2.9

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Draco Malfoy.

Goyle estava cansado também. Cansado dessa vida de trouxa que estavam vivendo. Cansado assim como Draco. O que todos achavam não contava para Draco. Achavam que ele estava dentro dessa revolução que Beatrice começou, e que Pansy apenas continuou. Ele estava querendo é acabar com isso.

A primeira coisa que o veio a cabeça foi mandar bilhetes anônimos à Micaela. Porém, ela era esperta demais, e ele burro demais. Contara à ela. Por que diabos fizera aquilo? Mas já era tarde demais para arrependimentos. E, agora, depois de uma péssima noite de sono, estava acordando para enontrar-se com Goyle na sala precisa. Quando saiu, ele já estava lá.

— Waffles? — Goyle esticou uma mão cheia de waffles para Draco, enquanto devorava cada pedacinho ávidamente.

— Cala a boca! — Draco gritou, sem paciência. — Não é hora de comer.

— Nem hora de falar alto.

— Cala a boca! — ele estourou de novo, mas calou-se no segundo que se seguiu.

— Fala mais baixo! Você quer que alguém nos ouça?

— Não estamos fazendo nada verdadeiramente errado.

— Você quer que pessoas como Blásio Zabini saibam que estamos aqui?

Silêncio. Draco estava fazendo tudo aquilo apenas para fugir.

— Ok, Goyle. Eu quero waffles. — e era verdade. Estava faminto.

Inocentemente, Goyle olhou para as mãos. Comera todos os waffles.

— Qual o problema?

— Foi mal...

— Vá buscar mais! — Draco gritou. Medroso, Goyle murmurou um "já vai" e saiu correndo, trombando e desajeitado como sempre.

Draco, por fim, estava só. Sentou no chão.
PLAC ouviu. Olhou para trás. Nada. PLAC. De novo.

— Goyle? — ele perguntou.

Ele parou, seu coração congelou no peito. Pigarreou.

— O que está fazendo aqui?

— O que você está fazendo aqui? - ela retrucou, maliciosamente.

— Esperando pelo Goyle.

— Por quê?

— Isso não é da sua conta!

— Sabe? — ela começou. Porém, ele não escutou o resto. Só pensava nela, ali. Como era bonita a sincronia de suas palavras. Ele não prestava atenção. Porém, quando deu-se conta de que ela parara de falar, olhou para o chão, juntou forças e disse:

— Qual o seu problema? Sai daqui! Quando Goyle voltar...

E o que ela fez em seguida o surpreendeu.

— Dane-se o Goyle! — e então se aproximou dele. Estava tão perto que sentia sua respiração.

Envolveu-a pela cintura. Assim que tomou consciência de seu ato, já era tarde demais. Seus lábios moviam em sincronia. Bom... mas nem tudo é tarde demais.

Ele a empurrou.

— O que está fazendo?!

— O que eu estou fazendo?!

— É!

— Desculpa, se você me beijou!

Ele riu arrogantemente. Mas, na verdade, sua vontade era de chorar.

— Eu? Sua sangue ruim! Sai daqui!

Incrédula e magoada, ela o deu as costas, e então saiu. Porém, naquele momento, ele lembrou-se de algo.

— Espera.

Ela se virou, e ele viu lágrimas em seus olhos. Só aí percebeu que também estava chorando.

— O que você tem de errado? — ela gritou.

Ele meteu a mão no bolso, tirou de lá o pequeno anel de brilhantes e esticou para ela pegar.

— Aonde o achou? — ela pegou o anel de caveira delicadamente da mão dele, como se estivesse com receio de tocá-lo.

— Eu o roubei — ele admitiu, olhando para o chão.

— Por que o roubaria?

— Eu gostei dele.

— Por quê?

Me lembra você.

Ela se aproximou. Draco pode ver a expectativa e esperança em seus olhos. Mas não. Ele precisava cortar aquilo.

— O que está fazendo?

— Deixe-me ajudá-lo — ela disse, com pena. Mas a última coisa que ele precisava era pena.

— Quatro palavras: Sai daqui, sangue ruim.

𝗯𝗿𝗶𝗻𝗴 𝗺𝗲 𝘁𝗼 𝗹𝗶𝗳𝗲,  draco malfoy.Onde histórias criam vida. Descubra agora