0.6

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Micaela Satyro.

Laysa resmungava ao meu lado. Tipo, resmungava mesmo! Ela estava dormindo, mas mesmo assim, seus pesadelos a faziam falar: "Ah, não. Para, caramba!" e um bando de coisas do tipo.

— Cala a boca! — gritei para ela, sem obter sucesso, já que ela começou a resmungar mais alto ainda. Bufei e olhei para o lado.

— Micaela? — mamãe sussurrou da frente do carro. 

— Oi? 

— Eu não acredito que você está indo para Hogwarts! Isso só pode ser brincadeira!

— Luciana! — berrou meu pai — Para de tirar a alegria de nossa filha! 

— Tá, Reginaldo. — ela respondeu, resmungando.

Estávamos indo ao aeroporto. Já era dia 29, e depois de 2 dias as aulas começariam. Se é que isso é verdade. O ponto é: Por que só nos chamaram aos 17 anos? Isso meio que não faz sentido! Estava meio zangada por terem me ocultado todo esse tempo o mundo da Magia.

Chegamos ao aeroporto, e só aí Laysa acordou. Corremos para fazer o Check In, já que estávamos 10 minutos atrasadas e, quando terminamos, já estava na hora de embarcar. Corremos até o local de embarque.

— Ah, minha filhinha, vou sentir tantas saudades! — disse mamãe, me abraçando, ou melhor, me sufocando.

— Hm, também mãe!

— Luciana — meu pai disse, segurando o ombro de mamãe.

— Reginaldo — ela disse, afastando-se de mim e abrindo espaço para o meu pai me sufocar.

— Vou sentir saudades, querida!

— Também, pai! 

Eles abraçaram uma versão sonolenta de Laysa e logo embarcamos. Sentamos com pacotes de pão de queijo que compráramos em uma lanchonete ali dentro e começamos a comê-los.

— Emocionante. — disse Laysa, e eu ri.

— Voo 9878 com destino à Londres. Por favor, passageiros do voo 9878 com destino à Londres, apresentem-se ao portão de número 6. 9878, Londres. Idosos e crianças de colo terão preferência na fila. Obrigada uma mulher gritou no auto falante.

Laysa olhou espantada para mim.

— Micaela, é o nosso voo! — Eu olhei para ela da mesma forma.

— É! É o nosso!

Corremos e entramos na fila. Depois de alguns minutos, entramos no avião. Felizmente, nossos acentos eram um do lado do outro. E eu no meu lugar preferido do avião: a janela.

No mesmo instante, dormi, e só fui acordar dez horas depois, quando o piloto avisava nossa descida, e Laysa toda pulante e feliz ao meu lado.

— Nossa, dorminhoca! — ela disse.

— Credo. — eu respondi olhando para o relógio. — Eu nem consigo dormir em avião, por que dessa vez?

— Sei lá! Só sei que eu não preguei os olhos nem um minuto! É tudo tão emocionante!

O passageiro estranho que estava ao nosso lado encarava-nos como se fôssemos aberrações. Não que fosse a primeira vez.

10 minutos e iniciaremos o pouso em Londres. More 10 minutes and we we'll get down in London — disse o piloto.

— Ótimo, por enquanto posso usar o iPod — disse, pegando-o em minha mochila que levara como bagagem de mão e, sem pensar, comecei a cantar minha música preferida que soava, que era Evanescence, claro.

Bring me to life! Wake me up inside! Save me! Call my name and save me from the dark! Before I become undone! Save me! Save me from the nothing I've become.

Laysa me encarou.

— Olha, Mica, só porque você é a maior emo não significa que eu quero partilhar com você suas músicas góticas. Obrigada. — disse ela, sarcástica.

— Hum, desculpe — disse, parando de cantar.

— Tripulação, pouso autorizado. Tripulation, we're getting down. — disse o piloto, fazendo-me desligar o iPod e subir minha cadeira para a vertical, enquanto uma aeromoça passava checando as cadeiras.

— Iupi! — disse Lys.

— É — eu disse. — Iupi!

𝗯𝗿𝗶𝗻𝗴 𝗺𝗲 𝘁𝗼 𝗹𝗶𝗳𝗲,  draco malfoy.Onde histórias criam vida. Descubra agora