2.8

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Micaela Satyro.

Os primeiros raios solares me acordaram. Não era novidade eu subitamente perder o sono. Acordei, vesti meu uniforme, um sapato decente, arrumei meu cabelo, escovei os dentes e... bom, procurei meu anel.

Não me lembrava que o tinha perdido, mas assim que lembrei, fiquei triste. Mas o que poderia fazer? Meio sonolenta, fui andando pelos corredores do castelo, sem um certo rumo, porém tenho uma "missão".

O corredor estava vazio. Mas o que eu esperava? Eram quase seis da manhã! Mesmo assim, não desanimei, e me pus a andar mais e mais. Bom, aí comecei a ouvir aqueles cochichos. Mesmo assim, ainda achava que eram apenas fruto de minha fértil imaginação. Mal sabia eu que, na verdade, aqueles cochichos nunca foram, de fato, da minha cabeça.

Passava pela Sala Precisa. Bom, sabia que ela ficava ali, apenas não estava aberta. Olhei para o relógio e bocejei; eram seis e meia da manhã. Estava um pouco cansada, mas meus olhos não pregavam. Solução? Andar pelo castelo, procurando Sonserinos. Nunca achava coisas. Evidências fujiam de mim. Aparentemente, essa minha missão era um fracasso total. Beatriz? Nem sinal de vida! Pansy Parkinson? Ninguém mais se lembrava daquela vaca - ainda bem, porque né... - mas eu sabia que ainda tinha essa última Horcrux... essa coisa que, realmente, estava estragando minha vida em Hogwarts.

— Cala a boca! — gritou alguém.

Ignorei. Eu meio que imaginava conversas. Não sei porque, tentava parar. No começo até pensava que eram reais, mas como nunca achava o dono - ou dona - dessas conversar, cheguei à conclusão de que era apenas imaginação.

Passei pela parede da Sala Precisa. Porém, naquele minuto, ouvi um baque. Olhei para trás. Silêncio. Continuei a andar, pensando em como estava ficando maluca. Porém, dessa vez, ouvi outro baque, até mais forte, e era tão forte que não poderia ser imaginário.

— Alguém aí? — sussurrei, enquando conformava-me com o fato que ninguém responderia.

Porém, outra surpresa. A porta enorme e graciosa da Sala Precisa apareceu para mim. Levei um susto. Mas já estava na hora de parar. Afinal, o mundo bruxo é um mundo cheio de surpresas e coisas desconhecidas. Se aquela porta aparecera para mim, obviamente eu a estava precisando.

A única coisa que eu não conseguia saber era o que. Mesmo assim, não pude simplesmente ultrapassar a porta e ir embora. Eu entrei. Entrei ali, e me deparei com algo que, naquele momento, fora uma surpresa. Mas uma surpresa boa, pois meu coração bateu forte de felicidade.

Por que eu me sentia daquele jeito?

— O que está fazendo aqui? — ele perguntou.

— O que você está fazendo aqui?

Ele hesitou.

— Esperando por Goyle.

— Por quê?

— Isso não é da sua conta! — ele gritou.

— Sabe? — revidei — Acho que a partir do momento que você parou de falar comigo, começou a agir estranho e simplesmente admitiu na minha cara que era você que me mandavam aqueles bilhetes à la Pretty Little Liars, isso é sim da minha conta!

Ele me olhou incrédula.

— Qual é o seu problema? Sai daqui! Quando Goyle voltar...

— Dane-se o Goyle! — eu gritei, percebendo que haviam lágrimas descendo pelo seu rosto.

Ele parou assustado quando andei lentamente até ele. Mas, quando estava perto o suficiente, ele me puxou para perto.
Daquele momento eu me arrependo. Arrependo, e acho que será para sempre.

Naquele momento... ele me beijou.

𝗯𝗿𝗶𝗻𝗴 𝗺𝗲 𝘁𝗼 𝗹𝗶𝗳𝗲,  draco malfoy.Onde histórias criam vida. Descubra agora