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Micaela Satyro.

— Você a achou? — Harry gritou assim que entrou em meu campo de visão.

Um Avada Kedavra foi abafado pelo som do grito de Harry quando viu Malfoy.

— Calma! — apressei-me. — Ele quer... ajudar. — e foi aí que lembrei da varinha no meu suéter. A tirei e mostrei a Harry. — Aqui está a verdadeira Horcrux.

Harry estava sem Rony, mas mesmo assim pegou a varinha de minhas mãos, lançando um olhar invasivo para Malfoy, que segurou meu braço fortemente. Depois, examinou-a lentamente. Subitamente, gritou:

— Estupefaça! — na direção de Draco. E, vendo que ele voara para longe, Harry me lançou um olha positivo. — É, parece que é a verdadeira.

Exasperada, esperei que Draco levantasse do chão. Mas vendo que tal fato não acontecia, fui até ele. Seu pescoço estava vermelho. Vermelho sangue.

— Draco! — gritei, abaixando-me para examinar o machucado.

Ele estava com os olhos molhados, e com cara de dor, porém nenhuma lágrima escorria de seus olhos.

— A varinha está enfeitiçada. Ela machuca as pessoas com o poder de Voldemort. — ele disse.

— Harry! — gritei, para que ele se aproximasse. Apoiamos Draco em uma pilastra, e Harry lançou-o um feitiço para que o corte se fechasse, com os olhos pedindo perdão - o que era muito fofo, por sinal.

— Por que resolveu nos ajudar de repente? — perguntou Harry assim que tudo se acalmara. Escondidos no lugar que estávamos, a guerra estava tão alta que dava vontade de berrar mais alto ainda.

— Sempre estive. Porém tenho minhas técnicas. — ele me lançou um olhar, e eu o devolvi.

Logo depois, estávamos de pé, correndo em direção do nada, e tentando achar Rony. Draco apertava minha mão contra a dele, e posso até dizer que doía, porém uma dor boa, já que significava que ele talvez nunca mais a soltaria. Paramos ao dar de cara com uma criatura ruiva, segurando algo em seus braços.

— Hermione... — disse Harry, e logo depois que percebeu que Hermione estava desacordada nos braços de Rony, disparou até eles. — Hermione!

— Deus...! — gritei, e corri até meus amigos, puxando Draco junto comigo.

— Eu a encontrei — começou Rony. — machucada e jogada por aí. Estava bem perto do salão, mas ainda não consigo entender porque não a mataram logo. Quer dizer, Deus me livre. Eu não gostaria que ela morresse... mas, por quê?

— Porque eles querem atrair Harry. — disse Draco, nos surpreendendo.

— O quê?

— Machucaram-na e torturaram-na para chamar a atenção de Harry. Eles o querem, querem seu sangue. E querem Voldemort de volta.

Todos baixamos a cabeça.

— Temos que destruir a Horcrux, Malfoy. E logo. — disse Rony, exasperado. — E, por favor, me ajude a cuidar dessa garota. — ele olhou para Hermione, desmaiada em seus braços. Harry se remexeu até tirar a varinha do suéter, e olhou para ela.

— Preciso de alguma coisa que...

Nesse momento, o canto direito de meu campo de visão explodiu em cores atrativas, mas não consegui olhar: era luminoso demais. Logo que essa explosão passou, olhamos em conjunção para o local.

— A espada! — disse Rony. — A espada de Gryffindor! Aparece para qualquer aluno da Grifinória que a precisar — continuou, como se já não soubéssemos disso. — E também... mata Horcruxes.

Harry não respondeu, e sim correu até a espada, pegando-a em mãos e... Bem, partindo a varinha de Draco ao meio.

𝗯𝗿𝗶𝗻𝗴 𝗺𝗲 𝘁𝗼 𝗹𝗶𝗳𝗲,  draco malfoy.Onde histórias criam vida. Descubra agora