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Micaela Satyro.

Enquanto Harry ia falando sobre Beatriz e tudo o que estava acontecendo, senti meu mundo desabar. Sabe o que eu queria? Que minha vida mudasse. Que eu viesse para Hogwarts para que tudo, de alguma forma, se encaixasse!

Mas, se você for analisar bem, não era lá tão diferente do que minha antiga escola. Seus amigos, umas patricinhas malditas, uns arrogantes, professores malucos e carismáticos e, claro, a Abelha Rainha - que, nesse caso, parecia que era, de fato, a maldita da Beatriz.

Eu sempre soube que essa menina tinha uma prega com o diabo. Ou, nesse caso, com o Lord Voldemort.

— Eles estão programando uma revolução — disse Harry. — Eles pensam que nós não sabemos. Mas todo mundo sabe. Menos os professores. 

— E por que você não conta à Minerva?

Ele desviou do assunto.

— Aqueles malditos filhos de comensais da morte — completou Rony — acham que podem nos enganar. Estão tentando trazer ao mundo da magia o que ele era antes. 

— É. Com os comensais infiltrados no Ministério — disse Hermione. — Eles querem o controle.

— Mas o Voldemort nem existe mais! Ele tá morto! — eu protestei.

— É — concordou Gina. — Vai saber.

— Não — disse Neville, apoiando o braço no ombro de Gina, e fazendo Harry ficar um pimentão — Eu sei o que eles querem. Eles querem achar alguém que possa — ele desenhou aspas no ar — "substituir" o Voldemort.

— E em aspas, pois eles acham que esse diabo é insubstituível — concordou Hermione.

— Meu. Santo. Deus! — disse chacoalhando a cabeça e tentando entender tudo aquilo.

— Micaela, você deve tomar cuidado! Uma vacilada e sua amiga cai na deles! — Harry alarmou-me.

— É. Totalmente. — todos concordaram.

— Vamos ver se eu entendi. Eles estão tentando juntar pessoas que admiram Voldemort, assim seriam uma nova espécie de comensais da morte, para honrar ao Lord das Trevas o que ele deixou incompleto durante sua existência? Eles querem o controle? Querem... Ai, Deus — arfei — Transformar tudo naquela ditadura horrenda, novamente?

— É. Só que menos intensificada — disse Hermione.

Harry levantou o cabelo, deixando-me ver, pela primeira vez, a linda cicatriz.

— Acontece que isso não tem mais valor — ele a apontou. — Qualquer um poderia matar qualquer um.

Eu bufei.

— Isso é tudo muito confuso.

— É.

— E o que vocês fazem a respeito? Como os impedem?

— Oras, obviamente com a Armada de Dumbledore — disse Neville com orgulho. — Sei que, com ele morto, tudo não faz sentido. Mas é realmente um ótimo jeito de mantê-los afastados.

— E isso de fato dá certo? Com todos os participantes e tudo mais?

— Claro — disse Gina.

— Mesmo Cho Chang? Quer dizer, ela traiu vocês.

— Como você sabe disso? — disseram, chocados.

— Ahn... — mas, então, a voz de Minerva soou alta pelos auto-falantes, e eu fiquei aliviada.

— Srta. Satyro e srta. Siqueira por favor compareçam no meu gabinete já. 

— Ham... acho melhor eu ir — disse, apressando-me em sair correndo pela direção oposta da qual estávamos indo, correndo para entrar no gabinete da diretora.

Medo. O que eu tinha feito?

𝗯𝗿𝗶𝗻𝗴 𝗺𝗲 𝘁𝗼 𝗹𝗶𝗳𝗲,  draco malfoy.Onde histórias criam vida. Descubra agora