Capítulo 29

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Acabei cochilando com Vic e acordei com o meu celular tocando

- Alô ?
- Alô, Emy?
- Sim é ela.
- Sou eu Matheus, to com outro número. Já to aqui na frente de sua casa.
- Ah, oi Math. To descendo
- Ok

Quando ouvi que era o Matheus, meu coração faltou sair pela boca.

Vic ainda dormia, então fui ao banheiro e escovei os dentes, passei novamente batom que já havia saído, passei mais um pouquinho de perfume, ajeitei o cabelo, a roupa e desci.

Abri a porta e dei de cara com Matheus

- Oi - ele diz passando a mão pelo cabelo e dando um passo para trás.
- Oi - digo timidamente
- Você fica linda assim - ele diz com um sorriso maravilhoso no rosto
- Assim como? - sinto minha bochecha corar e desvio o olhar pro chão
- Tímida - ele põe a mao no meu queixo e ergue a minha cabeça - na verdade, fica ainda mais linda - ele diz me olhando nos olhos e um sorriso brota em meus lábios
- Não faz isso - desvio o olhar novamente - eu não sei como reagir
- Desculpa - ele diz sorrindo - vamos?
- Vamos. - fecho a porta de casa e sigo ao lado dele.

Estava muito frio, o tempo realmente mudou de repente.

Matheus, ou estava muito lindo ou eu estava muito apaixonada.

Ele usava uma calça preta com um coturno preto, uma camiseta branca, com uma camisa xadrezada em vermelho e preto por cima, e uma jaqueta preta por cima dessa xadrezada.

Sem contar do seu perfume, meu Deus, eu me embriagaria dele.

Entramos no seu carro e eu estava morrendo de vergonha. Já havia falado com Matheus a sós, claro, mas eram coisas da igreja, de amigos, nunca falávamos coisas a mais, se vocês me entendem.

Nunca havíamos falado sobre nossos sentimentos, quero dizer, uma vez ele quase falou, mas ele não continuou, não entendi o porquê.

Costumávamos sair juntos, e na maioria das vezes era pra fazer nada, e os assuntos eram sempre aleatórios, mas nada envolvia sentimentos, não no sentido de sentimento por alguém.

Mas nós acabamos nos afastando por um tempo, e ele não me disse o motivo, mas depois ele me pediu perdão, só que aí não foi a mesma coisa.

Na minha festa de aniversário senti que podíamos voltar a ser o que éramos, ou até algo a mais, e na morte dos meus pais, ele ficava todo momento que podia ao meu lado.

- Ta calada Emy - ele diz me olhando rapidamente
- É, é que a primeira vez que saímos a sós assim né, depois que nos afastamos- digo um pouco baixo
- É, e confesso que foi a maior besteira - ele diz
- Ainda não entendi o porquê.
- Você vai saber na hora certa- ele diz e da um sorriso forçado.

Através da Dor / Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora