3.5

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Micaela Satyro.

— Mica, entra aí — gritou Hermione. Mas, para falar a verdade, eu já estava lá dentro.

— Deus, Hermione, a menina já tá dentro da cabine até.

— Obrigada! — gritei, sarcástica, para Rony, que sorriu e entrou no trem, seguido de Hermione, depois Harry e depois Gina.

Aparentemente, Luna e Neville iam ficar na mesma cabine. Sozinhos. Que lindo. Entraram na cabine, e sentaram-se ao meu lado. Depois de uns 20 minutos, o trem deu um estralo e começou a andar.

— Ansiosos? — perguntei, meio desanimada. — Quer dizer, vai ser a primeira vez que vocês saem do país, né?

Rony estava tremendo as pernas.

— Estou. Ainda bem que minha mãe me deixou ir com vocês. Preciso ficar um tempo fora, entende...

— Cala boca, Rony.

— Cala você, Gina!

— Seu...

— Parem! Meu Deus! - gritou Hermione, que sentara ao lado de Rony e segurava sua mão. Era uma cena muito bonita e engraçada de se ver. Como nos livros. O romance deles era basicamente baseado em trapalhadas.

A viagem foi muito ativa. Todos conversavam sobre as belezas brasileiras, e eu participava por parte. Porém, estava meio desanimada. De vez em quando, olhava para meu anel de caveira. Aquele que Draco tocara. O que me fez pensar: Será que ele lera meu bilhete?

Mas não estava na hora de ficar sofrendo por um garoto idiota. Pelo menos, não se você é uma bruxa que atrai problemas.
Quando o trem chegou à estação, descemos correndo com nossas bagagens pegar um táxi - coisa que Rony e Gina nunca viram - e entramos lá.

— Coisas trouxas são divertidas — sussurrou Gina.

— Ei, você quer que esse trouxa nos ouça? — disse Rony, apontando para o taxista.

— Ei, vocês querem calar a boca? — revidei, e Harry riu.

Quando chegamos ao aeroporto, corri para o Check-In que estava atrasado, e embarcamos imediatamente. No avião, Rony me lembrou de algo que eu não queria lembrar.

— E a Laysa?

— Rony, cala a boca! — falou Gina, que estava sentada junto a Harry nas poltronas do lado, e Hermione e Rony juntos na minha diagonal. Eu, naturalmente, sozinha.

—Ah, foi mal, Sra. Eu-Sei-De-Tudo. — ele respondeu.

Então, uma voz avisou que estávamos decolando. Tentei não pensar na pergunta de Rony, mas às 20 horas de voo não permitiram. Até em meus sonhos eu permitia a infiltração da Sonserina em tudo. Principalmente daquela menina que abriu a porta para mim. Por quê?

— Micaela, Micaela — acordei com a voz de Rony em cima de mim.

— Para de ser bonzinho, Ron. MICAELA! — berrou Hermione.

Eu abri os olhos.

— Ah, que bom que você não está morta!

— Por que estaria? — perguntei, sonolenta.

— Porque estava gritando igual a um Hipogrifo com fome.

— Nossa, ótima descrição.

— Foi mal — disse ela, envergonhada, saindo de cima de mim.

É. Eu tive um pesadelo. Mas era ruim demais para querer lembrar. Os próximos 30 minutos foram bem esquisitos, mas logo pousamos e saímos. Como era típico do Aeroporto, as bagagens demoraram um século para chegar, o que deixou Rony extremamente louco. Gina também, porém estava mais ocupada conversando com Harry. Meus pais nos esperavam lá fora. Abraçou Rony, Harry, Hermione e Gina, e perguntou-me de Laysa. Não contei a verdade, então disse que ela viria depois. Minha mãe desconfiou, mas tudo bem. Conversava com meu pai, que também cumprimentou todos os bruxos ali, um pouco maravilhado com isso.

𝗯𝗿𝗶𝗻𝗴 𝗺𝗲 𝘁𝗼 𝗹𝗶𝗳𝗲,  draco malfoy.Onde histórias criam vida. Descubra agora