Harry Potter.
Harry e Rony perderam a cor do rosto. Por que Micaela não queria contar o que sabia? Por que ela tinha tanto medo?
— Micaela, eu sei que você está escondendo alguma coisa — disse Harry, por fim.
— Sim, você tá. E se você sabe algo sobre isso, você meio que precisa contar para a gente, ouviu? — Rony concordou.
— Sim, eu estou ouvindo. — ela respondeu cabisbaixa.
— Tem algo, nesse mundo, que é tão perigoso que você não pode nos contar? — Harry indagou.
Ela estava realmente assustada.
— É perigoso. Mas eu posso contar.
— Então diga! Por favor! — Rony insistiu.
— Ei, não dá, tá legal? É muito assustador!
Os dois bufaram.
— Alguma hora vai ter que nos contar.
— Sim. Tanto faz.
— Micaela, por favor...
Ela meteu a mão no bolso, tirou de lá um papel meio alaranjado.
— Outro recado? — Harry perguntou, chocado.
— Sim, mas dessa vez foi diferente. Foi muito... estranho. Não acho que tenha sido Laysa. Ela não seria capaz.
— Isso machucou alguém?
— Não. Mas enfeitiçou alguém.
Harry e Rony ficaram boquiabertos.
— Laysa não seria capaz — disse Rony.
— Você nem a conhece! — Micaela rebateu.
— Eu não sei, mas do jeito que você fala dela e até sua aparência indica que não.
— Ah, então é a aparência? — Micaela ficou brava — Então você olha para Pansy Parkinson e já pensa "Ai, droga, essa garota é uma vadia completa"?
Ela parou para pensar no que falou, ao ver a cara engraçada de Harry.
— Ok. Na primeira vez! Sem saber quem ela é e tal.
Os dois riram.
— Eu não sei. Eu a conheci quando ela estava sendo uma vadia — Harry disse.
Ela revirou os olhos.
— Ok, mas o que tá escrito? — Rony perguntou.
— “Agora você sabe. Acho que meu trabalho terminou por aqui.”
Harry e Rony se entreolharam.
— Ei, vocês vão ficar aí mesmo? — Hermione perguntou por trás.
Ignorando-a, Harry perguntou:
— Sabe o quê?
— Sabe... o quê? — perguntou Hermione, confusa.
Desanimada, aparentemente, Micaela levantou os braços.
— É. Acho que chegou a hora de falar.
— Falar o quê?
— Apenas... ouça. — ela pediu.
Harry estava preocupado. Realmente Micaela descobrira algo. Ele estivera tão feliz quando soube que havia terminado. Voldemort morto. Alegria. Porém, algo em Micaela apontava que não estava alegre. Havia algo. Algo mortal.
Hermione sentou na frente deles, preocupada.
— Eu achava que todos estavam dormindo, então comecei a caminhar pelo castelo.
— De noite? — Harry perguntou, surpreso. Era muito perigoso!
— Sim, de noite. Não me interrompa.
Ele corou.
— Tanto faz. Então, eu andei tanto que acabei parando na entrada do Salão da Sonserina, e acabei escutando algo...
— O que escutou? — insistiu Rony, pois Micaela fizera uma pausa.
— Eu ouvi um grito. Um grito de dor. Eu reconheci no mesmo momento; era Laysa.
Todos ficaram horrorizados e boquiabertos. Inclusive Harry, que já sabia o que estava por vir.
— Ela estava sendo torturada. Por Pansy. De alguma forma, Laysa conseguira enganá-la dizendo que não era nascida trouxa, e sim que seus pais eram bruxos abortados. Mas então Pansy Parkinson descobriu a verdade, sei lá como.
— Ela tá bem?
— Acho que tá, Hermione. Mas quando ouvi isso, corri para perto, e quis ouvir o que estava acontecendo, assustada demais para entrar lá.
— É! Nem pense nisso!
Ela sorriu.
— Eu sei, Harry. Mas eu entraria se pensasse que Laysa corria perigo. Ela é minha amiga. Enfim, eu escutei Pansy implorando algo para Laysa. — boquiabertos, ainda. — Sim. Implorando. Implorando para que ela não contasse algo, e eu fiquei curiosa.
— O que ela dizia? — Harry perguntou, preocupado.
— As palavras exatas dela, Harry, são muito assustadoras.
— De qualquer jeito, nos diga!
— Tá — ela murmurou. — Ela dizia: “Sua sangue-ruim, se você contar para alguém! Por favor, não conte à ninguém! E se você contar à alguém o que soube, sua sujeitinha podre! Você vai pagar!” Laysa começou a chorar. “Eu não vou contar! Eu juro!” Laysa gritou. E Pansy... — ela fez uma pausa. — disse: “Graças a Deus que não te contei o que era”.
— Só isso? — Hermione perguntou, pasma.
— Não — Harry respondeu por ela. — Micaela, eu sei quando alguém esconde algo, e sei que você está escondendo alguma coisa! Então fale!
Ela baixou o olhar, e quando levantou, um filete de lágrima escorria por sua bochecha.
— “Se você disser, sua sangue ruim” Pansy gritou — Micaela soluçou. — “Se você disser... eu vou te matar! Se você contar à alguém, ou até mesmo para a sangue-ruim da sua amiguinha da Grifinória... eu te mato. Se você contar que há mais uma Horcrux”.
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𝗯𝗿𝗶𝗻𝗴 𝗺𝗲 𝘁𝗼 𝗹𝗶𝗳𝗲, draco malfoy.
Фанфіки𝐁𝐑𝐈𝐍𝐆 𝐌𝐄 𝐓𝐎 𝐋𝐈𝐅𝐄 | Imagina, aos 17 anos, descobrir que o mundo da sua saga favorita existe? Micaela Satyro e sua melhor amiga, Laysa Siqueira, são grandes fãs de Harry Potter. Ambas viviam suas vidas normalmente até que em um dia são at...