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Micaela Satyro.

Enquanto eu repetia a história para todos ali presentes na Sala Precisa, ouvia choros e caras assustadas. Quase tão assustadas quanto a minha. Porém, não foram eles que tiveram que ouvir isso da própria boca de Pansy Parkinson.

Quando terminei, não tive coragem de encarar todos, mas despedi-me e corri para o Salão da Grifinória, e depois sentei na minha cama, querendo observar a lua que, infelizmente, dessa vez estava minguante.

Não demorou muito para que Hermione corresse para meu lado e se sentasse ali, com um sorriso preocupada no rosto.

— Ei, não fique assim — ela disse, e eu lhe direcionei um olhar sarcástico. Afinal, eu tinha todo o direito de ficar daquele jeito. — Nós já destruímos 7 Horcrux. Por que não destruiremos a outra?

— Como diabos existe mais uma Horcrux? Não eram apenas 7? O diário de Tom Riddle, o anel, o colar que enfeitiçou Cátia Bell, Nagini, o diadema da Corvinal, o amuleto e a cicatriz de Harry — contei nos dedos. — Se não sou tão lesada assim, acho que tudo isso dá 7!

Hermione olhou para o chão. Eu estava certa.

— Talvez aquilo fosse só uma estratégia para meter medo na gente. Talvez nem seja verdade. — ela disse, por fim.

— Talvez. Quem dera. Mas eu acho que não. Laysa não se deixaria ser torturada apenas para que eles colocassem o seu planinho em ação.

— Sei lá...

— E Draco Malfoy é quem está por trás de tudo! Eu o ouvi também.

— Mas isso está mais do que óbvio — ela concordou.

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

— Sabe, existe um feitiço — ela disse.

— Nossa. Novidade — respondi, sorrindo e sarcástica.

Ela riu.

— Não, Micaela, é sério. Existe um feitiço que até então nunca fora usado.

Eu a encarei nos olhos.

— E que feitiço seria esse?

— Esse é o caso. Eu não sei o nome.

— E para que serviria esse feitiço?

— Bom, de acordo com meus estudos e de livros na seção restrita da biblioteca... bom, encanta algum objeto para que quando você morrer, o que te matar ser uma Horcrux.

— Isso é muito complicado — eu disse, duvidando um pouco daquilo. — E como ele saberia o que o mataria?

Ela me olhou com um meio-sorriso.

— Uai, foi Harry que o matou!

— O matou com um feitiço!

— É! Então... — ela duvidou — A varinha do Harry seria uma Horcrux?

— Isso parece ser meio improvável — eu concordei.

— É verdade. Mas o que temos que fazer é perguntar para o Harry.

— Isso é meio... sem noção.

Ela riu.

— É. É meio sem noção, mas tudo vale.

— Harry deve estar se matando.

— Por quê?

— Por que ele deu duro para acabar com todas as Horcrux, e não deu certo. Bom, não aparentemente.

— Pelo menos Voldemort está realmente morto.

— É. Mas se tiver mesmo uma Horcrux...

— É. — ela baixou a cabeça. — A guerra ainda não terminou.

𝗯𝗿𝗶𝗻𝗴 𝗺𝗲 𝘁𝗼 𝗹𝗶𝗳𝗲,  draco malfoy.Onde histórias criam vida. Descubra agora