Micaela Satyro.
Aquela manhã recebemos mais uma aviso de Beatriz. Infelizmente, não podíamos ter certeza. Caminhei com Harry, Rony e Hermione quando a voz de Minerva soou pelos auto-falantes.
— Então...? — perguntou Hermione. — Aonde você vai passar o Natal, Micaela?
— Hm... — hesitei. — Acho que vou passar em casa. E você?
— Na verdade, eu não tenho um lugar para passar o Natal.
Todos olharam incrédulos para ela.
— Como assim? — perguntou Rony.
— Bom, desde o dia em que usei Obliviate em meus pais... bom... — ela estava com a voz triste. Rony, de uma forma extremamente fofa, abraçou-a e sussurrou:
— Você pode passar o Natal lá em casa.
Ela sorriu.
— Obrigada, Ron.
_ Sabe, você também devia passar o Natal lá na Toca. Quer dizer, você nunca foi lá — disse Rony, entusiasmado, para mim. Eu sorri.
— Obrigada, Ron. Mas, na verdade, acho que realmente quero passar o Natal lá em casa. Sabe, estou com falta de meus pais, do meu país e até do mundo trouxa.
— É, às vezes me sinto assim também — disse Hermione. — Mas, já era.
— Nunca fui ao Brasil — disse Harry, assustando-me. Bom, não pelo fato de nunca ter ido ao Brasil. Eu sabia que ele nunca estivera lá, porém ele estava tão calado.
— Lá é lindo. — eu disse. Porque, realmente, eu achava.
— Eu morro de vontade de conhecer o Brasil — disse Hermione — Principalmente agora, que tenho uma amiga brasileira — ela prossegui rindo para mim.
Surgiu-me, então, uma ideia na cabeça.
— Sabe... vocês poderiam passa o Natal lá em casa. Juro que meus pais não vão se incomodar. Muito pelo contrário, eles vão amar.
— Sério? — disse Harry, com brilho nos olhos.
Mas, antes que eu pudesse responder, Rony interrompeu:
— Seria uma ótima ideia, Mica. Mas minha mãe não iria gostar. Ela vai querer a família toda reunida. Sabe... é nosso primeiro Natal sem o... — ele baixou o olhar. — Fred.
— Tenho certeza de que Molly vai entender — disse Hermione, abraçando-o — Quer dizer, você precisa se divertir com os amigos.
Ele sorriu.
— É.
— Todos passamos por uma decepção. Temos que lidar com isso. — disse Harry.
— É. — concordei.
— É? — perguntou Hermione.
— Ahn, como assim?
— Você também passou por uma grande decepção?
— Ahn...
— Olha só — disse Harry, apertando minhas bochechas — ela está vermelhinha.
— Merlin! O que aconteceu?! — perguntou Hermione, contente, de alguma forma.
Draco aconteceu. Minha vida caiu.— Nada. Hm. Quer saber? Esquece.
Todos riram, não sei de que. Mas, na verdade, minha vontade era de sair correndo... e nunca mais voltar.
E ainda tinha essa estúpida promessa que fiz à Minerva. Como saber das coisas agora?! Ainda tinha essa última Horcrux... será? Baixei o olhar, enquanto todos voltavam suas atenções para outras coisas, o que achei bom.
— Bom — começou Hermione, já que eu sabia que ela não ia ficar calada por muito tempo. — Afinal, porque Minerva nos chamou?
— Alguém morreu. — afirmou Rony.
— Olha a boca, Ron! Que coisa horrível de se dizer!
— Pode ser verdade, Hermione. — disse Harry — Afinal, lembra o que aconteceu com a Parkinson? E elas eram "amigas".
Todos baixaram a cabeça.
— Mas já vamos descobrir. — eu disse.
Logo estávamos no Grande Salão, e fomos a última casa a chegar. Todos consumidos por um grande silêncio. Já dava até para adivinhar o que acontecera. De relance, pude ver Draco me encarando. Isso me apertou o coração, mas por fora apenas fingi indiferença. Quando sentamos na mesa da Grifinória, a professora McGonagall começou a falar.
— Bruxos e bruxas. Algo aconteceu.
— De novo?! — um grito de indignação veio da mesa da casa Corvinal.
- Sim, srta. Gilmore, novamente. Mas não é nada do que você pensa — continuou Minerva — Na verdade, estou aqui para alertá-los. Dementadores foram impostos em todas as entradas do Castelo.
Aquela cena me era familiar, porém não podia conter a surpresa. Ninguém ousou contestar, mas ninguém entendia. Senti que Harry tremeu ao meu lado, assim como senti Gina o reconfortando. Seu histórico com Dementadores não é lá muito bom. Porém, ele não podia saber que eu sabia disso, né...
— Algum motivo em especial, professora McGonagall? — ouvi a voz irônica de Blásio Zabini vinda da Sonserina.
Ela olhou para ele de canto de olhos sarcasticamente, enquanto ele a esnobava com os amigos.
— Sr. Zabini, por favor. Cale-se. Porém, há sim um motivo em — ela desenhou aspas no ar — "especial". Beatrice.
Todos formamos um "O" com a boca. Sem pensar, perguntei:
— Ela está aqui?!
Minerva hesitou.
— Bom...
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𝗯𝗿𝗶𝗻𝗴 𝗺𝗲 𝘁𝗼 𝗹𝗶𝗳𝗲, draco malfoy.
Fanfiction𝐁𝐑𝐈𝐍𝐆 𝐌𝐄 𝐓𝐎 𝐋𝐈𝐅𝐄 | Imagina, aos 17 anos, descobrir que o mundo da sua saga favorita existe? Micaela Satyro e sua melhor amiga, Laysa Siqueira, são grandes fãs de Harry Potter. Ambas viviam suas vidas normalmente até que em um dia são at...