Capítulo 57

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Faz uma semana e dois dias que estou aqui, mas a sensação era de um ano e dois meses. Eu já não tenho mais esperanças de sair desse lugar ... Tudo em mim morreu!

...

- Anda Adrian! Anda, pega ela e vamos sair daqui. - escuto alguém gritando e logo a porta é escancarada.

- Venha mocinha, está na hora de irmos embora. - um cara com o rosto tampado por uma máscara me desamarra e me pega no colo. Naquele momento eu senti o quão fraca estava, pois seria um bom momento pra eu fugir, mas mal conseguia levantar meu próprio dedo.

...

Estava entardecendo, pude ver o sol se pôr por alguns segundos, e aquilo me fez sorrir. Mas logo me fizeram beber algo que fez com que eu ficasse inconsciente e me colocaram dentro do carro.

Acordei e já estava em outro lugar.

Vi Luan conversando com dois caras e assim que ele percebeu que eu havia acordado, dispensou-os.

Ele fechou a porta do quarto, a trancou e chegou perto de mim.

Passou a mão pelo meu corpo, pelo meu rosto, deu alguns beijos e sorriu.

Eu não pude evitar, pois novamente estava presa.

- Hoje sim, você será minha. - ele diz me acariciando com as pontas dos dedos
- Não me toca Luan, não me toca. - digo virando o rosto.
- Não seja malvada, será pior pra você. - ele diz e tira a camisa, logo tira a calça e fica apenas de cueca. - você está fraca, então não sei se irá aguentar. - aquilo me da nojo, fecho os olhos, cerro os labios, e abaixo a cabeça. - voce não poderá escapar - então ele tira toda a minha roupa me deixando apenas com as íntimas. - que belo corpo, não imaginava que era tão lindo assim por dentro. - ele me analisa - só está um pouco mais magra e está precisando de um banho. - ele me pega no colo e me leva até o banheiro. - Tome o seu banho, fique bem cheirosa, estarei aqui do lado de fora te esperando.

Meu corpo mal obedecia os meus comandos, eu não conseguia nem ficar em pé direito, então caí sentada, e ali deixei que água levasse toda a dor que eu estava sentindo, limpasse toda a impureza ...

Mas não foi possível, pois a dor maior estava na alma e era ela a mais suja.

Demorei o maximo que pude, mas Luan me interrompeu impaciente. Passou a mão pelo meu cabelo e corpo, me pegou no colo e me levou novamente ao quarto.

- Não Luan, não faça isso. - falei quase em um sussurro
- Xii, será rápido. - ele diz e se deita sobre mim.

Aquela foi a pior noite da minha vida.

Através da Dor / Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora