no décimo lugar eu estaria. – apesar de feliz, ela perecia preocupada.

A preocupação dela era válida, considerando que eu também me sentia assim e realmente ela correra certo risco, mas a reconfortei lembrando-lhe de que ela nunca nadara competitivamente. Ela não se convenceu completamente, mas acredito ter melhorado seu humor um pouco.

- E você? – indaguei a Gajeel. – Pronto?

Ele confirmou com a cabeça.

- Sempre. Acho que vai ser por volta das três, então você vem, né?

- Claro.

"E talvez com mais alguém...", eu pensara. Levy verdadeiramente parecia interessada em ir. E eu, naturalmente, adoraria surpreender Gajeel. Mesmo que eu achasse que ele fosse ficar feliz, e não irritado ou qualquer outra coisa.

A conversa não durou muito mais. Eu teria de correr para o trabalho, que começava cinco horas. Mesmo já tendo tomado banho no vestiário feminino, faltava pouco tempo. Despedi-me deles e corri para a estação.

Chegando ao café, Mirajane imediatamente veio me perguntar a respeito do teste. Eu havia entrado pela porta dos fundos, e estava cruzando a cozinha em direção aos armários. Laxus estava atrás do balcão, preparando sabe-se lá o que. Como na maioria das vezes, ele não falara muito, mas me cumprimentara. Ele não sorria nem nada do tipo, mas achava o gesto muito gentil, pois se repetia todos os dias.

Somebody To YouOnde histórias criam vida. Descubra agora