Ligação

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Chegamos na pizzaria. Já estavam lá Duda e Pedro, Priscila, Matheus e Roberta que havia passado a noite na casa de Duda.

- Huuum, então quer dizer que temos um novo casal? - digo olhando pra Duda que cora
- Creio eu que sim - Pedro diz passando a mão pelo cabelo dela
- Por favor gente, sem melação porque hoje não to afim de vomitar - Roberta diz e a gente ri.

Fizemos o pedido. A pizza demorou meia hora pra chegar, e assim que chegou Leo recebe uma ligação e sai da mesa.

Leonardo narrando:

Eu tava com o pessoal na mesa quando recebo uma ligação de um número diferente.

- Alo? - tava um barulhão do outro lado da linha
- Alô. Leonardo Mendonça?
- Sim, é ele mesmo.
- Temos uma má notícia pra te dar. Você é filho de Edgar Garcia ?
- Sim. Aconteceu algo com meu pai? - nessa hora meu coração começou acelar
- Sinto muito informar
- O que aconteceu com meu pai? - O interrompo
- Vamos precisar que você seja forte. Seu pai sofreu um acidente de carro e não sobreviveu. - nessa hora eu não consegui falar nada, as palavras sumiram, só as lágrimas rolavam - Senhor Leonardo? Alo? -eu não conseguia falar, só corri pra dentro da pizzaria

Emily narrando

Meu irmão fica um tempo conversando e de repente entra correndo, chega na nossa mesa chorando, nunca vi ele daquele jeito, ele soluçava.

Me levantei da cadeira e o abracei

- Leo, o que houve? - eu estava aflita, mas ele só conseguia chorar, então Felipe pegou o celular da mão dele e viu a última ligação, então resolveu ligar.

Enquanto ele tentava fazer a ligação, eu tentava acalmar Leo, mas era impossível. Ele chorava desesperadamente nos meus braços. Então Felipe volta com lágrimas nos olhos.

- Felipe, o que aconteceu? - consigo sentar Leo na cadeira.
- E-emy - meu coração começa a apertar e as lágrimas começam a rolar. Todos da pizzaria estavam com a atenção voltadas pra gente, mas eu não estava nem ai. - seu pai faleceu emy. - ele finalmente fala. - aquilo foi como uma faca sendo enfiada em mim.
- Só pode ser brincadeira. Como assim meu pa.. - não consigo terminar de falar, lembro que ele tinha ido pra outra cidade, então desato a chorar.

Os funcionários ficaram preocupados com a situação e vieram ver o que tinha acontecido. Eles deram água pra nós todos, deram calmante pro Leo e pra mim.

Ficamos mais uns quinze minutos lá, e um dos funcionários nos levou pra casa. Não tinha mais nada a fazer, nem o velório, avisaram que meu pai ficou irreconhecível, o corpo havia se despeçado totalmente.

Através da Dor / Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora